Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Palácio Lemos
Designação
DesignaçãoPalácio Lemos
Outras Designações / PesquisasPalácio dos Lemos / Palácio Ramalho Lemos / Palácio Sotto Maior / Palácio Lemos / Palácio Ramalho Lemos / Palácio Sotto Maior (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Palácio
TipologiaPalácio
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCoimbra/Condeixa-a-Nova/Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua de D. Francisco de LemosCondeixa-a-Nova Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.116095-8.497422
DistritoCoimbra
ConcelhoCondeixa-a-Nova
FreguesiaCondeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 735/74, DG, I Série, n.º 297, de 21-12-1974 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaPropriedade da família Ramalho, depois dos Lemos e, por fim, dos Sotto Maior, este palácio de Condeixa-a-Nova foi sendo designado pelos apelidos dos seus detentores. O morgadio de Nossa Senhora da Piedade foi instituído em 1732, por José Rodrigues Ramalho e sua mulher D. Úrsula de Oliveira Cataná. A capela primitiva e a casa existente nesta época foram objecto de profundas remodelações, tendo sido edificado um novo templo em 1737, que corresponde ao que hoje conhecemos, perpendicular à casa e abrindo para a rua através de portal lateral. As primeiras campanhas de remodelação do palácio remontam, muito possivelmente, a este período, devendo-se a intervenção mais significativa, responsável pela ampliação do imóvel, á iniciativa do bispo-conde D. Francisco de Lemos de Faria Pereira Coutinho, herdeiro da casa através do casamento do seu irmão com a filha dos instituidores do morgadio (CORREIA; GONÇALVES, 1993).
Assim, ao primeiro núcleo existente, foi acrescentado um outro idêntico, e um corpo central, que se destaca pelo seu tratamento mais cuidado denotando uma maior preocupação com os seus elementos decorativos e simbólicos. Na verdade, este palácio segue o modelo mais característico da arquitectura civil do século XVIII, a denominada casa comprida, com fachada seccionada por pilastras, de dois pisos bem demarcados e com natural preponderância do andar nobre (AZEVEDO, 1969, p. 71). Acrescenta-se, no palácio de Condeixa, a existência de dois torreões de planta quadrada, a ladear a fachada principal, terminando em telhado piramidal. O andar nobre é aberto por um conjunto ritmado de janelas de sacada, com remate em cornija triangular, de grande depuração, mas que contrasta vivamente com a quase inexistência de vãos ao nível do piso térreo. O ritmo destas janelas converge, ao centro, no eixo formado pelo portal principal, com colunas a suportar a sacada da janela superior, e que orientam o olhar na direcção dos dois brasões que ocupam a empena deste corpo. Junto à janela, as armas dos Ramalhos (esquertelado dos Ramalhos, Fonsecas, Camelos e Oliveiras), e mais acima as dos Lemos (esquartelado de Lemos, Azeredos, Coutinhos e Pereiras).
Muito embora o imóvel e, particularmente, o frontispício, denotem uma depuração própria da arquitectura do centro do país, a verdade é que esta obra prolongou-se por uma época bastante avançada do século XVIII, e que privilegiava uma maior contenção decorativa, como a que aqui se observa (AZEVEDO, 1969, p. 174). Em todo o caso, a fachada não deixa de se impor pela sua monumentalidade e pelo seu carácter emblemático, com os dois brasões das famílias, de acordo com a imagem de poder e de relevo social que, certamente, os seus proprietários pretendiam alcançar com esta construção.
Um referência final para a capela, cuja entrada lateral se encontra no prolongamento da fachada do palácio. De verga recta, é encimada por frontão de enrolamentos, interrompido. É, no entanto, no interior que reside o seu maior interesse, uma vez que as paredes da nave são revestidas por azulejos de cerca de 1740, de fabrico coimbrão (SIMÕES, 1979, p. 147). De cabeceira recortada, e uma profusa ornamentação nas cercaduras, os painéis exibem cenas da vida da Virgem. Sob a tribuna, um outro painel representa o brasão dos Ramalhos, constituindo um importante testemunho heráldico em azulejo.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens8
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventario Artistico de Portugal - Distrito de CoimbraGONCALVES, António NogueiraEdição1993Lisboa
Solares PortuguesesAZEVEDO, Carlos deEdição1988Lisboa
Inventario Artistico de Portugal - Distrito de CoimbraCORREIA, VergílioEdição1993Lisboa
Azulejaria em Portugal no século XVIIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1979Lisboa

IMAGENS

Palácio Lemos - Fachada principal (IPPC)

Palácio Lemos - Fachada principal: corpo central (IPPC, 1982)

Palácio Lemos - Fachada principal: vista parcial (IPPC, 1980)

Palácio Lemos - Fachada principal: corpo central com portal (IPPC, 1980)

Palácio Lemos - Portão de acesso

Palácio Lemos - Fachada principal

Palácio Lemos - Fachada principal: corpo central

Palácio Lemos - Vista geral (fachadas lateral esquerda e principal)

MAPA

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