Troço de calçada romana junto à estação de caminho de ferro da Covilhã | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Troço de calçada romana junto à estação de caminho de ferro da Covilhã | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Troço de Calçada Romana da Covilhã (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Via | ||||||||||||
Tipologia | Via | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Castelo Branco/Covilhã/Covilhã e Canhoso | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Castelo Branco | ||||||||||||
Concelho | Covilhã | ||||||||||||
Freguesia | Covilhã e Canhoso | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 26-A/92, DR, I Série-B, n.º 126, de 1-06-1992 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181601 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | À semelhança do que ocorria nos demais territórios inseridos no Império romano, a rede viária formada durante a Antiguidade ao longo das actuais fronteiras físicas portuguesas integrava um sistema de (a)firmação política (ao mesmo tempo que económica) traçado pelo novo poder, fundindo-se com a própria estratégia de ordenamento territorial. Fazia, assim, parte da implementação de uma política administrativa assente em duas traves mestras cruciais para a sua cimentação: por um lado, na definição de unidades político-administrativas e, por outro, no lançamento de vias que assegurassem a ligação contínua entre os principais centros populacionais, ao mesmo tempo que a sua renovação, face às exigências assomadas com o desenrolar dos acontecimentos registados em Roma.
O primeiro destes dois vectores fundamentou-se na definição territorial de civitates, as costumadas identidades político-administrativas romanas (que, em termos de extensão, se aproximariam aos actuais distritos, e não tanto aos concelhos), com a respectiva cidade capital, à qual se subordinavam outras unidades urbanas, assim como a correspondente população rural. Uma estrutura desta envergadura obrigava, no entanto, à concepção de um sistema viário bem arquitectado, por ser indispensável circulação de bens e pessoas, nomeadamente das entidades às quais era cometida a manutenção da ordem nos territórios conquistados. E, "Ainda que certas vias tenham seguido anteriores caminhos pré-romanos, mesmo que muitas delas não tenham sido pavimentadas e que as pontes construídas sobre os rios tenham sido, por vezes, de madeira ou de barcas, o investimento feito na instalação da rede viária deve ter sido considerável." (ALARCÃO, J. de, 1990, p. 373). Eventualmente pertencente à via romana que ligaria as localidades de Tomar (Seilium), Covilhã e Monsanto, o "Troço de calçada romana junto à estação de caminho de ferro da Covilhã", do qual remanescem mais de cinquenta metros lançados harmoniosamente numa zona de declive e sinuosa, foi construído segundo os princípios estabelecidos para as edificações romanas. E as normas consistiam na colocação de quatro camadas de material. Assim, a seguir ao stratumen - fundação -, constituído por grandes pedras de dimensões variáveis e argamassadas, estendia-se uma camada de rudus (também utilizado para assentar mosaicos) - cascalho ou cerâmica e/ou tijolo fragmentado, e cal hidráulica bem calcada. Esta suportaria, por sua vez. um nucleus (de igual modo aplicado no assentamento directo de mosaicos) formado por argamassa de gravilha ou areia grossa e cal preparada a quente aplicada em camadas irregulares, sobre o qual assentava o stratum (ou summa crusta), composto de material pétreo consistente e aplanado, como se observa neste caso. Elementos estes que, congregados, configuravam o lajeado (constituído - no caso em epígrafe - por blocos graníticos de pequena e média dimensão), então denominado por stratal, a etimologia do termo "estrada". [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"O Reordenamento Territorial", Nova História de Portugal: Portugal das origens à romanização | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1990 | Lisboa | Nova Historia de Portugal, 1, pp. 352-382 |
"300 Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal", Al-madan | RAPOSO, Jorge | Edição | 2001 | Almada | 2.ª série, n. º10, pp.100-157 |
As grandes vias da Lusitania - O Itinerário de Antonio Pio | SAA, Mário | Edição | Lisboa Keywords vias romanas Data do Editor : 1956 |
Troço de calçada romana junto à estação de caminho de ferro da Covilhã
Troço de calçada romana junto à estação de caminho de ferro da Covilhã