Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Antigo Paço Episcopal Bracarense, onde está instalada a Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Braga
Designação
DesignaçãoAntigo Paço Episcopal Bracarense, onde está instalada a Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Braga
Outras Designações / PesquisasPaço Arquiepiscopal de Braga / Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Braga / Reitoria da Universidade do Minho (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Paço
TipologiaPaço
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBraga/Braga/Braga (Maximinos, Sé e Cividade)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça do MunicípioBraga Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.550946-8.426611
DistritoBraga
ConcelhoBraga
FreguesiaBraga (Maximinos, Sé e Cividade)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 47 508, DG, I Série, n.º 20, de 24-01-1967 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914629
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO Paço arquiepiscopal de Braga é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade e, simultaneamente, um dos que mais intimamente está ligado à história da urbe, desde os tempos medievais até à actualidade. Desconhecemos quase tudo em relação às suas origens (com certeza contemporâneas da criação da diocese e, posteriormente, do arcebispado), mas a partir do século XIV, e durante os seis séculos seguintes, a história do monumento é de tal forma rica que dificulta mesmo qualquer estudo monográfico do conjunto.
São quatro as grandes fases de construção do monumento, ainda hoje bem visíveis. A principal, e a que possui maior impacto, é a gótica. O seu início deve remontar à década de 30 do século XIV, altura em que o arcebispado era regido por D. Gonçalo Pereira, mas a sua configuração geral pertence já ao século XV, na sequência da campanha construtiva empreendida por D. Fernando da Guerra, arcebispo entre 1422 e 1436. Sob o comando de Mestre Fernão Martins, as obras duraram cerca de duas décadas, estando a torre principal concluída em 1439. Este corpo gótico foi bastante adulterado no século XX, mas mantém algumas das características essenciais. Ocupando grande parte do alçado virado para o Jardim de Santa Bárbara, compõe-se de vários corpos, a diferentes registos, mas cujo aparelho construtivo de granito (onde existem algumas pedras almofadadas de tradição clássica), e a uniformização estética das obras de restauro, lhe consagra uma notável homogeneidade estética. Antes da intervenção da DGEMN, tinham sido vários os acrescentos, desde janelas de feição moderna até a adulterações dos pisos originais. Hoje, a sua torre apresenta três andares e os vãos (de arco quebrado) foram dispostos nos alçados de forma simétrica, numa procura consciente de uma ideia de medievalidade que, o mais natural, foi nunca ter existido.
A segunda grande campanha construtiva deste espaço ocorreu no século XVI. Por iniciativa de D. Diogo de Sousa, um dos arcebispos incontornáveis da história bracarense, as obras privilegiaram as fachadas que confrontavam com a Rua do Souto, aquela que mais directamente dava para o centro histórico. Dois equipamentos marcam claramente esta campanha e revelam bem o conteúdo erudito, cenográfico e de prestígio pretendido: diante da fachada principal, a Fonte dos Castelos (assim denominada por apresentar uma decoração essencialmente com castelos) impressiona pela sua dimensão; a Leste, uma grande galeria, de feição maneirista, de dois registos sendo o térreo parcialmente aberto em arcadas, reforça a planta quadrangular da praça.
De maior amplitude foram as obras barrocas, que se desenvolveram ao longo de toda a primeira metade do século XVIII. D. Rodrigo de Moura Teles ampliou o conjunto e o seu sucessor, D. José de Bragança, encarregou-se de dotar as obras de um cunho bem mais aparatoso. Em 1866, este corpo foi totalmente consumido por um incêndio. O que hoje observamos resulta de uma reconstrução integral executada nos anos 20 e 30 do século XX, campanha que conferiu ao monumento uma fachada tripartida de impacto cenográfico, com corpo central ligeiramente recuado e a dois registos, ladeado por dois corpos quadrangulares de alçados definidos em três andares.
Mas o aspecto actual de todo este imenso conjunto edificado é o produto das obras de restauro, efectuadas nas décadas de 30 e 40 do século XX. Imbuídos de um espírito pretensamente neo-gótico, os restauradores dotaram a ala gótica de uma ambiência medievalizante, recorrendo a paredes nuas, ostensivamente revelando o aparelho construtivo.
No último século, foram muitos os serviços aqui estabelecidos. De Quartel de Infantaria a tribunal, de Museu a Quartel dos Bombeiros Municipais, de Loja municipal a sede do Instituto Minhoto de Estudos Regionais, o conjunto está, hoje, convertido em Reitoria e Biblioteca da Universidade do Minho, função que reverteu para a comunidade um dos mais notáveis edifícios bracarenses.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCasa das Paivas ou Casa da RodaIgreja da Misericórdia de BragaPelourinho de BragaSé de Braga, compreendendo os túmulos, designadamente os do Conde D. Henrique e D. Teresa, do Infante D. Afonso e do arcebispo D. Gonçalo Pereira
Outra Classificação
Nº de Imagens18
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
História da Arte em Portugal - o GóticoALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição2002Lisboa
História da Arte em Portugal - o GóticoBARROCA, Mário JorgeEdição2002Lisboa
"A Biblioteca Pública de Braga: notas históricas", Boletim da Biblioteca Pública e do Arquivo Distrital de Braga, nº1FEIO, AlbertoEdição1920Braga
"D. Diogo de Sousa, novo fundador da cidade de Braga", O Distrito de Braga, nº1COSTA, Avelino de Jesus daEdição1962Braga
Resenha histórica de Braga medievalPINTO, Sérgio Augusto da SilvaEdição1968Braga
Braga nos finais da Idade Média: subsídios para o seu estudoMARQUES, JoséEdição1983Braga
Biblioteca Pública de Braga: Universidade do MinhoNUNES, Henrique M. BarretoEdição1991Braga
Biblioteca Pública de Braga: memória e mudançaNUNES, Henrique M. BarretoEdição1987Braga
Património e restauro em Portugal: 1920-1995TOMÉ, Miguel Jorge Biscaia FerreiraEdição1998Porto

IMAGENS

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Jardim de Santa Bárbara e corpo medieval (torre do Paço)

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Jardim de Santa Bárbara e corpo medieval

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Arcaria quinhentista na fachada voltada para o Largo do Paço e Chafariz dos Castelos

Biblioteca Pública de Braga - Fachada principal

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Torre do corpo medieval

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Janela em arco apontado da secção medieval do Paço

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Jardim de Santa Bárbara

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Jardim de Santa Bárbara e corpo medieval (torre do Paço)

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Fachadas dos edifícios quinhentistas voltadas para o Largo do Paço e Rua do Souto, com a Fonte dos Castelos ao centro (1982)

Biblioteca Pública de Braga - Fachada principal: corpo central (DGEMN)

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Fachadas dos edifícios quinhentistas voltadas para o Largo do Paço, com a Fonte dos Castelos ao centro (JNE, 1956)

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Fachadas dos edifícios quinhentistas voltadas para o Largo do Paço e Rua do Souto, com a Fonte dos Castelos ao centro (JNE, 1956)

Biblioteca Pública de Braga - Fachada principal: vista geral (DGEMN)

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Fonte dos Castelos (DGEMN)

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Paço de D. Gonçalo Pereira (1982)

Biblioteca Pública de Braga - Fachada principal: corpo central (1982)

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Jardim de Santa Bárbara

Antigo Paço Episcopal Bracarense - Capa da Planta do imóvel, inclusa no Processo

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