Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Borba
Designação
DesignaçãoCastelo de Borba
Outras Designações / PesquisasCastelo de Borba / Castelo e cerca urbana de Borba (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Borba/Borba (Matriz)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça do PovoBorba Número de Polícia:
Rua Maria de Borba (Porta de Estremoz)Borba Número de Polícia:
Rua Rodrigo da Cunha Ferreira, antiga Rua Direita (Porta do Celeiro)Borba Número de Polícia:
Rua Fernando PenteadoBorba Número de Polícia:
Rua Humberto da Silveira Fernandes (Torre do Relógio)Borba Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.805244-7.456255
DistritoÉvora
ConcelhoBorba
FreguesiaBorba (Matriz)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 41 191, DG, I Série, n.º 162, de 18-07-1957 (ver Decreto)
ZEPParecer favorável de 23-02-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Nova proposta de 12-11-2010 da DRC do Alentejo
Devolvido à DRC do Alentejo por despacho de 11-02-2010 do director do IGESPAR, I.P., para aplicação do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma)
Proposta de 10-12-2009 da DRC do Alentejo para a ZEP dos imóveis classificados e em vias de classificação da Vila de Borba
A CM de Borba enviou documentação em 20-09-2006
A DR de Évora solicitou elementos à CM de Borba em 10-03-2003
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914631
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA construção do Castelo de Borba, localizado em zona de grande importância estratégica para as defesas das fronteiras nacionais ao longo do século XIII, arranca possivelmente pouco após a conquista cristã do local durante o reinado de D. Afonso II, em 1217, ainda que de forma muito incipiente. A conquista deste território, bem como de outros no Sul do país, incluindo Alcácer do Sal, Vieiros, Monforte, Vila Viçosa e, possivelmente, Moura, deveu-se à iniciativa privada, e neste caso particular a Fernão Anes, mestre da Ordem Militar de S. Bento de Avis, antiga Milícia dos Freires de Évora, à qual foi entregue a administração de Borba. O povoamento em larga escala da vila não se terá seguido imediatamente à Reconquista, como aliás acontecia com várias localidades da região, até porque a sede da Ordem de São Bento era então o Castelo de Avis, justamente erguido por Fernão Anes; é provável que tenha arrancado mais ou menos a par das tentativas régias (de D. Sancho II) para ocupar definitivamente e povoar a povoação fronteiriça de Elvas, entre 1226 e 1229.
Porém, a muralha que hoje podemos ver é já atribuível ao impulso dado pelo rei D. Dinis, a partir de 1302, data da concessão do primeiro foral a Borba, assim estabelecida em concelho e integrada na linha defensiva do território. As estruturas que já pudessem existir foram então intervencionadas, sendo a obra da fortificação entregue a mestres Diogo (ou Domingos) Salvador e Rodrigo Fernão (ou Fernandes), nomes que figuram numa inscrição epigrafada no monumento. Foi construída uma cerca quadrada, com muros grossos, envolvida por um fosso que, com o tempo, viria a ser integrado no casario envolvente. Um largo adarve, ou caminho de ronda, guarnecido com um parapeito ameiado, corria no topo das muralhas. Estas eram rasgadas por (pelo menos) duas largas portas, conhecidas por Porta do Celeiro e Porta de Estremoz, defendidas por torreões (no primeiro caso) e grandes cubelos de secção semicircular (no segundo caso), também coroados com merlões. Para além destas, outras portas de menor importância estão hoje obstruídas, como a Porta do Sino, entre a Torre de Menagem e a Torre do Relógio, a Porta da Torre, ou a Porta do Sol, esta diante do Rossio de Baixo, ou das Casas Novas (ESPANCA, Túlio, 1966). No perímetro da muralha, encaixada no vértice a Noroeste, sobressai a Torre de Menagem, relativamente baixa mas larga e imponente, que veio a albergar a Cadeia da comarca, já no século XVII. É interessante notar o aparelho de reforço dos cunhais, com lajes em mármore da região.
Para além da Torre e das portas já mencionadas, restam ainda alguns troços da muralha, quase sempre envolvidas ou integradas no casario. Para além do natural desenvolvimento da povoação, que em tempos mais estáveis e pacíficos se fez com o sacrifício da muralha, também algumas obras públicas - caso da construção dos Paços do Concelho, junto à muralha oriental, em finais do século XVIII - contribuíram para a demolição dos paramentos. Dos que restam, destaca-se o extenso paramento a Ocidente, junto da Porta de Estremoz, que corre liberta de edifícios envolventes. Na porta está embutida uma inscrição do século XIV, em caracteres góticos, alusiva às obras dionisinas, onde se nomeiam os mestres de obras acima referidos: Rodrigues Fernão (RRO: FERNAM) surge como autor das portas fortificadas, e Domingos Salvador (D: SALUADORIZ) como o possível arquitecto do conjunto. Como curiosidade, note-se o gravado do barbo, um peixe abundante na região, remetendo para a lenda de fundação de Borba. De referir ainda que na Porta do Celeiro, a Sul, esteve embutida uma outra lápide, esta muito mais antiga, latina, e certamente vestígio da ocupação romana do local, dedicada a Júlio César, conforme notícia de Frei Agostinho de Santa Maria (Santuário Mariano, 1707-1718). SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPIgreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Borba
Outra Classificação
Nº de Imagens9
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I)ESPANCA, TúlioEdição1966LisboaO vol. II é totalmente dedicado às ilustrações.
Dicionário enciclopédico das freguesiasSILVA, IsabelEdição1997Freixieiro, Matosinhos
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil ArquitectónicoCORREIA, Luís Miguel Maldonado de VasconcelosEdição2010Coimbra
Borba - Património da Vila BrancaSIMÕES, João MiguelEdição2007Borba

IMAGENS

Castelo de Borba - Torreão circular coroado de ameias quadrangulares

Castelo de Borba - Planta com a delimitação e esboço de ZEP proposto pela DRCA (não está em vigor)

Castelo de Borba - Vista do exterior das muralhas e torreão

Castelo de Borba - Porta de Estremoz flanqueada por dois cubelos

Castelo de Borba - Pormenor de casas intra-muros

Castelo de Borba - Aparelho de um troço da muralha

Castelo de Borba - Pormenor de campanário

Castelo de Borba - Casas intra-muros adossadas à muralha

Castelo de Borba - Troço de cunhal na muralha

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt