Nota Histórico-Artistica | A antiga localidade de Caymbra foi doada, pelo rei Ordonho, ao Mosteiro de Crestuma, vindo mais tarde a fazer parte das terras de Santa Maria de Vandoma, pelo que era então conhecida como Santa Maria de Caymbra ou Cambra. Ao longo da Idade Média, vários documentos já se referem ao topónimo actual, de Macieira de Cambra. Apesar da sua antiguidade, só teve foral em 1514, dado por D. Manuel, e na sequência do qual se poderá ter erguido o seu pelourinho. O concelho manuelino é simplesmente designado como Maceira; o concelho de Maceira de Cambra é criado apenas em 1832, embora extinto em 1895, e anexado ao de Oliveira de Azeméis. Três anos mais tarde, em 1898, o concelho de Maceira de Cambra foi restaurado, mas este gesto apenas adiou a extinção definitiva, que ocorreu em 1926. É hoje freguesia de Vale de Cambra, com a designação oficial de Macieira. O pelourinho da localidade ergue-se no eixo da Praça da República, apenas ligeiramente deslocado da sua suposta implantação original, ao lado direito do portal do edifício dos antigos Paços do Concelho. Assenta sobre plataforma de três degraus quadrangulares, de factura moderna, datados da década de 50 do século XX, quando o monumento foi transferido. É uma picota muito singela, mesmo algo rude, composta por base, coluna e remate, sem capitel. A base da coluna é um bloco de secção octogonal de boas dimensões, no qual assenta um plinto quadrado, e o fuste. Este tem secção octogonal e faces lisas, sendo directamente encimado por um bloco quadrangular alto, rematado em pirâmide. As faces deste bloco são decoradas com herádica muito esquemática, incluíndo três cruzes, uma delas pateada e inscrita num círculo, e as armas nacionais. SML |