Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castro de São Martinho, também conhecido por Povoado Fortificado da Portela da Bustarenga
Designação
DesignaçãoCastro de São Martinho, também conhecido por Povoado Fortificado da Portela da Bustarenga
Outras Designações / PesquisasCastro de São Martinho / Povoado da Portela da Bustarenga (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Castro
TipologiaCastro
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Paredes de Coura/Coura
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Portela da Bustarenga Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoViana do Castelo
ConcelhoParedes de Coura
FreguesiaCoura
Proteção
Situação ActualProcedimento caducado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaProcedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) , alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Despacho de abertura de 15-07-1996
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaTambém conhecido por "Portela da Bustarenga", o "Castro de São Martinho" ergue-se de forma destacada nas proximidades da localidade de Coura, de onde desfruta de um bom domínio sobre a paisagem envolvente, essencial aos objectivos defensivos distintivos da sua edificação.
Construído durante a Idade do Ferro estabelecida para o Noroeste peninsular, à semelhança de outros exemplares da região (Cf., por exemplo, SILVA, M. de F. M., 1994), no âmbito da denominada cultura castreja, o povoado surge numa zona particularmente propícia à sobrevivência e continuidade do estabelecimento humano, a exemplo dos recursos naturais tão abundantes no actual termo de Paredes de Coura, sobretudo no que respeita à boa qualidade dos solos agricultáveis e à presença de várias matérias primas, tais como o barro, a pedra e o metal.
E apesar de ainda ser difícil caracterizar arqueologicamente o sítio, em razão de se encontrar completamente coberto por densa vegetação, a verdade é que foram recolhidos no local artefactos indicadores de uma realidade bem presente noutros testemunhos "castrejos".
Referimo-nos, em concreto, à reutilização do seu espaço já durante o período de romanização do território, num indício evidente das suas potencialidades estratégicas, nomeadamente no que se referia ao domínio visual sobre as vias que se rasgavam adjacentemente.
Mas não só. Com efeito, o prolongamento da sua ocupação neste período poderá apontar de igual modo para um reforço da autoridade emanada de Roma, como meio, enfim, de sobrepor o novo poder às estruturas anteriores, através da reapropriação de lugares aduzidos de profunda simbologia pelas e para as gentes locais, independentemente da natureza dessa mesma carga e do(s) seu(s) propósito(s).
Uma constatação que, além de se basear na identificação, no local, de materiais de construção romana, como tegulae - telhas rectangulares - e imbrex - telhas em forma de meia cana -, se apoia no facto de passar nas imediações deste povoado de altura a IV via militar romana (também conhecida por "Via romana de Braga a Tui) que, durante a Antiguidade clássica (Cf. SANTOS, L. A. dos, 1980), perfazia a ligação entre localidades tão importantes, quanto as de Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga), e que mereceu, logo em 1910, a sua inclusão no primeiro diploma português de classificação de estruturas antigas como "monumento nacional", numa comprovação de como, apesar das adversidades, o exercício arqueológico desbravava caminho entre nós, graças à iniciativa e à influência de gratas figuras dos seus primórdios.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias7

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Miliários inéditos da via romana de Braga a Tuy : algumas considerações, Sep. Rev. Arquivo do Alto Minho, 24SANTOS, Luciano A. dosEdição1980Bragasérie 3.ª, vol. 24, n.º 4
"O gabinete de arqueologia e património da Câmara Municipal de Paredes de Coura", Cadernos de Arqueologia e PatrimónioSILVA, Maria de Fátima MatosEdição1992Paredes de Couran.º 1, pp. 9-16.
"Breve viagem pelo património arqueológico do concelho", Boletim Municipal de Paredes de CouraSILVA, Maria de Fátima MatosEdição1996Paredes de Couravol. 8, n.º 2, pp. 17-18.
"Estudo, conservação, restauro, dinamização e divulgação do povoamento castrejo da Bacia Superior do Rio Coura: primeiros resultados", Actas do 1.º Congresso de Arqueologia PeninsularSILVA, Maria de Fátima MatosEdição1994Porto«Trabalhos de Antropologia e Etnologia», vol. 34, n.ºs 1-2, pp. 281-302.
"Carta Arqueológica do concelho de Paredes de Coura - uma perspectiva de arqueologia espacial", Actas do 1º Congresso de Arqueologia PeninsularSILVA, Maria de Fátima MatosEdição1994Porto«Trabalhos de Antropologia e Etnologia», vol. 34, n.ºs 1-2, , p. 477-499.
"Os miliários da estrada romana de Braga a Tuy", Distrito de BragaARAÚJO, José Rosa deEdição1982Braga2.ª série, n.º 5
"Breve viagem pelo património arqueológico do concelho", Boletim Municipal de Paredes de CouraSILVA, Carlos Alberto Gouveia daEdição1996Paredes de Couravol. 8, n.º 2, pp. 17-18.
"Campo internacional de arqueologia estuda Cividades de Romarigães e Cossourado", Boletim Municipal de Paredes de CouraSILVA, Carlos Alberto Gouveia daEdição1996Paredes de Couravol. 8, n.º 1, p. 12.

IMAGENS

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