Povoado fortificado e Santuário de Endovélico | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Povoado fortificado e Santuário de Endovélico | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Santuário de Endovélico (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Santuário | ||||||||||||
Tipologia | Santuário | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Alandroal/Terena (São Pedro) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Alandroal | ||||||||||||
Freguesia | Terena (São Pedro) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Localizado num outeiro perto da ribeira de Lucefecit com total domínio da paisagem envolvente, este sítio arqueológico é constituído pelas ruínas de um relevante santuário dedicado a "Endovélico", uma das divindades pré-romanas melhor conhecidas entre nós, sobretudo através da análise de cerca de 80 inscrições latinas coligidas ao longo dos últimos quatro séculos. Com efeito, parece dever-se a D. Teodósio, duque de Bragança, a realização da primeira destas recolhas epigráficas, como era, aliás, apanágio das investigações "históricas" levadas a efeito durante o século XVI. Desde então, a recolha e estudo de materiais provenientes deste sítio têm constituído tarefa priveligiada, entre outras, de personalidades tão marcantes da História do estudo das nossas "antiguidades", como as de André de Resende, Frei Bernardo de Brito, José Leite de Vasconcelos e Scarlat Lambrino. Possivelmente construído durante o século I d. C., este santuário pré-latino terá sido sujeito a um processo de cristianização já no século V, altura em que se edificou uma capela consagrada a São Miguel Arcanjo, cuja cobertura ruiria na sequência de algumas obras de melhoramento efectuadas no seu interior em finais do século XIX. Entretanto, o investigador eborense, Gabriel Pereira, procederia, ainda em finais dessa centúria, ao levantamento da sua planta, enquanto José Leite de Vasconcelos realizaria, em 1907, as primeiras escavações arqueológicas alguma vez conduzidas neste sítio. Das ruínas, propriamente ditas, chegaram até nós apenas vestígios de estruturas que J. Leite de Vasconcelos considerou pertencerem a um eventual povoado pré-romano, e, mais especificamente, da Idade do Ferro, ulteriormente romanizado. No entanto, os resultados obtidos com as diversas prospecções efectuadas até ao momento neste local não parecem confirmar esta primeira hipótese, Na verdade, os vestígios encontrados parecem, cada vez mais, refutá-la, como de negar será, talvez, a ideia de que os vestígios estruturais se reportarão à existência de um povoado, enquanto se reforça a suposição de que se terá tratado, unicamente, de um espaço cultual. Com efeito, os vestígios localizados neste sítio parecem configurar uma estrutura quadrangular, uma possível plataforma sobre a qual deveria assentar o santuário. Para o reforço desta ideia, temos a presença de elementos arquitectónicos e escultóricos executados em mármore, bem como a multiplicidade de fragmentos de cerâmica comum e de construção, além de inscrições em bronze, aras votivas dedicadas a esta divindade pré-romana e diversas lápides funerárias. Será, ainda, de referir que a cristianização do local, por um lado, e a perda do seu significado primordial, por outro, conduziram, quer à destruição e mutilação de diversos destes elementos evocativos, como à sua reutilização como material de construção noutras edificações erguidas ao longo dos séculos, como seria prática comum em casos similares. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | Este sítio arqueológico situa-se no Outeiro de São Miguel da Mota, no fim de um caminho vicinal que tem o seu início a c. de 5 km da estrada que liga Alandroal ao Redondo. | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Carta arqueológica do Alandroal | CALADO, Manuel João Maio | Edição | 1993 | Alandroal | Publicado a 1993 |
"Santuário de Endovélico", in Revista Archeologica | PEREIRA, Gabriel | Edição | 1889 | Número : 3 Data do Editor : 1889 | |
"Le Dieu Lusitanien Endovellicus", Bulletin des Études Portugaises | LAMBRINO, Scarlat | Edição | 1952 | Data do Editor : 1952 | |
As Religiões da Lusitânia | VASCONCELOS, José Leite de | Edição | 1913 | Data do Editor : 1913 | |
"Arte Visigótica em Portugal", O Arqueólogos Português | ALMEIDA, D. F. | Edição | 1962 | Data do Editor : 1962 | |
Inscrições Romanas do Conventus Pacensis. Subsídios para o Estudo da Romanização | ENCARNAÇÃO, José d' | Edição | 1984 | Data do Editor : 1984 | |
O Domínio Romano em Portugal | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1988 | Lisboa Publicado a 1988 Data do Editor : 1988 |