Janelas da frontaria do antigo palácio dos Sepúlvedas | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Janelas da frontaria do antigo palácio dos Sepúlvedas | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Janelas da frontaria do antigo Colégio de São Manços ou das Donzelas (depois Fábrica da Melka) / Antigo Palácio dos Sepúlvedas / Colégio de São Manços / Colégio das Donzelas / Fábrica da Melka (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Fachada | ||||||||||||
Tipologia | Fachada | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Évora | ||||||||||||
Freguesia | Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 11 445 (art.º 119.º), de 13-02 1924, inserido na coleção do 1.º Semestre de 1926 (converteu a classificação para IIP) (ver Decreto) Decreto n.º 8 252, DG, I Série, n.º 138, de 10-07-1922 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | Abrangido por conjunto inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, que, ao abrigo do n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, se encontra classificado como MN | ||||||||||||
Património Mundial Designação | Centro Histórico de Évora | ||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | No início do século XVI, o fidalgo castelhano Diogo de Sepúlveda mandou erguer numa das artérias principais de Évora, constituindo um acesso privilegiado à vila, um palácio para residência da sua família, cujos descendentes habitaram até finais do século. A estadia desta família em Évora, bem como o tipo de construção, nobre e de grandes dimensões, do imóvel, são testemunho de um período marcado por grande desenvolvimento económico e cultural da zona, quando naturalmente se registou um surto construtivo marcante - acompanhando, por exemplo, as estadias do rei D. Manuel na cidade. Da construção original restam as janelas manuelinas da frontaria, voltada para a antiga Rua da Lagoa e para o fronteiro Convento do Monte Calvário, bem como as salas abobadadas do piso térreo e da sacristia da igreja, provavelmente antigas adegas ou cocheiras. Das três janelas, hoje entaipadas, apenas uma conserva a molduração intacta, em arco trilobado no intradorso e contracurvado no extradorso, decorado com imaginária vegetalista, mas sem peitoril. A segunda janela conserva a verga, formada por dois arcos ultrapassados ou em ferradura, geminados, certamente assentes sobre mainel, do qual não restam vestígios; ficaram no entanto os elegantes capiteis, os remates e parte das ombreiras, e a terminação do extradorso, em arco contracurvado terminando num cogulho. A terceira exibe apenas uma ombreira e cerca de metade da verga, sugerindo troncos podados entrelaçados.
O conjunto sofreu sucessivas alterações ao longo do tempo, principalmente maneiristas e barrocas, uma vez que o edifício foi adaptado a colégio a partir de 1625, quando o arcebispo D. José de Melo aí instala o Colégio de São Manços, instituído em 1592 e destinado a albergar donzelas desamparadas oriundas de famílias nobres - motivo pelo qual o palácio foi também conhecido por Colégio das Donzelas. Deste período subsiste a estrutura da igreja então erguida, templo de nave única, de linhas muito sóbrias. Foram então adaptadas muitas salas, sendo as do piso térreo transformadas em dormitórios. O imóvel foi vendido a um particular no século XIX, passando para a posse da família Braancamp Reynolds; seguiu-se a sua ruína parcial, embora tenha logo em meados do século começado a funcionar como fábrica, albergando uma máquina a vapor que produziria sabão e aguardente, para além de funcionar como moagem de cereais e azeitona. A esta primeira utilização industrial seguiram-se outras, como o fabrico de pranchas e rolhas de cortiça, e - já nos anos 50 do século XX - a actividade têxtil, ficando o edifício conhecido principalmente como "Fábrica da Melka". Estas ocupações sucessivas desvirtuaram evidentemente as características da maior parte do palácio, causando a destruição de valiosos elementos estruturais e decorativos. Presentemente, o edifício encontra-se devoluto, embora se considere a sua adaptação a unidade hoteleira. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Convento do Monte CalvárioTrechos da cerca medieval das muralhas de Évora: as torres e muralhas compreendidas entre as portas de Alconchel e do Raimundo, ângulo em frente da estrada da Malagueira, torre junta ao convento do Calvário, (...), torre junta ao aqueduto (...) | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1966 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
El mudejarismo en la arquitectura portuguesa de la epoca manuelina | PEREZ EMBID, Florentino | Edição | 1955 | Madrid | |
Évora | ESPANCA, Túlio | Edição | 1993 | Lisboa | Col. Cidades e Vilas de Portugal |
Fábrica no Palácio dos Sepúlvedas, trabalho académico, Universidade de Évora, 1998 | RODRIGUES, Maria da Conceição | Edição | |||
"O Palácio dos Sepúlvedas - um património artístico e industrial a preservar e a valorizar", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 5, 2001, pp. 467 - 500 | REBOLA, Maria da Conceição Rodrigues | Edição | 2001 | Évora |
Janelas da frontaria do antigo Palácio dos Sepúlvedas - Janela manuelina
Janelas da frontaria do antigo Palácio dos Sepúlvedas - Janela manuelina
Janelas da frontaria do antigo Palácio dos Sepúlvedas - Ombreira e parte da verga de janela manuelina
Janelas da frontaria do antigo Palácio dos Sepúlvedas - Vista geral