Forte do Guincho, ou Forte das Velas | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Forte do Guincho, ou Forte das Velas | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Forte do Guincho / Forte das Velas (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Forte | ||||||||||||
Tipologia | Forte | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Cascais/Cascais e Estoril | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Cascais | ||||||||||||
Freguesia | Cascais e Estoril | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto) Edital de 12-06-1974 da CM de Cascais Despacho de homologação de 9-04-1974 do Secretário de Estado da Instrução e Cultura Parecer de 5-04-1974 da 4.ª Subsecção da 2.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12736627 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel Localizado junto à Praia do Abano, no atual limite do concelho de Cascais, o Forte do Guincho é uma pequena fortaleza de planta retangular irregular, composta por dois corpos edificados justapostos. O volume que se vira a terra, mais estreito que o que lhe fica adjacente, corresponde aos antigos aquartelamentos, cujos compartimentos se dispõem em torno de um pátio interior. Na fachada principal rasga-se a porta de armas, de arco de volta perfeita com alfiz, onde se colocou uma inscrição alusiva à edificação do forte que está atualmente truncada; segundo Carlos Pereira Callixto, o texto original seria: "D. ANTÓNIO LUIS DE MENESES / CONDE DE CANTANHEDE DOS / CONSELHOS DE ESTADO E GUERRA DE / SUA MAGESTADE VEDOR DE SUA FAZENDA / E GOVERNADOR DAS ARMAS DE CASCA/IS MANDOU FAZER ESTA FOR/TIFICAÇÃO EM 1 DE (...)" (CALLIXTO, Carlos Pereira: 1980, p. 12). Sobre esta inscrição exibe-se um escudo de armas. O corpo que se vira ao mar corresponde à bateria retangular, que integra compartimentos laterais e exibe um remate com parapeito liso onde originalmente se dispunham sete peças de artilharia. Os merlões e canhoeiras que se podem ainda ver no corpo edificado são acrescentos oitocentistas, tal como o eram quatro guaritas colocadas aos cantos que hoje já não existem. História O Forte do Guincho, também conhecido como Forte das Velas, foi edificado cerca de 1642. Esta pequena fortificação integrava o conjunto das fortalezas que formavam uma cintura defensiva em torno da costa de Cascais, e que foram construídas na época pós-Restauração da Independência por ordem de D. António Luís de Meneses, governador da praça daquela vila. Em 1720, menos de um século depois da sua edificação, dava-se nota da necessidade de reparações na estrutura, problema que foi recorrente ao longo do século XVIII. Possivelmente, a obra de reforço estrutural mais importante foi levada a cabo entre 1793 e 1796, para evitar que o forte sofresse uma derrocada em consequência de um eminente desmoronamento da plataforma rochosa onde assentava. Esta campanha reconstrutiva procedeu ao reforço das muralhas, à reorganização espacial do interior e à consolidação do embasamento de rocha com um paredão de cantaria (RAMALHO, Margarida Magalhães: 2010, p. 60). No século XIX fizeram-se também obras pontuais de reforço e ampliação, com a construção das referidas guaritas e de sete canhoeiras nos parapeitos da bateria. Como afirma Margarida Ramalho, a história do Forte do Guincho "é uma sucessão de longos períodos de abandono que provocavam danos, tanto nas muralhas, como nas peças de fogo." (RAMALHO, Margarida Magalhães: 2010, p. 60). O forte nunca teve uma efetiva função defensiva, funcionando sobretudo como estrutura dissuasora; a título de exemplo refira-se que em 1808, num dos períodos mais intensos da Guerra Peninsular, esta fortaleza tinha uma guarnição de 20 homens, ao passo que apenas cinco anos depois, entre 18013 e 1814, já na época final do conflito, se registava que não possuía guarnição. Ou seja, somente quando se verificavam épocas de confrontos militares é que o forte recebia soldados ou obras de restauro. No final do século XIX o forte foi desativado como reduto militar, passando a ser arrendado a particulares. Em 1934 passou oficialmente para a posse do Ministério das Finanças, que dez anos depois cedeu o espaço a um clube de campismo para que este fizesse do local uma casa-abrigo. Foi com esta função que o Forte do Guincho foi utilizado durante as décadas seguintes. A partir de 1970 o edifício ficou devoluto e, embora nos anos que se seguiram tivesse sido pontualmente cedido, de novo, a um clube campista para que continuasse a usá-lo como casa-abrigo, certo é que se manteve quase sempre desocupado durante as décadas de 70 e 80 do século XX. Esta época coincidiu com a sua classificação como imóvel de interesse público em 1977, em conjunto com os restantes fortes e baterias da linha de Cascais. Em 2003 o edifício era | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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As fortificações marítimas da costa de Cascais | RAMALHO, Maria Margarida Marques | Edição | 2001 | Lisboa | |
As fortalezas da costa marítima de Cascais | LOURENÇO, Manuel Acácio | Edição | 1964 | Cascais | |
Fortificações Marítimas | RAMALHO, Maria Margarida de Magalhães | Edição | 2010 | Cascais | |
"Do rigor teórico à urgência prática: a arquitectura militar", História da Arte em Portugal, vol. 8 | MOREIRA, Rafael | Edição | 1986 | Lisboa | |
"Fortificações da Praça de Cascais a ocidente da Vila", Revista Militar | CALLIXTO, Carlos Pereira | Edição | 1980 | Lisboa | |
As fortificações marítimas da costa de Cascais | BARROS, Maria de Fátima Rombouts | Edição | 2001 | Lisboa | |
As fortificações marítimas da costa de Cascais | BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira | Edição | 2001 | Lisboa |
Forte do Guincho - Vista geral de poente
Forte do Guincho - Portal de acesso (fachada norte)
Forte do Guincho - Muralha do lado do mar
Forte do Guincho - Cunhal nascente
Forte do Guincho - Muralha do lado poente
Forte do Guincho - Vista geral de sul
Forte do Guincho - Muralha do lado poente
Forte do Guincho - Fachada norte: remate do portal e lápides com inscrição
Forte do Guincho - Vista geral
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