Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Edifício da Biblioteca Nacional de Portugal e jardins envolventes
Designação
DesignaçãoEdifício da Biblioteca Nacional de Portugal e jardins envolventes
Outras Designações / PesquisasBiblioteca Nacional de Lisboa / Biblioteca Nacional de Portugal (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Biblioteca
TipologiaBiblioteca
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Alvalade
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- Campo GrandeLisboa Número de Polícia: 83
LATITUDE LONGITUDE
38.751016-9.152264
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaAlvalade
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 740-FT/2012, DR, 2.ª série, n.º 252 (suplemento), de 31-12-2012 (ver Portaria)
Despacho de homologação de 28-01-2008 da Ministra da Cultura
Parecer favorável de 19-03-2007 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 14-02-2007 da DRLisboa para a classificação como IIP
Despacho de abertura de 27-01-2005 do Presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 10-01-2005 da DRLisboa
Despacho n.º 84/2004 -. PRES, de 25-08-2004 do Presidente do IPPAR a determinar o estudo da eventual classificação
ZEPDespacho de homologação de 28-01-2008 da Ministra da Cultura
Parecer de 19-03-2007 do Conselho Consultivo do IPPAR no sentido de vir a ser estabelecida uma ZEP que englobe a Biblioteca Nacional, a Reitoria, a Faculdade de Direito, a Torre do Tombo, a Faculdade de Psicologia, o ISCTE, a Alameda e o Hipódromo
Proposta de 14-02-2007 da DRLisboa
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12736127
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA Biblioteca Nacional de Lisboa tem as suas origens no final do século XVIII, concretamente a 29 de Fevereiro de 1796, data de criação da Real Biblioteca Pública de Corte. A partir de 1834, a instituição viveu o seu primeiro grande desafio, com o afluxo de numerosos volumes e de documentação avulsa, proveniente dos antigos conventos e mosteiros do país, extintos nesse ano. Por forma a abarcar essas inúmeras colecções, a Biblioteca mudou também de local, abandonando as primeiras instalações do Terreiro do Paço para ocupar o Antigo Convento de São Francisco da Cidade de Lisboa. Ao longo do século e meio seguinte, os seus directores (entre os quais se contam nomes tão importantes para a Cultura Portuguesa como Jaime Cortesão ou Gabriel Pereira) não cessaram de engrandecer a instituição com novas colecções, mas também com Inventários dos núcleos já existentes e com exposições bio-bibliográficas.
A moderna Biblioteca Nacional foi solenemente inaugurada em 1969, cumprindo-se, assim, o objectivo da Lei de criação da antiga Real Biblioteca Pública de Corte, que já então previa a construção de um edifício de raiz. Pelos meados do século XX, as instalações do convento de São Francisco estavam já tremendamente inadequadas e, ante a necessidade de grandes mudanças, optou-se por um novo edifício, em detrimento de eventuais obras no próprio convento. O processo foi contratado com o arquitecto Porfírio Pardal Monteiro em 1952, tendo este apresentado um ante-projecto datado de 1955. Um ano depois, o programa tornara-se definitivo e estavam, assim, reunidas as condições para se avançar com as obras. O falecimento do arquitecto, ocorrido em 1958, terá retardado um pouco os trabalhos, que só estariam concluídos mais de dez anos depois (sob a supervisão do seu sobrinho, António Pardal Monteiro). Com efeito, a transferência do espólio do antigo convento de São Francisco iniciou-se em 14 de Outubro de 1968 e a 8 de Fevereiro do ano seguinte, na presença do Presidente do Conselho, Prof. Marcelo Caetano, inaugurava-se o edifício, ainda com alguns sectores por funcionar, uma vez que a transferência de toda a estrutura não estava ainda concluída.
As instalações da Biblioteca Nacional revelaram-se modelares para a época. O depósito central, composto por dez pisos e uma capacidade superior a 2 milhões de livros, é do tipo de torre, integralmente construída em betão armado. A ele associam-se diversos espaços de leitura e outras áreas documentais (Periódicos, Reservados, Iconografia...), serviços de inventário, catalogação e oficinas, assim como vários átrios públicos, organizados em três andares essenciais. Mas o edifício foi pensado para muito mais que uma Biblioteca, sendo numerosos os gabinetes para investigadores e para pessoal especializado, contando-se ainda um auditório com capacidade para cerca de 240 lugares e espaços para exposições temporárias.
Como obra de Estado intimamente vinculada ao Modernismo oficial, a Biblioteca Nacional contou com vários artistas plásticos, que conferiram ao conjunto uma uniformidade estilística só possível no quadro das obras de patrocínio público do Portugal da 2ª República. Assim, sob a coordenação de Raul Lino, trabalharam Guilherme Camarinha (autor da notável tapeçaria historicista alusiva ao Génio nacional, que tutela a Sala de Leitura Geral), Lino António (a quem se ficou a dever os murais do Vestíbulo), Martins Correia (que realizou a Estátua de Fernão Lopes), Leopoldo de Almeida (autor dos baixos relevos da fachada principal), entre muitos outros, responsáveis pelos mais variados aspectos, como o mobiliário, a iluminação, etc.
Nos últimos anos, a Biblioteca Nacional tem acolhido numerosos legados, sem sacrifício da fisionomia modernista do edifício, entendido como um todo artístico (ao contrário de outras instituições vizinhas, como as Faculdades de Letras e de Direito, cujas características fundacionais têm sido constantemente adulteradas).
Paulo Fernandes | GIF | IPPAR
29.03.2005
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias9

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
P. Pardal Monteiro ArquitectoCALDAS, João VieiraEdição1997Lisboa
Relatório acerca da Biblioteca Nacional de Lisboa, e mais estabelecimentos anexosCASTILHO, José Feliciano deEdição1845Lisboa
"Antecedentes e origens da Biblioteca Nacional de Lisboa", Anais das Bibliotecas e Arquivos, 2ª série, n.º 11, pp. 154-165PROENÇA, RaulEdição1922
Subsídios para a História da Biblioteca NacionalDOMINGOS, ManuelaEdição1995Lisboa
Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957): a obra do arquitecto, dissertação de Mestrado em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa, FCSHPACHECO, Ana AssisEdição1998Lisboa
Do Estádio Nacional ao Jardim Gulbenkian: Francisco Caldeira Cabral e a primeira geração de arquitectos paisagistas (1940-1970)ANDRESEN, TeresaEdição2003Lisboa
Biblioteca Nacional - Exterior-InteriorTOSTÕES, Ana CristinaEdição2004Lisboa
"Biblioteca Nacional", in Dicionário da História de LisboaSOUSA, Maria Leonor Machado deEdição1994Lisboa
Do Terreiro do Paço ao Campo Grande: 200 anos da Biblioteca NacionalEdição1997Lisboa

IMAGENS

Edifício da Biblioteca Nacional de Portugal - Fachada principal: entrada

Edifício da Biblioteca Nacional de Portugal - Fachada principal

Edifício da Biblioteca Nacional de Portugal - Fachada principal e espaço ajardinado do lado norte

Edifício da Biblioteca Nacional de Portugal - Planta com a delimitação e a ZP em vigor

MAPA

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