Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Aljezur
Designação
DesignaçãoCastelo de Aljezur
Outras Designações / PesquisasCastelo de Aljezur (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Aljezur/Aljezur
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Cerro do CasteloAljezur Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.31628-8.805204
DistritoFaro
ConcelhoAljezur
FreguesiaAljezur
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
Despacho de homologação de 13-10-1956 do Subsecretário de Estado da Educação Nacional
Parecer de 12-10-1956 da 1.ª Subsecção da 6.ª Secção da Junta Nacional de Educação
ZEPPortaria n.º 220/2010, DR, 2.ª Série, n.º 55, de 19-03-2010 (com ZNA) (ver Portaria)
Despacho de homologação de 20-11-2009 da Ministra da Cultura
Parecer favorável de 1-10-2008 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 5-12-2007 da DRC do Algarve
Zona "non aedificandi"Portaria n.º 220/2010, DR, 2.ª Série, n.º 55, de 19-03-2010
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913229
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaUm dos mais impressionantes castelos algarvios, localizado numa zona excêntrica da província, mas de enorme importância regional, é, simultaneamente, uma das mais desconhecidas fortalezas nacionais. A sua localização, sobranceira à actual vila, privilegiou a defesa do rio de Aljezur, curso que, na época islâmica, era navegável e cujo aglomerado populacional detinha um importante porto (GOMES, p.120). As origens da fortificação são, porém, bem anteriores ao período islâmico. As escavações aqui conduzidas por Carlos Tavares da Silva revelaram níveis de ocupação das Idades do Bronze e do Ferro, o que testemunha a importância deste cerro para as sucessivas populações que habitaram o sudoeste do actual território nacional.
Mas foi, com certeza, com o consulado islâmico que se construiu a primitiva fortaleza. Independentemente das alterações posteriores, Rosa Varela Gomes identificou, em traços gerais, essa estrutura: o castelo apresentava planta poligonal e dele subsistem, ainda, importantes troços de muralhas, uma torre de planta circular e a cisterna. De acordo com as escavações aqui efectuadas, a época muçulmana tardia dotou o recinto de diversas estruturas habitacionais, assim como dois silos, elementos datáveis dos séculos XII-XIII (GOMES, p.120).
Em 1246, com a conquista definitiva do Algarve, o castelo passou para a posse do rei português, que deverá ter empreendido algumas reformas. Desconhecemos a marcha de intervenções na Baixa Idade Média, mas o que é certo é que em pleno século XV, em 1448, as informações são as de que o castelo está já em ruínas. Perdida a função militar, e desvalorizada a importância estratégica da vila, a fortaleza foi abandonada. Em vão a Ordem de Santiago tentou proceder à sua reconstrução, ordenando a reparação das muralhas, facto que voltou a ser vincado pelo novo ordenamento do reino determinado por D. Manuel. Dois séculos depois, o Terramoto de 1755 arruinou grande parte da vila, arrastando consigo uma significativa parte do castelo, incluindo as habitações do recinto.
Até há escassos anos, a história do castelo de Aljezur foi a de uma lenta e progressiva degradação. Diversas notícias dos séculos XVI a XIX são unânimes em assinalar a sua antiguidade e decadência, referindo-se, sistematicamente, a crescente ruína da sua estrutura.
No século XX, as comemorações do centenário do Infante D. Henrique foram o pretexto para o restauro. Tendo como pano de fundo o Sudoeste do país, como a Fortaleza de Sagres e a cidade de Lagos, também Aljezur viu intervencionado o seu velho castelo, cuja tradição alegava ter sido um dos que figuravam nas quinas nacionais. As obras então empreendidas não foram substanciais, limitando-se a reparar as muralhas (alteando e reinventando algumas partes), mas sem alterações assinaláveis ao nível da planta e adulteração do interior do recinto. Nos últimos anos, diversos programas de beneficiação foram elaborados, mas o castelo de Aljezur aguarda ainda a definição de um projecto de valorização integral.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens9
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roteiro dos Monumentos Militares PortuguesesALMEIDA, João deEdição1948Lisboa
O Algarve islâmico : roteiro por Faro, Loulé, Silves e TaviraCATARINO, Helena Maria GomesEdição2002Faro
Aljezur, entre o Islão e a CristandadeBARBOSA, PedroEdição2000Aljezur
A gloriosa história dos mais belos castelos de PortugalPERES, DamiãoEdição1969Barcelos
Algarve - Castelos, Cercas e FortalezasMAGALHÃES, NatérciaEdição2008Faro
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil ArquitectónicoCORREIA, Luís Miguel Maldonado de VasconcelosEdição2010Coimbra
Castelo de AljezurEdição2001Lisboa
Alguns apontamentos sobre o concelho de Aljezur, 2ª edEdição1986Aljezur

IMAGENS

Castelo de Aljezur - Planta com a delimitação, a ZEP e a Zona non aedificandi em vigor

Castelo de Aljezur - Zona envolvente: encosta Norte do cerro do castelo

Castelo de Aljezur - Zona envolvente: encosta Nordeste do cerro do castelo

Castelo de Aljezur - Vista geral: encosta Sul do cerro do castelo

Castelo de Aljezur - Vista geral: cabeço localizado a sul do cerro do castelo

Castelo de Aljezur - Vista geral: encosta NE do cerro do castelo

Castelo de Aljezur - Planta com a demitação do Castelo e a antiga ZP

Castelo de Aljezur - Vista geral

Castelo de Aljezur - Enquadramento geral

MAPA

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