Nota Histórico-Artistica | Do muito antigo lugar de Arcos, sabe-se que foi doado no início do século XII ao rico-homem D. Garcia Rodrigues da Fonseca, ainda pelo Conde D. Henrique. Por esta via, o termo foi integrado no Couto de Leomil, que D. Henrique cedia a D. Garcia Rodrigues no ano de 1102. A mais antiga referência a Arcos remonta a 1129, quando um seu herdeiro, Gonçalo Mendes, de São Cosmado (Viseu), faz doação das oitavas partes das suas posses em Arcos e em Sendim ao mosteiro cisterciense de Salzedas. Em 1214, e por ocasião de uma doação semelhante, Arcos é pela primeira vez referida como villa, por ocasião da doação que João Forjas, e sua mulher Dona Loba, fizeram ao Mosteiro de e em 1527, e apesar de não se lhe conhecer foral, aparece descrita no Cadastro da População do Reino como concelho. Este foi extinto em 1836, e integrado em Moimenta da Beira até 1872, quando passou a freguesia de Tabuaço. Na povoação conserva-se o singelo pelourinho, levantado na vizinhança dos antigos edifícios do tribunal e da cadeia comarcã. Assenta num soco de três degraus quadrangulares, de pedra aparelhada e sem rebordo, de nítida factura posterior. Sobre este ergue-se directamente a coluna, com base talhada em cubo e ligeiramente chanfrada nas arestas, de modo a continuar com secção oitavada, e de faces lisas. Existe um arremedo de capitel no topo da coluna, constituído por um pequeno troço idêntico ao fuste, com nova chanfradura no cimo, de forma a dar-lhe nova secção quadrada. Este troço é rematado por um ressalto ao modo de ábaco, sobre o qual assenta um bloco quadrangular no terço inferior e piramidal daí em diante, rematado por uma pequena esfera. Este bloco tem as faces decoradas com linhas incisas e alguns motivos ilegíveis. Note-se ainda que os degraus da plataforma não existiam em meados do século XX, quando o fuste estava enterrado no chão, tendo portanto sido construídos de novo, em data incerta, como se verifica facilmente no local. SML |