Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Monte Velho do Outeiro de Santo António (conjunto) constituído pela Capela de Santo António do Outeiro (antiga Capela de São Fernando), ossário, sacristia e núcleo habitacional
Designação
DesignaçãoMonte Velho do Outeiro de Santo António (conjunto) constituído pela Capela de Santo António do Outeiro (antiga Capela de São Fernando), ossário, sacristia e núcleo habitacional
Outras Designações / PesquisasMonte Velho do Outeiro de Santo António / Capela de Santo António do Outeiro / Capela de São Fernando (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Conjunto
TipologiaConjunto
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Vendas Novas/Vendas Novas
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo Cândido dos Reis, Azinhaga de Santo António, Herdade do Outeiro- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.676771-8.42447
DistritoÉvora
ConcelhoVendas Novas
FreguesiaVendas Novas
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO Outeiro de Santo António é assim conhecido devido à invocação actual da igreja que aí se ergue, junto a um pequeno núcleo habitacional. No entanto, a invocação original do templo era do mártir D. Fernando, príncipe de Portugal, o infante santo, morto em Marrocos após o célebre cativeiro, e muito celebrado na devoção popular nas décadas subsequentes à sua morte. A igreja foi erguida justamente na década de sessenta do século XV, cerca de vinte anos após o desaparecimento do infante (1443), mas ao que parece ainda antes da chegada dos seus restos mortais ao reino; a invocação seria alterada logo no século XVI, em data posterior a 1534 (ano no qual o relatório do visitador André Afonso ainda refere a dedicação original), certamente por não ser o infante beatificado nem canonizado.
A edificação original, de traça gótica, poderá ter sofrido alterações logo em finais do século XV ou início de Quinhentos, a avaliar pela presença de um arco de feição manuelina (remate em querena) na contígua casa do capelão. Segura é a notícia do ladrilhamento e pequenos arranjos interiores e exteriores, após o referido auto de visitação. É ainda de aceitar uma grande intervenção já de finais do século XVI, seguida por outra no século XVII, que tornou quase imperceptível o traçado primitivo.
A igrejinha está hoje em ruínas, datando o seu estado de degradação pelo menos do século XIX, quando deixou de ser sede de paróquia; entre as causas de tal abandono estava certamente a distância em relação ao núcleo urbano. Possui fachada principal rematada em empena triangular, rematada lateralmente por acrotérios piramidais nos coroamentos dos cunhais, restando apenas o esquerdo. Uma singela sineira ergue-se a eixo da fachada, sobre o portal de verga recta, sendo este coroado por um frontão triangular onde terá existido pintura fresquista (Túlio ESPANCA, 1975) e por um nicho redondo, em tijolo, vazio. O frontão e a verga do portal estão rachados. Segundo Túlio Espanca, o nicho abrigaria uma imagem em barro de Santo António.
O interior, de nave única e sem cobertura desde o século XIX, apresenta vestígios de pinturas murais hoje quase totalmente irreconhecíveis, que se estendem às paredes da capela-mor (antecedida por arco triunfal redondo e atarracado) e à cúpula hemisférica que a cobre. Neste caso, e por estarem melhor conservadas, permitem identificar alguns passos da Paixão de Cristo, em painéis historiados. Apesar da situação limítrofe da igreja, e do carácter regional da obra, estes painéis apresentam algumas características eruditas e uma factura de bom nível artístico; em termos cronológicos, serão possivelmente pinturas quinhentistas, recorrendo o artista a modelos e gravuras que revelam uma encomenda esclarecida, embora ainda algo anacrónica. Na capela-mor encontra-se ainda a porta de comunicação com a sacristia, que já ruiu. Resta o corpo do baptistério, uma edificação cúbica, igualmente coberta por cúpula hemisférica.
Junto da igreja, o pequeno núcleo habitacional, ou "monte", é composto por casas com grandes chaminés de cozinha típicas da região, e várias dependências anexas, incluindo um forno de pão. Ainda de acordo com Túlio Espanca, ainda há poucas décadas seria possível encontrar o que restava de um cruzeiro fronteiro ao templo. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - vol. VIII (Distrito de Évora, Zona Norte, volume I)ESPANCA, TúlioEdição1975LisboaO vol. II é totalmente dedicado às ilustrações.

IMAGENS

MAPA

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