Mosteiro de Santa Marinha da Costa | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Mosteiro de Santa Marinha da Costa | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Mosteiro de Santa Marinha da Costa / Igreja Paroquial da Costa / Pousada de Santa Marinha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Jardim da Cerca do Mosteiro de Santa Marinha da Costa / Parque da Pousada de Santa Marinha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Mosteiro | ||||||||||||
Tipologia | Mosteiro | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Guimarães/Costa | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Guimarães | ||||||||||||
Freguesia | Costa | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 26 450, DG, I Série, n.º 69, de 24-03-1936 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Sobre um primitivo estabelecimento romano, de ocupação continuada pelo período suevo-visigótico, construíram os colonos vinculados ao reino das Astúrias, nos finais do século IX, um templo relativamente modesto, de nave e ábside únicas, esta última aparentemente mais elevada que a primeira, rematado ocidentalmente por um narthex, cuja dimensão as escavações arqueológicas não puderam determinar (REAL, 1985, p.13). Sensivelmente meio século depois, aqui se instalaram os condes portucalenses, à frente de cuja família se encontrava Mumadona Dias, e seu marido, Hermenegildo Gonçalves. A amplitude e a qualidade da campanha construtiva então patrocinada, cuja monumentalidade ultrapassa, em muito, o que então se fez em outros pontos do Entre-Douro-e-Minho, levou a que se considerasse estar em presença de vestígios do Paço ducal portucalense do século X (REAL, 1985, p.24). A relação artística destes materiais com outros das décadas anteriores ao ano mil não motivam grandes dúvidas em matéria de cronologia. Por outro lado, a sua qualidade revela tratar-se de uma obras bastante cuidada. A torre quadrangular, que se adossa ao topo Sudoeste do corpo da igreja, com os seus grandes silhares, de talhe bastante regular, e o seu arco em ferradura, que segue o modelo cordovês deste tipo de vão, é um dos melhores testemunhos da relevância historico-artística da campanha condal. Uma relevância que continua pela igreja. Ao contrário do templo asturiano, situado onde mais tarde se edificou o claustro, a igreja pré-românica rompeu com essa anterior opção, e localiza-se sob os alicerces onde sucessivamente se foi reformulando a igreja, até à actualidade. Para além da nova ordem urbanística, a construção revelou-se bastante grande, mesmo gigantesca, para o panorama da arquitectura religiosa pré-românica em território nacional. Todos estes factos, ainda que sem a devida certificação absoluta, apontam para que o planalto da Costa tenha sido o local dos paços condais portucalenses, e a sua igreja a capela palatina do complexo. Desconhece-se a data certa em que este conjunto passou a mosteiro, mas tudo leva a crer que a falência do modelo condal, na viragem para o século XI, tenha determinado essa alteração. No século XII, o mosteiro foi entregue aos cónegos agostinhos, que então patrocinaram a primeira grande reforma do local. No templo, a capela-mor foi deslocada para nascente, ganhando-se, assim, mais espaço na nave, esta mantida quase integralmente. No convento, deram início a quase todos os espaços, muito provavelmente edificados sobre o anterior paço. Também o claustro foi construído nessa época, com grande probabilidade já no século seguinte, conforme alguns materiais arqueologicamente identificados o levam a supor (BARROCA, 2000, p.88). Novas obras tiveram de esperar pelo século XVI. De 1535 era o novo retábulo-mor, assinada por uma das mais importantes figuras da nossa pintura renascentista: Frei Carlos. Por essa altura, mais concretamente em 1537, D. João III determinou a passagem do mosteiro para a ordem de São Jerónimo, que aí instalou um colégio. A campanha construtiva então efectuada, dentro dos cânones maneiristas, revela a importância regional que o cenóbio ainda detinha. Ela foi conduzida pelo mestre pedreiro vimaranense Pedro Alonso de Amorim, que construiu um novo claustro e reformulou a fachada da igreja. Bastante mais importantes foram as obras barrocas. Estas, determinaram a parcial destruição das anteriores dependências conventuais e sua substituição por alas mais modernas. Praticamente todo o complexo foi sujeito a obras, desde a nova capela-mor (1713), à actualização estética do interior, passando pela definição da cerca. Já no século XX, a pretensão de converter o antigo mosteiro em pousada, com projecto dos arqts. Lixa Felgueiras, Fernando Távora e Conceição e Silva, proporcionou a realização de uma das mais importantes campanhas arqueológicas, em edifícios medievais, no nosso país. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"O convento da Costa (Guimarães): notícia e interpretação de alguns elementos arquitectónicos recentemente aparecidos", Congresso Histórico de Guimarães e sua Colegiada, 1981, vol. 4, pp.461-475 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1981 | Guimarães | |
"Santa Marinha da Costa. Notícia histórica", Pousada de Santa Marinha da Costa, Boletim da DGEMN, nº130, 1985, pp.7-58 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1985 | Lisboa | |
Fernando Távora | COELHO, Paulo | Edição | 2011 | Vila do Conde | |
Guimarães - roteiro turístico | FONTE, Barroso da | Edição | 1995 | Guimarães | Fotografias de José Bastos |
"13. Cálice de D. Sancho I e de Dulce", ficha técnica de catálogo, Mil anos a construir Portugal, 2000, p.85 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Guimarães | |
"20. Capitel do claustro do Convento da Costa", ficha técnica de catálogo, Mil anos a construir Portugal, 2000, p.88 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Guimarães | |
Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, nº130 (Pousada de Santa Marinha da Costa) | Edição | 1985 | Lisboa | ||
Mil anos a construir Portugal | Edição | 2000 | Guimarães | Catálogo de exposição |
Fachada principal e enquadramento
Entrada principal da pousada
Antiga área conventual
Fontanário na quadra central do claustro
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
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