Igreja Matriz de Castro Daire | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja Matriz de Castro Daire | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja Paroquial de Castro Daire / Igreja de São Pedro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viseu/Castro Daire/Castro Daire | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viseu | ||||||||||||
Concelho | Castro Daire | ||||||||||||
Freguesia | Castro Daire | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12700426 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A igreja matriz de Castro Daire, dedicada a São Pedro, é uma fundação de origem muito remota, que teria sido reedificada no reinado de D. Dinis, pois, segundo reza a tradição, foi o próprio monarca a autorizar que se utilizasse a pedra do antigo castelo para a obra do templo (CORREIA; ALVES; VAZ; 1995, p. 235). Todavia, nada resta desta campanha, pois toda a igreja foi alvo de uma restruturação setecentista, que incidiu não apenas na arquitectura, mas também ao nível da estrutura decorativa, onde se contam variados retábulos de talha de estilo nacional. De acordo com a inscrição patente na sacristia, a obra foi patrocinada pelo então abade, João de Moura de Andrade, e ficou terminada em 1735. Todavia, este último dado não corresponde à realidade, pois a conclusão do templo aconteceu apenas no século XIX, como atesta a fachada, de gosto neoclássico. Em todo o caso, tratou-se de uma conclusão sumária, já que o plano arquitectónico, que ainda hoje se conserva, assinado por Calhs. F., que deverá significar Calheiros fez, indica que a fachada deveria ter duas torres, uma das quais nunca chegou a ser construída. Nesta medida, a fachada apresenta torre sineira do lado do Evangelho, e a estrutura de uma outra, erguida apenas até ao nível do entablamento. A composição remata em frontão triangular, muito característico de um gosto neoclássico oitocentista, com portal central em ressalto, ladeado por janelas de verga semicircular. As obras da fachada foram muito lentas, e ainda decorriam em 1864, o que originou uma subscrição pública com o objectivo de terminar a igreja. Os trabalhos recomeçaram no ano seguinte, mas foram rapidamente interrompidos, por manifesta falta de recursos (CORREIA; ALVES; VAZ; 1995, p. 237). O interior revela, precisamente, o longo processo de edificação do templo. De nave única, com cinco tramos, a igreja exibe oito altares, sendo um deles uma alteração do século XIX. Os altares colaterais, de talha dourada, inserem-se no denominado barroco pleno, ou estilo nacional, e foram executados, muito possivelmente, por João Correia Monteiro, artífice natural de Ferreirim, que trabalhou neste templo entre 1759-1760 (CORREIA; ALVES; VAZ; 1995, p. 239). A imaginária destes retábulos é da mesma época, e a imagem de Nossa Senhora do Rosário deve corresponder à que foi adquirida em 1705. O mesmo entalhador deverá ter realizado os retábulos da nave, entre os quais se destaca o das Almas, de grande porte, com uma iconografia relacionada com a morte (de características macabras), e a representação, ao centro, do Arcanjo São Gabriel. No intercolúnio, destacam-se várias imagens de santos a assistir as Almas - S. Nicolau de Tolentino, São Francisco de Assis, São Bento e São Bernardo -, numa iconografia muito semelhante à da bandeira desta Irmandade, conservada na sacristia. A importância deste retábulo é tal, que alguns autores aludem, mesmo, à possibilidade de ter sido Nicolau Nasoni a desenhar o risco desta estrutura, uma vez que o pintor-arquitecto esteve em Lamego, onde trabalhou nas pinturas das abóbadas da Sé. (CORREIA; ALVES; VAZ; 1995, p. 239). Por sua vez, a capela-mor destaca-se pelo tecto, em caixotões, com painéis dourados. O retábulo, de estilo nacional, exibe imagens de São Pedro e São Paulo, que complementam a iconografia pedrina, patente nas telas sobre o cadeiral, e que representam cenas alusivas à vida do primeiro Papa, a quem a igreja era dedicada. Já o cadeiral que percorre as paredes laterais da capela-mor, é uma obra rococó, em talha, com pintura a óleo, executado pelo entalhador Timóteo Correia Monteiro (filho do autor dos retábulos da nave), em 1776 (CORREIA; ALVES; VAZ; 1995, p. 238). Uma última referência para a sacristia, com retábulo rococó, e tecto pintado em perspectiva, onde se representam as chaves de São Pedro. Rosário Carvalho | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Castro Daire | VAZ, João Luís da Inês | Edição | 1995 | Castro Daire | |
Castro Daire | ALVES, Alexandre | Edição | 1995 | Castro Daire | |
História do Bispado e Cidade de Lamego, vol. 4, Renascimento (II) | COSTA, Manuel Gonçalves da | Edição | 1984 | Lamego | vol. II |
Castro Daire | CORREIA, Alberto | Edição | 1995 | Castro Daire |
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