Igreja paroquial de Alcantarilha | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja paroquial de Alcantarilha | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de Nossa Senhora da Conceição, paroquial de Alcantarilha / Igreja Paroquial de Alcantarilha / Igreja Nossa Senhora da Conceição (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Silves/Alcantarilha e Pêra | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Silves | ||||||||||||
Freguesia | Alcantarilha e Pêra | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 251/70, DG, I Série, n.º 129, de 3-06-1970 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A igreja paroquial de Alcantarilha é um dos imóveis que melhor reflecte a evolução artística do Algarve ao longo da Idade Moderna. Aqui coexistem diversas linguagens estilísticas que, apesar da sua aparente incoerência, são o fiel reflexo de toda uma longa duração artística regional e de recursos modestos. Do passado medieval da povoação, relacionado com uma provável ponte sobre a ribeira de Alcantarilha de construção islâmica, nada sobreviveu até aos nossos dias, à excepção de parte da muralha e, de forma indirecta, o urbanismo de tendência mediterrânica. Os vestígios mais recuados na igreja datam já de inícios do século XVI, concretamente do período manuelino. À semelhança de outros templos da província, é também ao reinado de D. Manuel (ou, mais provavelmente, ao de seu sucessor, D. João III), que se deve atribuir a capela-mor. De planta quadrangular, é abobadada com uma estrutura manuelina, de nervuras nas ogivas e cadeia central. O arco triunfal, de dupla arquivolta, sendo a exterior torsa, é em volta perfeita, ao contrário dos vãos tipicamente tardo-góticos, ainda apontados. Este facto pode comprovar a datação relativamente tardia desta fase construtiva, com certeza já bem dentro do século XVI. Infelizmente, não sabemos se a obra tardo-manuelina foi uma campanha coerente e integral a todo o imóvel, uma vez que as naves e, principalmente, a fachada principal revelam linguagens estilísticas posteriores. Em todo o caso, existem razões para se pensar que o enriquecimento do interior teve lugar imediatamente após a conclusão do templo, como se depreende pelo cadeiral maneirista, datado da segunda metade do século XVI, que pertenceu a esta igreja (LAMEIRA, 2000, p.127). A grande campanha de obras da época moderna deu-se na transição do barroco para o rococó. Apesar de não possuirmos indicações concretas acerca da marcha da renovação arquitectónica, são muitas as realizações da primeira metade do século XVIII que aqui encontramos. A principal é o retábulo-mor, contratado em 1769 aos entalhadores Manuel Francisco Xavier e António Ferreira de Araújo, ficando o risco a cargo do primeiro (LAMEIRA, 2000, p.290), "o mais prestigiado entalhador algarvio no período rococó" (LAMEIRA, 2000, p.326). A derradeira campanha da igreja Matriz de Alcantarilha aconteceu já na vigência do Neoclassicismo. Aqui, por iniciativa do Bispo D. Francisco Gomes do Avelar, refez-se toda a fachada principal, que assumiu um carácter cenográfico de primeira importância. A opção por uma frontaria tripartida, com um corpo central mais elevado e onde, no segundo registo, se rasga um enorme janelão semicircular, tem paralelos evidentes com as soluções neoclássicas das igrejas de Santa Maria de Tavira, e paroquial de São Brás de Alportel, templos onde a acção deste prelado mais se fez sentir. Através das suas três fases essenciais de construção (manuelino, rococó e neoclassicismo), a igreja paroquial de Alcantarilha reflecte bem as dominantes estéticas de um assinalável número de templos algarvios. Simultaneamente, revela as principais etapas estilísticas da província. O Barroco, que aqui flagrantemente falta, está visível na torre sineira, quadrangular, que se adossa à fachada principal, e na Capela dos Ossos, um pequeno espaço devocional do lado Sul da igreja. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Decoração arquitectónica manuelina na região de Silves (séculos XV-XVI)", Revista Xelb, nº3, 1996, pp.79-142 | RAMOS, Manuel Francisco Castelo | Edição | 1996 | Silves | |
A talha no Algarve durante o Antigo Regime | LAMEIRA, Francisco | Edição | 2000 | Faro | |
Alcantarilha. Percursos do Tempo | REIS, João Vasco | Edição | Alcantarilha |
Igreja paroquial de Alcantarilha - Interior: nave central e capela-mor
Igreja paroquial de Alcantarilha - Interior: capela-mor e retábulo
Igreja paroquial de Alcantarilha - Vista geral