Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Dólmen da Matança
Designação
DesignaçãoDólmen da Matança
Outras Designações / PesquisasDólmen de Matança
Corgas de Matança
Orca de Corgas de Matança (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)/ (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Anta
TipologiaAnta
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaGuarda/Fornos de Algodres/Matança
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Matança Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.66896-7.532617
DistritoGuarda
ConcelhoFornos de Algodres
FreguesiaMatança
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 44 075, DG, I Série, n.º 281, de 5-12-1961 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12736227
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO Dólmen da Matança localiza-se no lugar de Corgas, freguesia de Matança, concelho de Fornos de Algodres. Encontra-se a cerca de 1,5 km a sul da povoação de Matança e 6,5 km a norte da sede de concelho. Nas proximidades identificou-se outra anta, a Casa da Orca do Cortiço, estabelecida a este. A bibliografia arqueológica indica a existência de uma mamoa nas imediações, num sítio atualmente perdido. Implanta-se num vale, a poente da Ribeira de São Domingos.
Este monumento megalítico é constituído por uma câmara poligonal delimitada por nove esteios de granito, dois dos quais estão gravados e outro apresenta um conjunto de quatro covinhas. A câmara funerária mede, no seu eixo maior, 4 metros e, no menor, 3,20 metros. Atinge os 3 metros de altura e alguns dos seus ortostátos chegam a alcançar os 4 metros de comprimento. A laje de cobertura preserva-se in situ. Não foi reconhecida a estrutura de acesso apesar dos investigadores não descartarem a possibilidade de ter possuído um corredor curto. A entrada é orientada a su-sudeste. Malgrado as intervenções arqueológicas realizadas não se registaram evidências do tumulus envolvente.
A laje de cabeceira ostenta um serpentiforme gravado junto à base, enquanto que o segundo esteio do lado direto, totalmente insculpido, revela figuras circulares, trapezoidais, triangulares e um serpentiforme, assim como a representação do motivo designado por the thing. Não foram observados indícios de pintura.
História
>A edificação do Dólmen da Matança remonta ao Neolítico, mas a sua utilização persistiu no Calcolítico. Terá sido alvo de violações posteriores, pelo menos desde a época Medieval que afetaram profundamente a câmara. Tal não impediu, no entanto, a recolha de alguns materiais, destacando-se um micrólito geométrico, duas pontas de seta, uma conta de colar, um ídolo antropomórfico de azeviche e alguns cristais de quartzo.
A referência mais antiga ao monumento data de 1733 e deve-se a Martinho Mendonça de Pina na Dissertação Apresentada à Academia Real da História Portuguesa. José Leite de Vasconcelos, por sua vez, refere a exumação de espólio na Orca das Corgas da Matança numa escavação rápida empreendida em 1896 e referenciada no livro De terra em terra. Excursões arqueológicas-etnográficas através de Portugal, editado em 1927. Mereceu, igualmente, a atenção de George e Vera Leisner, sendo aludida na publicação de 1959, Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen.Executaram-se novos trabalhos arqueológicos em 1988, promovidos pelo Serviço Regional de Arqueologia da Zona Centro e pela Câmara Municipal de Fornos de Algodres, integrados no projeto Valorização do Património Megalítico, que decorreram sob a direção cientifica de Domingos da Cruz, Ana Leite da Cunha e Luís Filipe Gomes, e que efetuaram, igualmente, trabalhos de conservação e restauro do monumento.
Ana Vale
DGPC, 2020
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias7

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Tesouros Artísticos de PortugalALMEIDA, José António Ferreira deEdição1976Lisboa
"Características predominantes do grupo dolménico da Beira Alta", EthnosMOITA, Irisalva NóbregaEdição1966Lisboan.º 5, pp. 189-277
"A consolidação do sistema agro-pastoril", Nova História de PortugalJORGE, Susana de OliveiraEdição1990Lisboapp. 102-162
"A Orca das Corgas da Matança (Fornos de Algodres)", PortugáliaCRUZ, Domingos de Jesus daEdição1989Porton.ºs 9-10, pp. 31-48
"A Orca das Corgas da Matança (Fornos de Algodres)", PortugáliaCUNHA, Ana Maria Cameirão Leite daEdição1989Porton.ºs 9-10, pp. 31-48
"A Orca das Corgas da Matança (Fornos de Algodres)", PortugáliaGOMES, Luís Filipe CoutinhoEdição1989Porton.ºs 9-10, pp. 31-48
"Aquisições do Museu Etnográfico Português", O Arqueólogo PortuguêsVASCONCELLOS, José de Leite deEdição1897Lisboa1.ª série, n.º 3, pp. 107-111, 122-125, 167-168, 271-272 e 303-304
"Monumentos megalíticos do concelho de Fornos de Algodres", Estudos pré-históricosCRUZ, Domingos de Jesus daEdição1993Viseuvol. I, pp. 111-112
Gravuras e Pinturas em Dólmenes. O "Grupo de Viseu" de E. Shee (1981) Trinta Anos Depois, in Actas da mesa-Redonda ¿A Pré-história e a Proto-História no Centro de Portugal: avaliação e perspectivas de futuro.SANTOS, André TomásEdição2017
Gravuras e Pinturas em Dólmenes. O "Grupo de Viseu" de E. Shee (1981) Trinta Anos Depois, in Actas da mesa-Redonda ¿A Pré-história e a Proto-História no Centro de Portugal: avaliação e perspectivas de futuro.CRUZ, Domingos de Jesus daEdição2017
Gravuras e Pinturas em Dólmenes. O "Grupo de Viseu" de E. Shee (1981) Trinta Anos Depois, in Actas da mesa-Redonda ¿A Pré-história e a Proto-História no Centro de Portugal: avaliação e perspectivas de futuro.BARBOSA, António FernandoEdição2017

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