Chafariz da Dorna | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Chafariz da Dorna | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Chafariz da Dorna (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Chafariz | ||||||||||||
Tipologia | Chafariz | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Guarda/Guarda/Guarda | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Guarda | ||||||||||||
Concelho | Guarda | ||||||||||||
Freguesia | Guarda | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 95/78, DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181501 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Situado numa das mais antigas e tradicionais entradas da cidade da Guarda, onde confluía, ainda, uma calçada romana, o Chafariz da Dorna é uma edificação ecléctica, cuja construção deverá remontar ao final do século XVIII ou à centúria seguinte. São muito poucos os dados disponíveis em relação a este imóvel que, à semelhança do que acontecia um pouco por todo o país, testemunha a preocupação dos municípios em relação ao abastecimento de água às populações. Esta questão que, desde sempre, mereceu especial atenção, foi retomada activamente entre os séculos XVII e XVIII, em consequência de uma série de factores, entre os quais destacamos as melhorias técnicas então disponíveis, a importância da água no período barroco enquanto elemento indissociável da denominada "festa barroca", ou do próprio pensamento iluminista (ROSSA, 1989, p. 115). Por outro lado, o município reforçava a sua imagem ao colocar à disposição da população um meio de abastecimento de água, cumprindo a sua função primeira de suprir as carências da cidade. Mas este reforço passava, ainda, pela imposição do seu símbolo heráldico no monumento, recordando, a todos quantos ali se abastecessem, o patrocínio da câmara. No chafariz da Dorna, as armas da cidade da Guarda encontram-se ao centro do espaldar, flanqueadas por duas cartelas, lisas, sobre pilastras. No tímpano do frontão curvo, exibem-se as armas reais, o que pode indiciar, eventualmente e pela mesma lógica que enunciamos a propósito do patrocínio municipal, a colaboração régia nesta obra. O chafariz é definido por pilastras laterais, encimadas por vasos, que enquadram o espaldar, liso. Num primeiro registo, três bicas (enquadradas por motivos vegetalistas) jorram água para as respectivas taças, abertas na mesma estrutura curvilínea, suportada por mísulas em forma de voluta. As bicas são envoltas por frisos que formam arcos de volta perfeita nas áreas laterais e um arco canopial, ao centro, ligando-se às bases das pilastras que flanqueiam o conjunto. Sobrepõem-se-lhe os já referidos medalhões e, sobre o entablamento, o frontão curvo com as armas reais é ladeado pelos vasos que rematam as pilastras. Toda esta estrutura está adossada a um muro, encontrando-se o depósito de água na zona posterior, o que define um espaço preenchido por um murete, mais baixo e ligeiramente recuado em relação à face do Chafariz. O tanque circular, implantado no adro fronteiro, serviria, possivelmente, para o gado. Se as informações disponíveis não permitem definir com exactidão a época da construção do Chafariz, a sua arquitectura e elementos decorativos apenas revelam um imóvel ecléctico, que privilegia a utilização da linha em detrimento dos ornatos volumosos mais próprios do barroco. A depuração e sobriedade que emana do conjunto é quebrada, apenas, por determinadas linhas curvas, em todo o caso, pouco acentuadas, criando um espaldar estável, e sem um ritmo muito marcado. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | Junto aos lavadouros públicos, em terreno situado junto da EN 16 | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
"A cidade portuguesa", História da Arte Portuguesa, vol.3, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp.233-323 | ROSSA, Walter | Edição | 1995 | ||
Guarda | PEREIRA, José Fernandes | Edição | 1995 | Lisboa |
Chafariz da Dorna - Vista geral