Casa da Boavista, incluindo o jardim e os elementos decorativos que este contém | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa da Boavista, incluindo o jardim e os elementos decorativos que este contém | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa da Boavista (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Solar | ||||||||||||
Tipologia | Solar | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Celorico de Basto/Veade, Gagos e Molares | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Celorico de Basto | ||||||||||||
Freguesia | Veade, Gagos e Molares | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Desfrutando de uma implantação privilegiada, com vista para o vale e jardins em patamares com buxos e japoneiras de espécies raras (algumas centenárias), podadas conforme é característico os denominados jardins de Basto, a Casa da Boavista, tal como a conhecemos hoje, remonta à reconstrução levada a cabo no final do século XVIII por Manuel Luís Teixeira de Carvalho, bacharel em Direito e capitão-mor das Ordenanças de Veade (SILVA, 1958, p. 36). As referências a esta propriedade são, no entanto, bem anteriores, recuando aos anos de 1500, ou mesmo antes, com pretendem alguns autores (SILVA, 1958, p. 36; 1981, p. 23). Na verdade, os documentos mais antigos que se conhecem mencionam, nos anos referidos, Miguel Pires da Silva, como Senhor da casa da Boavista (SILVA, 1958, p. 36; STOOP, 2000, p. 207). Terão sido as armas concedidas em 1791, a par da fortuna herdada pelo seu casamento, em 1789, com D. Ana Maria Teixeira de (Barros) Carvalho, que motivaram Manuel Luís Teixeira de Carvalho a remodelar a casa familiar, exibindo o brasão em lugar de destaque, sobre a porta principal, como símbolo de prestígio e poder. A fachada principal, de dois andares, é aberta por uma sucessão de vãos simétricos, destacando-se, naturalmente, as janelas do andar nobre, de verga curva. Acede-se à porta principal, situada ao nível do piso superior, através de uma escadaria recta, sobre arcada, e cuja guarda é marcada por volutas e pináculos. De acordo com os estudos de Anne de Stoop, esta é uma solução de gosto clássico e de alguma forma arcaizante, encontrando-se noutros solares de época bem anterior (STOOP, 2000, p. 208). Nos extremos da fachada erguem-se, sobre a linha do telhado, mansardas ou pavilhões, que não deixam de recordar as torres e as denominadas casa-torre, de época medieval, mas cujo modelo foi recuperado no período barroco (AZEVEDO, 1969). Sobre o beirado, elevam-se múltiplos pináculos, que se repetem na capela, conferindo unidade ao conjunto. Em ângulo com a casa, a capela dedicada a São José, apresenta uma fachada de linguagem mais movimentada, articulando, numa composição única, o portal e o janelão que se lhe sobrepõe. Este, eleva a linha da cornija, que acompanha o seu desenho contracurvado, repetido no frontão que remata o alçado. O interior é já neoclássico, gosto bem presente no retábulo-mor, de talha dourada e branca. Uma última referência para os jardins, delimitados, no pátio fronteiro à fachada principal, por balaustres de cantaria e preenchido por canteiros de buxo. Noutras áreas, desenvolvem-se em patamares definidos por escadas e balaustradas, com tanques de granito envolvidos por japoneiras e composições de buxo, de formas fantasiosas, cuja cultura da topiaria, de influência inglesa, e introduzida na região pelas irmãs Pinto Basto, tanto caracterizaram os jardins de Basto. Toda a propriedade é delimitada por um muro, aberto pelo portão principal, com dois torreões de granito, e rematado por um frontão com grinalda de ferro. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Solares Portugueses | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1988 | Lisboa | |
Nobres Casas de Portugal | SILVA, António Lambert Pereira da | Edição | 1958 | Porto | |
Casas Senhoriais Portuguesas | AZEVEDO, Francisco de | Edição | 1986 | sl | |
Palácios e casas senhoriais do Minho | STOOP, Anne de | Edição | 2000 | Porto | |
Últimas Gerações de Entre Douro e Minho | MACHADO, José de Sousa | Edição | 1931 | ||
Casas antigas do Concelho de Celorico de Basto | Edição | 1981 | Celorico de Basto |
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