Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Conjunto de menires de Milrei e do Padrão
Designação
DesignaçãoConjunto de menires de Milrei e do Padrão
Outras Designações / Pesquisas
Categoria / TipologiaArqueologia / Menir
TipologiaMenir
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Vila do Bispo/Vila do Bispo e Raposeira
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoFaro
ConcelhoVila do Bispo
FreguesiaVila do Bispo e Raposeira
Proteção
Situação ActualProcedimento caducado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaProcedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma)
Despacho do Ministro da Cultura de 6-07-1983 sobre parecer da Comissão Nacional Provisória de Arqueologia
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaOriginalmente denominado 'Santa Maria do Cabo', pela proximidade geográfica que mantém com o Cabo de São Vicente, o território correspondente na actualidade ao concelho de Vila do Bispo e, sobretudo, a própria localidade Vila do Bispo, foi doado, em 1515, por D. Manuel I (1469-1521), à Sé do Algarve, tomando, a parti de então, a designação pela qual é conhecida nos nossos dias.
Mas o termo de Vila do Bispo ostenta testemunhos da passagem e fixação de comunidades humanas remontáveis à mais alta antiguidade, numa confirmação da existência dos recursos cinegéticos essenciais à sua sobrevivência, tanto no espaço quanto no tempo.
São disto bom exemplo os inúmeros menires identificados até ao momento no concelho, especialmente a partir de Estácio da Veiga (1828-1891), investigador de grande envergadura nacional e, mesmo, internacional, e a quem se deve a obra monumental, e de referência obrigatória para todos quantos se dedicam aos estudos arqueológicos, intitulada Antiguidades Monumentaes do Algarve, publicada em quatro volumes ainda em vida do autor.
Um interesse específico votado a esta tipologia megalítica que, se expressava uma tendência pessoal, enquadrava-se no movimento geral da comunidade científica europeia da época, quando o megalitismo servia propósitos bem definidos de busca de testemunhos de uma suposta unidade cultural bastante anterior ao domínio romano, entendido pelos espíritos nacionalistas e ultra-nacionalistas oitocentistas como a negação do que pretendiam sobrelevar.
Integra a multiplicidade de testemunhos desta tipologia megalítica existente na área administrativa de Vila do Bispo o "Conjunto de menires de Milrei e do Padrão", interpretados, à semelhança dos congéneres, ainda de forma bastante dúbia, ora como símbolos de um qualquer ritual sagrado, ora como marcos de posse territorial das comunidades neolítica. Uma incerteza maioritariamente resultante da ausência de evidências arqueológicas a eles associadas, bem como de um exaustivo trabalho de prospecção que tem, de facto, dificultado a sua datação.
Já na década de oitenta do século passado, uma equipa coordenada pelo Arq.º Mário Varela Gomes prospectou a região, encontrando aqueles que constituem, em, boa parte, os menires deste conjunto, no qual se integram os de 'Milrei', num total de vinte e cinco exemplares, talhados em calcário da região, com forma predominantemente subcilíndrica, mas também subcónica, com alturas variáveis entre setenta centímetros e dois metros, na superfície de alguns dos quais foram relevadas, no sentido do topo para a base dos monólitos, covinhas e cordões em elipse unidos nos vértices, ou ondulantes.
Integram os materiais recolhidos no local, nomeadamente durante as escavações então conduzidas, fragmentos cerâmicos que apontarão para uma cronologia atribuível ao Neolítico médio/final, ainda que a comparação com espólios encontrados em menires de outras zonas do Algarve aponte para uma datação posterior, já do Neolítico final ou, até mesmo, do Calcolítico. A par da cerâmica, foram exumados percutores, bem como mós manuais, estas últimas a testemunhar uma das actividades predominantes das comunidades que os ergueram, numa comprovação indirecta da sua vivência predominantemente sedentária.
Características que, de um modo geral, são de igual modo válidas para os menires do 'Padrão', conquanto perfaçam um total de quinze exemplares que comporiam, na origem, um cromeleque entretanto destruído.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens6
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"A necrópole da Vinha do Casão (Vilamoura - Algarve) no contexto do sudoeste peninsular", Trabalhos de ArqueologiaMATOS, José Luís Martins deEdição1986Lisboan.º 2, pp. 7-97
"O menir dos Gregórios (Silves)", Revista de GuimarãesGOMES, Mário VarelaEdição1983Guimarãesvol. 93, pp. 133-148
"A necrópole da Vinha do Casão (Vilamoura - Algarve) no contexto do sudoeste peninsular", Trabalhos de ArqueologiaGOMES, Mário VarelaEdição1986Lisboan.º 2, pp. 7-97
Levantamento arqueológico do Algarve: concelho de Vila do BispoGOMES, Mário VarelaEdição1987Lisboap. 84
Levantamento arqueológico do Algarve: concelho de Vila do BispoSILVA, Carlos Manuel Lindo Tavares daEdição1987Lisboap. 84
"A necrópole da Vinha do Casão (Vilamoura - Algarve) no contexto do sudoeste peninsular", Trabalhos de ArqueologiaBEIRÃO, Caetano de MeloEdição1986Lisboan.º 2, pp. 7-97
"A necrópole da Vinha do Casão (Vilamoura - Algarve) no contexto do sudoeste peninsular", Trabalhos de ArqueologiaGOMES, Rosa VarelaEdição1986Lisboan.º 2, pp. 7-97
Levantamento arqueológico do Algarve: concelho de Vila do BispoMARTINS, Isilda Maria PiresEdição1987Lisboap. 84
Repensar a História de Vila do BispoVELHINHO, JoãoEdição2003Loulé
Menires de Vila do Bispo. Inventário / CartografiaEdição2005Loulé

IMAGENS

Menires de Padrão e Aspradantas

Menires de Padrão e Aspradantas

Menires de Padrão e Aspradantas

Menires de Padrão e Aspradantas

Menires de Padrão e Aspradantas

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