Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Janelas da frontaria do antigo palácio dos Sepúlvedas
Designação
DesignaçãoJanelas da frontaria do antigo palácio dos Sepúlvedas
Outras Designações / PesquisasJanelas da frontaria do antigo Colégio de São Manços ou das Donzelas (depois Fábrica da Melka) / Antigo Palácio dos Sepúlvedas / Colégio de São Manços / Colégio das Donzelas / Fábrica da Melka (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Fachada
TipologiaFachada
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Cândido dos Reis (antiga Rua da Lagoa)Évora Número de Polícia: 72-78
LATITUDE LONGITUDE
38.575264-7.913759
DistritoÉvora
ConcelhoÉvora
FreguesiaÉvora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 11 445 (art.º 119.º), de 13-02 1924, inserido na coleção do 1.º Semestre de 1926 (converteu a classificação para IIP) (ver Decreto)
Decreto n.º 8 252, DG, I Série, n.º 138, de 10-07-1922 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património MundialAbrangido por conjunto inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, que, ao abrigo do n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, se encontra classificado como MN
Património Mundial DesignaçãoCentro Histórico de Évora
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaNo início do século XVI, o fidalgo castelhano Diogo de Sepúlveda mandou erguer numa das artérias principais de Évora, constituindo um acesso privilegiado à vila, um palácio para residência da sua família, cujos descendentes habitaram até finais do século. A estadia desta família em Évora, bem como o tipo de construção, nobre e de grandes dimensões, do imóvel, são testemunho de um período marcado por grande desenvolvimento económico e cultural da zona, quando naturalmente se registou um surto construtivo marcante - acompanhando, por exemplo, as estadias do rei D. Manuel na cidade. Da construção original restam as janelas manuelinas da frontaria, voltada para a antiga Rua da Lagoa e para o fronteiro Convento do Monte Calvário, bem como as salas abobadadas do piso térreo e da sacristia da igreja, provavelmente antigas adegas ou cocheiras. Das três janelas, hoje entaipadas, apenas uma conserva a molduração intacta, em arco trilobado no intradorso e contracurvado no extradorso, decorado com imaginária vegetalista, mas sem peitoril. A segunda janela conserva a verga, formada por dois arcos ultrapassados ou em ferradura, geminados, certamente assentes sobre mainel, do qual não restam vestígios; ficaram no entanto os elegantes capiteis, os remates e parte das ombreiras, e a terminação do extradorso, em arco contracurvado terminando num cogulho. A terceira exibe apenas uma ombreira e cerca de metade da verga, sugerindo troncos podados entrelaçados. O conjunto sofreu sucessivas alterações ao longo do tempo, principalmente maneiristas e barrocas, uma vez que o edifício foi adaptado a colégio a partir de 1625, quando o arcebispo D. José de Melo aí instala o Colégio de São Manços, instituído em 1592 e destinado a albergar donzelas desamparadas oriundas de famílias nobres - motivo pelo qual o palácio foi também conhecido por Colégio das Donzelas. Deste período subsiste a estrutura da igreja então erguida, templo de nave única, de linhas muito sóbrias. Foram então adaptadas muitas salas, sendo as do piso térreo transformadas em dormitórios.
O imóvel foi vendido a um particular no século XIX, passando para a posse da família Braancamp Reynolds; seguiu-se a sua ruína parcial, embora tenha logo em meados do século começado a funcionar como fábrica, albergando uma máquina a vapor que produziria sabão e aguardente, para além de funcionar como moagem de cereais e azeitona. A esta primeira utilização industrial seguiram-se outras, como o fabrico de pranchas e rolhas de cortiça, e - já nos anos 50 do século XX - a actividade têxtil, ficando o edifício conhecido principalmente como "Fábrica da Melka". Estas ocupações sucessivas desvirtuaram evidentemente as características da maior parte do palácio, causando a destruição de valiosos elementos estruturais e decorativos. Presentemente, o edifício encontra-se devoluto, embora se considere a sua adaptação a unidade hoteleira. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPConvento do Monte CalvárioTrechos da cerca medieval das muralhas de Évora: as torres e muralhas compreendidas entre as portas de Alconchel e do Raimundo, ângulo em frente da estrada da Malagueira, torre junta ao convento do Calvário, (...), torre junta ao aqueduto (...)
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I)ESPANCA, TúlioEdição1966LisboaO vol. II é totalmente dedicado às ilustrações.
El mudejarismo en la arquitectura portuguesa de la epoca manuelinaPEREZ EMBID, FlorentinoEdição1955Madrid
ÉvoraESPANCA, TúlioEdição1993LisboaCol. Cidades e Vilas de Portugal
Fábrica no Palácio dos Sepúlvedas, trabalho académico, Universidade de Évora, 1998RODRIGUES, Maria da ConceiçãoEdição
"O Palácio dos Sepúlvedas - um património artístico e industrial a preservar e a valorizar", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 5, 2001, pp. 467 - 500REBOLA, Maria da Conceição RodriguesEdição2001Évora

IMAGENS

Janelas da frontaria do antigo Palácio dos Sepúlvedas - Janela manuelina

Janelas da frontaria do antigo Palácio dos Sepúlvedas - Janela manuelina

Janelas da frontaria do antigo Palácio dos Sepúlvedas - Ombreira e parte da verga de janela manuelina

Janelas da frontaria do antigo Palácio dos Sepúlvedas - Vista geral

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