Igreja Paroquial de São João Baptista de Rei | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja Paroquial de São João Baptista de Rei | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de São João Baptista, paroquial de São João de Rei / Igreja Paroquial de São João de Rei / Igreja de São João Baptista (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Póvoa de Lanhoso/São João de Rei | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Póvoa de Lanhoso | ||||||||||||
Freguesia | São João de Rei | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | As primeiras referências documentais a São João de Rei remontam às Inquirições de 1053, constituindo o denominado Foral Velho, de 1228, o mais importante e antigo diploma referente a esta freguesia. D. Afonso Henriques inscreveu a localidade no domínio do Mosteiro de Santa Maria do Bouro, e D. Manuel concedeu-lhe novo foral com data de 25 de Fevereiro de 1514. O concelho de São João de Rei, dependente da Comarca de Guimarães, dispunha, em 1706, de um juiz, dois vereadores, um procurador por eleição trienal do povo, almotacéis, quatro tabeliães e outros (CELESTINO, 1994). A documentação conhecida permite concluir que era um concelho relativamente rico (IDEM). Foi concelho até 1853, transformando-se, no ano seguinte, em freguesia integrada no concelho de Póvoa de Lanhoso (ASSIS, ENCARNAÇÃO, 17/06/2004). A igreja que hoje conhecemos, dedicada a São João Baptista, é uma edificação do século XVIII, com certeza construída em substituição de uma outra, mais antiga, que serviu a paróquia desde os seus tempos mais remotos. É possível que a implantação do templo primitivo coincida com a do actual, justificando-se esta ideia pelos vestígios de elementos altimedievais encontrados, dos quais se destaca um capitel pré-românico, que serve de base à pia de água benta (muito embora não seja possível determinar com exactidão se o capitel é originário desta igreja) (CELESTINO, 1994; ASSIS, ENCARNAÇÃO, 17/06/2004). Em 1698, uma Visitação do "Livro das Visitações", refere a necessidade de construir uma nova igreja (ASSIS, ENCARNAÇÃO, 17/06/2004). O século XVIII foi, ao que tudo indica, um período de prosperidade e crescimento económico nesta região, porventura fruto de rendimentos e recursos económicos oriundos de terras brasileiras (CELESTINO, 1994). Todavia, o templo não reflecte este desenvolvimento económico, pautando-se por uma depuração mais próxima da arquitectura chã seiscentista, ou mesmo anterior. Na verdade, o frontão que remata o portal principal deixa adivinhar um desenho erudito, de grande classicismo, e os pináculos (de inspiração flamenga), revelam um gosto pouco comum no século XVIII, mas muito característico do final do século XVI e inícios da centúria seguinte. Estas características poderiam fazer recuar a edificação da igreja, mas os elementos conhecidos até à data não permitem afirma-lo com certeza. A ser uma edificação setecentista, importa reforçar a ideia de que o templo retoma modelos arquitectónicos muito anteriores. Os volumes da nave a da capela-mor são bem visíveis do exterior, com o último mais estreito e baixo, mas ambos rematados por pináculos nos cunhais, e cruz na empena. Na fachada, apenas o portal se destaca: de verga recta, é encimado por frontão triangular. O revestimento azulejar é recente. Junto ao frontispício da igreja, ergue-se o campanário, de cantaria, coroado por pináculos e cruz, com duas sineiras e acesso por escadaria. De planta longitudinal, com nave única e capela-mor, o interior apresenta coro-alto, púlpito com base em granito e balaustrada de madeira, e altares laterais abertos por arcos de volta perfeita, em cantaria, com retábulos. O arco triunfal, de volta perfeita, em cantaria, articula a nave e a capela-mor, onde se destaca o retábulo, de talha dourada, de estilo nacional. São muito poucas as referências conhecidas relativas a esta imponente obra, que ocupa a parede testeira da capela-mor. Apenas se sabe que não era mencionada em 1726 (CRAESBEEK, 1726), o que, juntamente com a representação das armas de São Francisco de Assis (dois braços em forma de cruz), tem levado alguns autores a questionar se este altar seria, originalmente, destinado a este espaço, uma vez que a igreja é dedicada a São João Baptista (ASSIS, ENCARNAÇÃO, 17/06/2004). (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 7 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Antigamente era San Johan de Rey | CELESTINO, António | Edição | 1994 | Póvoa do Lanhoso | |
"Igreja paroquial guarda vestígios do templo primitivo", Diário do Minho | ENCARNAÇÃO, Marta | Edição | 2004 | Braga | |
"Retábulo barroco representa a maior riqueza da igreja", Diário do Minho | ENCARNAÇÃO, Marta | Edição | 2004 | Braga | |
"Freguesia de S. João de Rei já foi concelho", Diário do Minho | ENCARNAÇÃO, Marta | Edição | 2004 | Braga | |
Terras de Lanhoso: monografias | NORTON, Maria Henriqueta C. R. Teixeira da Mota | Edição | 1987 | Póvoa de Lanhoso | |
Terras de Lanhoso: monografias | FREITAS, Paulo Alexandre Ribeiro | Edição | 1987 | Póvoa de Lanhoso | |
Memórias ressuscitadas da Província de Entre-Douro-e-Minho | CRAESBEECK, Francisco Xavier da Serra | Edição | 1726 | ||
"Igreja paroquial guarda vestígios do templo primitivo", Diário do Minho | ASSIS, Francisco de | Edição | 2004 | Braga | |
"Retábulo barroco representa a maior riqueza da igreja", Diário do Minho | ASSIS, Francisco de | Edição | 2004 | Braga | |
"Freguesia de S. João de Rei já foi concelho", Diário do Minho | ASSIS, Francisco de | Edição | 2004 | Braga |
Igreja Paroquial de São João Baptista de Rei - Interior da capela-mor: retábulo-mor (DGEMN)
Igreja Paroquial de São João Baptista de Rei - Interior da capela-mor: ilharga lateral do retábulo-mor (DGEMN)
Igreja Paroquial de São João Baptista de Rei - Interior da capela-mor: pormenor da talha do retábulo-mor (DGEMN)
Igreja Paroquial de São João Baptista de Rei - Interior da capela-mor: sacrário (DGEMN)
Igreja Paroquial de São João Baptista de Rei - Interior da capela-mor: pormenor da talha do arco do retábulo-mor (DGEMN)
Igreja Paroquial de São João Baptista de Rei - Interior da capela-mor: pormenor do retábulo-mor (DGEMN)
Igreja Paroquial de São João Baptista de Rei - Interior da capela-mor: frontal de altar do retábulo-mor (DGEMN)
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