Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja da Misericórdia de Peniche
Designação
DesignaçãoIgreja da Misericórdia de Peniche
Outras Designações / PesquisasEdifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Peniche (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Peniche/Peniche
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo 5 de OutubroPeniche Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.357579-9.378846
DistritoLeiria
ConcelhoPeniche
FreguesiaPeniche
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 95/78, DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaFundada em 1626, a Misericórdia de Peniche iniciou de imediato as obras para a construção da sua casa e igreja. Em 1634 já os trabalhos de arquitectura estariam concluídos, principiando-se então a campanha decorativa do seu interior.
O tecto da nave e do subcoro, em caixotões com telas pintadas representando episódios do Antigo Testamento, tem vindo a ser considerado como uma colaboração entre vários pintores entre os quais Pedro Peixoto, António Rodrigues Raieta, António da Costa e Oliveira, e ainda Baltazar Gomes Figueira. A presença deste último na Misericórdia de Peniche é atestada pelos Livros de Receita e Despesa onde, em 1636, há um registo de pagamento de 5.080 rs pela tela do Calvário, encomendada pelo Provedor e destinada à Sala das Sessões. Esta foi uma das primeiras obras que executou após o regresso de Sevilha, sendo possível que tenha colaborado na pintura do tecto (SERRÂO, 1992, p. 254). Mais tarde, esta pintura transitou para a capela-mor.
O revestimento integral dos panos murários com azulejo de padrão seiscentista denuncia a continuidade da campanha decorativa, culminando com a encomenda das pinturas para o retábulo-mor a Josefa de Óbidos. O Cristo crucificado e as duas aletas laterais alusivas ao Senhor da cana Verde e à Santa Face foram executadas em 1679, tal como uma Visitação, certamente para a sacristia. O retábulo foi apeado em 1767 e substituído por um outro de talha dourada rocaille, encomendado a Manuel Martins da Ribeira. Na mesma altura, as pinturas foram emolduradas.
Implantada no centro de Peniche, o edifício da Misericórdia, que confina com o antigo hospital e as restantes dependências (sacristia, casa do despacho e sala da irmandade), apresenta a fachada principal aberta para o largo. O alçado da igreja, delimitado por pilastras nos cunhais encimadas por fogaréus, é rematado por frontão triangular em cujo tímpano se exibem as armas nacionais. O portal, de verga recta, é flanqueado por pilastras sobrepujadas por mísulas que suportam a janela de sacada do coro, com frontão contracurvado. A torre sineira, num plano ligeiramente recuado, foi erguida a expensas da Câmara em 1697 (SALVADOR, 1986, p. 20).
No interior do templo, o espaço é unificado, encontrando-se a capela-mor elevada em relação ao corpo da igreja, numa solução habitual nos templos das misericórdias do século XVII. Protegida por balaustrada de madeira, esta área é acessível através de seis degraus centrais. Fruto das várias intervenções de que foi alvo, e que atrás ficaram descritas, o espaço reflecte as opções decorativas do primeiro barroco seiscentista, com o brilho dos azulejos polícromos associado às pinturas do tecto e do antigo retábulo, e depois à talha dourada de uma fase tardia, que reflecte o desejo de actualização da confraria face às novas correntes estéticas e liturgicas.
Uma última referência para a sacristia, com panos murários revestidos por azulejos de figura avulsa azuis e brancos (estrela), destacando-se o arcaz com as telas alusivas às obras de misericórdia corporais.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
O BarrocoSERRÃO, VítorEdição2003Lisboa
Josefa de Óbidos e o Tempo BarrocoSERRÃO, VítorEdição1991Lisboa
Retábulos das Misericórdias PortuguesasLAMEIRA, FranciscoEdição2009Faro

IMAGENS

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