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DETALHES

Castelo de Moura, incluindo as ruínas do convento das freiras dominicanas e igreja anexa
Designação
DesignaçãoCastelo de Moura, incluindo as ruínas do convento das freiras dominicanas e igreja anexa
Outras Designações / PesquisasCastelo de Moura, Convento de Nossa Senhora da Assunção e Igreja de Santa Maria / Castelo de Moura / Castelo e Cerca Urbana de Moura (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Moura/Moura (Santo Agostinho e São João Baptista) e Santo Amador
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- perímetro do CasteloMoura Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.143379-7.451574
DistritoBeja
ConcelhoMoura
FreguesiaMoura (Santo Agostinho e São João Baptista) e Santo Amador
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 33 587, DG, I Série, n.º 63, de 27-03-1944 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913729
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO Castelo de Moura foi erguido no cimo de uma colina cuja ocupação remontará à Idade do Ferro, elevando-se hoje em pleno centro da cidade. Das primeiras fortificações da povoação, alegadamente romanas, não existem indícios. Está no entanto traçada a presença árabe no local, onde se situava uma capital de província de nome Al-Manijah, dominada por uma grande fortificação, palco de diversos combates entre cristãos e muçulmanos em pleno movimento da Reconquista peninsular. Da construção original restam ainda alguns vestígios, que incluem a Torre de Taipa ou da Salúquia, uma das atalaias do baluarte muçulmano.
O domínio cristão de toda a região efectivou-se a partir de 1232, e a partir de 1295, mais provavelmente no início do século XIV, o castelo, então definitivamente conquistado, foi remodelado por ordem de D. Dinis, em obras que terão provavelmente corrido a par de intervenções semelhantes em Serpa, e da construção de uma linha defensiva articulada com a própria fortificação de Moura, da qual faziam parte diversas torres de vigia. A única torre que resta, deste conjunto, é a da Atalaia Magra, erguida sobre uma colina visível a partir de Moura. Do castelo quatrocentista, de planta ovalada tipicamente medieval, existe ainda a alta Torre de Menagem, com uma sala octogonal coberta por abóbada de cruzaria de ogivas no piso nobre.
Novas reformas foram realizadas na segunda metade do século por ordem de D. Fernando, quando o crescimento da vila exigiu a ampliação dos limites da cerca e se construiu uma segunda linha muralhada. Seguiu-se a intervenção de Francisco de Arruda, já no reinado de D. Manuel, no início do século XVI (1510), quando a vila recebeu o foral novo. O castelo renovado foi então retratado por Duarte d' Armas no seu Livro das Fortalezas, onde se destingue a poderosa silhueta da Torre de Menagem, dominando o terreiro rodeado pela muralha torreada na qual se rasga um portal quinhentista, ligeiramente apontado, enquadrado por alfiz simples e por heráldica.
Já no século XVII, no decurso da Guerra da Restauração, e por iniciativa de D. João IV, os limites da fortificação foram reforçados ao modo de baluarte, num fenómeno que percorreu tantas outras praças na época, marcando uma diferença fundamental entre os castelos medievais e as fortificações da época moderna, mais eficiente do ponto de vista militar. Construiu-se então um muro exterior em estrela, com paredes rampantes (em alambor) e fosso, hoje quse totalmente coberto. Ainda na sequência deste confronto, o castelo, incluindo as muralhas de finais do século XVII e parte da Torre de Taipa, foi destruído durante a ocupação espanhola de 1707, quando o Duque de Ossuna invadiu a vila. O terremoto de 1755 e a desmilitarização do baluarte, a partir de 1805, aceleraram a ruína do monumento, de cuja cerca seiscentista restam apenas alguns elementos, tal como parte da torre barbacã, e pequenos troços, com destaque para aquele sobre o qual segue a Rua da Muralha Nova, no limite da Mouraria. Existe ainda a Porta da Alcáçova e a entrada principal, quinhentista.
No recinto do castelo permanecem as ruínas do Convento de Freiras Dominicanas de Nossa Senhora da Assunção e igreja anexa, erguidos a partir de 1562 no local da primitiva Igreja Matriz, entretanto substituída pela igreja manuelina de São João Baptista. O convento, abandonado deste 1875, situa-se junto à entrada da Alcáçova, para onde deita a fachada da igreja. Esta é de planta rectangular e nave única, e nela destaca-se o túmulo, em estilo manuelino, de Pedro e Álvaro Rodrigues, supostos conquistadores de Moura aos muçulmanos em 1166, e protagonistas da famosa lenda de fundação da vila. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias10

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Monografia arqueológica do concelho de MouraLIMA, José Fragoso deEdiçãoPublicado a 1988
As muralhas medievais de MouraMACIAS, SantiagoEdiçãoPublicado em1986
Moura na Baixa Idade Média: elementos para um estudo historico e arqueologicoMACIAS, SantiagoEdiçãoPublicado a 1993
Roteiro dos Monumentos Militares PortuguesesALMEIDA, João deEdição1948Lisboa
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias...PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa deEdição1990Lisboa
Contributo para a conservação do património urbano de Moura - análise morfo-tipológica e da imagem urbana no espaço intra-muros do castelo e no Bairro da MourariaMIRA, Paula Cristina Rodrigues Conceição Conduto CostaEdição1999Évora
História da notável vila de MouraCABRAL, Luiz de AlmeidaEdição1991MouraManuscrito do séc. XVIII, nº 151 da Biblioteca da Universidade de Coimbra
Anais de MouraMATTA, José Avelino da SilvaEdição1991MouraEdição fac-similada do manuscrito de 1855, existente na Biblioteca Municipal de Moura
Nicolau de Langres e a sua obra em PortugalMATTOS, Gastão de MelloEdição1941Lisboa
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel IDIAS, PedroEdição2002Lisboa
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias...FERREIRA, Pedro AugustoEdição1990Lisboa

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