Casa inacabada de Vila Boa de Quires, mais conhecida por «Obras do Fidalgo» | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa inacabada de Vila Boa de Quires, mais conhecida por «Obras do Fidalgo» | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Obras do Fidalgo Casa das Obras / Casa inacabada de Vila Boa de Quires / Obras do Fidalgo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Casa | ||||||||||||
Tipologia | Casa | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Porto/Marco de Canaveses/Vila Boa de Quires e Maureles | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Porto | ||||||||||||
Concelho | Marco de Canaveses | ||||||||||||
Freguesia | Vila Boa de Quires e Maureles | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Apesar de nunca ter sido terminada, e de estar em ruínas, a imponente fachada da casa de Vila Boa de Quires é suficiente para determinar a imponência e monumentalidade do projecto, iniciado por António de Vasconcelos Carvalho e Meneses. Não é certa a data do início da construção, que deverá ser balizada entre 1740 e 1760, muito embora a gramática decorativa do alçado principal, já rocaille, se inscreva na segunda metade da centúria (AZEVEDO, 1969, p. 180). No contexto da arquitectura civil portuguesa do século XVIII, a Casa de Vila Boa de Quires mantém-se fiel a uma tradição planimétrica, que se pauta pela linearidade e organização em comprimento, ou seja, a denominada casa comprida. Assim, todo o esforço cenográfico e de monumentalização do imóvel é concentrado na fachada, que encerra "uma verdadeira lição sobre a gramática do estilo barroco - aliás, já da época rocaille", cuja filiação poderá radicar na obra de Nicolau Nasoni (AZEVEDO, 1969, p. 86). De dois pisos, e seccionada por pilastras, onde se destaca, ao centro, o portal principal, a fachada pauta-se pela simetria na abertura dos muitos vãos que a caracterizam. Do lado esquerdo não existe a secção correspondente aos frontões que rematam as janelas do andar superior, apenas observáveis nos dois do lado oposto, junto à secção central. Estes, de moldura interiormente recortada, e terminando num frontão semicircular com decorações no tímpano, deveriam ser janelas de sacada, uma vez que a base coincide com o friso, com volutas na zona inferior. No piso térreo, os vãos apresentam lintel recortado e frontão semicircular mais acentuado. As portas são flanqueadas por volutas. A zona de maior impacto é, todavia, a central, mais avançada, e onde se abre o portal. A sua configuração respeita a orgânica já observada, de dois andares, sendo o primeiro rasgado por dois óculos quadrilobados e de remate em vieira, que ladeiam o portal. Este, de verga também interiormente recortada, apresenta duas colunas com enrolamentos, sobre as quais assenta o entablamento em arco abatido, que acompanha o desenho da porta, e suporta o frontão de volutas, interrompido pelas formas vegetais que preenchem o tímpano e se prolongam até à vieira que encerra o conjunto. As duas janelas do andar nobre respeitam o traçado das restantes, mas os seus remates são bem mais imponentes, com uma espécie de sanefa e o motivo denominado por brincos, a imitar tecido, a que se acrescentam os enrolamentos na zona superior, até à cornija. Ao centro, uma cartela é envolta por elementos vegetalistas, cuidadosamente lavrados. O efeito de monumentalidade criado por este conjunto não invalida a perícia e o pormenor de todos os motivos decorativos que o caracterizam, e que se inscrevem num gosto rocaille de curva e contracurva, de grande dinamismo e cenografia. A própria imitação de tecidos, dispostos um pouco à maneira de bocas de cena, traduz bem a importância dos efeitos ilusórios e cenográficos que se pretendia alcançar. A interrupção a que a obra foi sujeita permanece, ainda hoje, por explicar, muito embora a tradição impute a paragem dos trabalhos à morte do hipotético arquitecto espanhol, responsável pelo projecto. Observando a arquitectura da região, e seguindo ainda a análise de Carlos de Azevedo, este é um dos solares que, juntamente com a Casa do Cabo de São João da Pesqueira, ou o solar de Mateus, se integra numa tradição de monumentalidade na construção setecentista das margens do Douro. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | Lugar de Pombal | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Solares Portugueses | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1988 | Lisboa | |
Nobres Casas de Portugal | SILVA, António Lambert Pereira da | Edição | 1958 | Porto |
Palacete Vilar de Allen
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