Hospital da Misericórdia de Mesão Frio | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Hospital da Misericórdia de Mesão Frio | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Mesão Frio (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Hospital | ||||||||||||
Tipologia | Hospital | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Vila Real/Mesão Frio/Mesão Frio (Santo André) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Vila Real | ||||||||||||
Concelho | Mesão Frio | ||||||||||||
Freguesia | Mesão Frio (Santo André) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 735/74, DG, I Série, n.º 297, de 21-12-1974 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 22051577 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Ao contrário do que acontece com tantas outras Misericórdias do país, para Mesão Frio é conhecida a data da fundação, ocorrida em 1560, e o nome dos instituidores, o casal André da Fonseca e Verónica de Mesquita. Já no que diz respeito ao Hospital, as dúvidas avolumam-se, e se alguns autores defendem ser contemporâneo da instituição da Irmandade, mas localizando-se num local diferente do actual, outros são mais cautelosos quanto à data de início das suas actividades e quanto à sua funcionalidade primeira, embora localizem ambos os edifício no mesmo sítio (REMO, 1959, p. 31; DIAS, 1993, p. 35 e ss). Certo é que o imóvel que hoje conhecemos apenas começou a ser construído em 1773, encontrando-se concluído em 1780. Os mais recentes estudos sobre as Misericórdias portuguesas, identificam a segunda metade do século XVIII como um período generalizado de graves dificuldades financeiras, motivado pela quebra do número de legados pios, pela ruína do sistema de empréstimo de dinheiro a juros, aliada a uma má gestão e às opções políticas do Marquês de Pombal (cf. entre muitos outros, ARAÚJO, 2003; SÁ, 2001). Uma situação que, em muito casos, conduziu ao cancelamento das esmolas que eram distribuídas, como aconteceu na misericórdia de Ponte de Lima. Neste sentido, o investimento dos irmãos de Mesão Frio num novo edifício para o seu hospital deve-se a um legado específico e deve também ser compreendido no contexto da demarcação do Douro, levada a cabo pelo Ministro de D. José, e que tanta prosperidade trouxe para o concelho. Por outro lado, as preocupações com o corporal começavam, lentamente, a sobrepor-se aos cuidados com o espírito, e os investimentos nos hospitais é, também, um reflexo destas preocupações que se relacionavam cada vez menos com a caridade propagada pela igreja católica, e mais com o sentido de assistência, ainda que muito distante do que hoje entendemos por assistência social. De planta rectangular, o edifício do hospital não deixa de recordar os solares urbanos do período barroco, utilizando um modelo arquitectónico muito próximo. Os cunhais são definidos por pilastras encimadas por fogaréus, e a longa fachada é aberta por um conjunto de vãos simétricos, cujo ritmo converge no eixo central, formado pelo portal, cuja moldura se relaciona com a janela de sacada do piso superior e que, por sua vez, apresenta cornija interrompida pela composição heráldica. Esta, tal como nos solares, inscreve-se num frontão contracurvado, em cujo tímpano se exibem as armas de Portugal, numa composição plena de concheados rococó. É, sem dúvida, a zona de maior destaque, que evidencia, simultaneamente, a natureza da confraria e a sua relação com a coroa. O alçado lateral apresenta óculo oval flanqueado por duas janelas com avental recortado e frontão de lanços curvos idênticas aos do piso nobre da fachada principal. Por sua vez, o alçado posterior foi objecto de uma campanha de obras ocorridas na primeira década do século XX, que ocultaram a fachada setecentista, agora dominada por uma dupla arcaria, ao centro. Da mesma época deverá ser o corpo adossado e com fachada ligeiramente recuada. No interior, um átrio de pavimento de lajes permite o acesso aos compartimentos do piso térreo, distribuindo o espaço na vertical através da escadaria de lanço único, que se liga ao piso superior. As funções hospitalares da Misericórdia cessaram em 1992, e a instituição apenas mantém um funcionamento um lar de idosos, encontrando-se o antigo hospital, actualmente, devoluto. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Alto Douro Vinhateiro | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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As Misericórdias portuguesas de D. Manuel I a Pombal | SÁ, Isabel dos Guimarães | Edição | 2001 | Lisboa | |
A Misericórdia de Mesão-Frio: alguns subsídios para a sua história | NORONHA, Remo de | Edição | 1959 | Lisboa | |
Monografia simplificada da Misericórdia de Mesão Frio e apostilada no final com pedaços da história deste Concelho | DIAS, António Gonçalves | Edição | 1993 | Mesão Frio |