Igreja de Nossa Senhora da Fresta | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Nossa Senhora da Fresta | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de Nossa Senhora da Fresta (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Guarda/Trancoso/Trancoso (São Pedro e Santa Maria) e Souto Maior | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Guarda | ||||||||||||
Concelho | Trancoso | ||||||||||||
Freguesia | Trancoso (São Pedro e Santa Maria) e Souto Maior | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 33 587, DG, I Série, n.º 63, de 27-03-1944 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria publicada no DG, II Série, n.º 171, de 23-07-1953 | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913929 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Fora da antiga muralha de Trancoso e actualmente integrada no cemitéro da povoação, a Capela de Nossa Senhora da Fresta é um pequeno, porém muito interessante templo tardo-românico, um dos poucos que sobreviveu na região e um dos que, por isso, melhor caracteriza o que foram as vagas de povoamento dos séculos XII a XIV no imenso interior Nordeste do reino de Portugal. As origens do tempo andam envoltas em numerosas lendas, desde o duvidoso passado visigótico até à pretensa descoberta, em época islâmica, de uma fresta onde repousava a imagem da Virgem. O dado objectivo mais recuado cronologicamente é a alusão a uma desaparecida inscrição, datada criticamente de 1177-1187 (BARROCA, 2000: 411), associada à fundação do templo e onde se mencionava a conquista de Jerusalém por Saladino, o que reforça as suspeitas de intervenção de um promotor erudito e atento ao fenómeno das cruzadas. Embora se desconheça a exacta marcha das obras, crê-se que o templo tenha levado pouco menos de meio século a ser edificado, como sugere a existência de uma inscrição datada de 1225 junto ao portal principal. É uma igreja relativamente simples, de planta longitudinal, articulando nave única e capela-mor mais baixa e estreita que o corpo. Na fachada meridional abre-se um arco de acesso ao interior, já de perfil apontado e com tímpano liso, o que atesta a cronologia avançada da obra face ao período áureo da arte românica no nosso país. O portal Norte, voltado às muralhas, parece ser ligeiramente anterior, pois ostenta uma composição mais cuidada, com duas arquivoltas e tímpano decorado com cruz. No interior, o arco triunfal mantém o perfil apontado e as suas quatro arquivoltas são profusamente decoradas com motivos geométricos, destacando-se os enxaquetados. No final da Idade Média, as paredes da capela-mor e as que ladeiam o arco triunfal foram revestidas por pinturas murais, de que restam alguns fragmentos in situ, concretamente composições alusivas à Anunciação e Adoração dos Pastores. Mas a mais importante alteração ocorreu na segunda metade do século XVIII, altura em que se refez a fachada principal. Entre 1770 e 1782, por patrocínio do bispo de Pinhel, D. Cristóvão de Almeida Soares, a frontaria da igreja foi actualizada, demolindo-se os alpendres laterais e transformando-se a fachada principal numa obra cenográfica e de amplo impacto visual, própria dos objectivos propagandísticos do recém-criado bispado. Restaurada na década de 50 do século XX, numa ampla campanha de reforço estrutural do monumento, a igreja de Nossa Senhora da Fresta aguarda por um estudo monográfico mais vasto, acompanhado de eventuais escavações arqueológicas, que permita esclarecer as discutidas origens do templo, bem como o estatuto de Trancoso como sede regional de poder nos anos obscuros da Alta Idade Média. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 31 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Fachada principal
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Fachada lateral direita: pedra com inscrição junto da porta travessa
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior: nave e capela-mor
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: parede testeira com pinturas murais
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: imagem de Nossa Senhora da Fresta ou do Sepulcro
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Zona envolvente: portal maneirista do antigo convento de Santa Clara
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a Ressurreição de Cristo
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a Virgem Maria (cena da Adoração dos Magos)
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pinturas murais na parede testeira (ilharga direita) representando a cena da Adoração dos Magos
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a Ressurreição de Cristo
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a Circuncisão de Jesus
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a Circuncisão de Jesus
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a Adoração dos Magos
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pinturas murais na parede lateral do lado da Epístola representando a Ressurreição de Cristo e a Circuncisão de Jesus
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando São Domingos de Gusmão
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural no interior da fresta representando as figuras da Deposição no túmulo
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando Santo António com o Menino Jesus
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando soldado na cena da Ressurreição de Cristo
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando Santo António com o Menino Jesus
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a Ressurreição de Cristo
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pinturas murais na parede testeira (ilharga esquerda) representando as cenas da Anunciação e da Natividade
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pinturas murais na parede lateral do lado do Evangelho representando a Anunciação, a Visitação sobrepostas à Adoração dos Magos
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a Circuncisão de Jesus
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a Adoração dos Magos
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a cena da Circuncisão de Jesus
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando anjo
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando São Domingos de Gusmão
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: parede testeira com pinturas murais
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando a Anunciação e a Visitação
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando santo
Igreja de Nossa Senhora da Fresta - Interior da capela-mor: pormenor da pintura mural representando santo