Castelo de Borba | |||||||||||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||||||||||
Designação | Castelo de Borba | ||||||||||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Borba / Castelo e cerca urbana de Borba (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||||||||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Borba/Borba (Matriz) | ||||||||||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||||||||||||||||||
Concelho | Borba | ||||||||||||||||||||||||||||
Freguesia | Borba (Matriz) | ||||||||||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 41 191, DG, I Série, n.º 162, de 18-07-1957 (ver Decreto) | ||||||||||||||||||||||||||||
ZEP | Parecer favorável de 23-02-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Nova proposta de 12-11-2010 da DRC do Alentejo Devolvido à DRC do Alentejo por despacho de 11-02-2010 do director do IGESPAR, I.P., para aplicação do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) Proposta de 10-12-2009 da DRC do Alentejo para a ZEP dos imóveis classificados e em vias de classificação da Vila de Borba A CM de Borba enviou documentação em 20-09-2006 A DR de Évora solicitou elementos à CM de Borba em 10-03-2003 | ||||||||||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 9914631 | ||||||||||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A construção do Castelo de Borba, localizado em zona de grande importância estratégica para as defesas das fronteiras nacionais ao longo do século XIII, arranca possivelmente pouco após a conquista cristã do local durante o reinado de D. Afonso II, em 1217, ainda que de forma muito incipiente. A conquista deste território, bem como de outros no Sul do país, incluindo Alcácer do Sal, Vieiros, Monforte, Vila Viçosa e, possivelmente, Moura, deveu-se à iniciativa privada, e neste caso particular a Fernão Anes, mestre da Ordem Militar de S. Bento de Avis, antiga Milícia dos Freires de Évora, à qual foi entregue a administração de Borba. O povoamento em larga escala da vila não se terá seguido imediatamente à Reconquista, como aliás acontecia com várias localidades da região, até porque a sede da Ordem de São Bento era então o Castelo de Avis, justamente erguido por Fernão Anes; é provável que tenha arrancado mais ou menos a par das tentativas régias (de D. Sancho II) para ocupar definitivamente e povoar a povoação fronteiriça de Elvas, entre 1226 e 1229. Porém, a muralha que hoje podemos ver é já atribuível ao impulso dado pelo rei D. Dinis, a partir de 1302, data da concessão do primeiro foral a Borba, assim estabelecida em concelho e integrada na linha defensiva do território. As estruturas que já pudessem existir foram então intervencionadas, sendo a obra da fortificação entregue a mestres Diogo (ou Domingos) Salvador e Rodrigo Fernão (ou Fernandes), nomes que figuram numa inscrição epigrafada no monumento. Foi construída uma cerca quadrada, com muros grossos, envolvida por um fosso que, com o tempo, viria a ser integrado no casario envolvente. Um largo adarve, ou caminho de ronda, guarnecido com um parapeito ameiado, corria no topo das muralhas. Estas eram rasgadas por (pelo menos) duas largas portas, conhecidas por Porta do Celeiro e Porta de Estremoz, defendidas por torreões (no primeiro caso) e grandes cubelos de secção semicircular (no segundo caso), também coroados com merlões. Para além destas, outras portas de menor importância estão hoje obstruídas, como a Porta do Sino, entre a Torre de Menagem e a Torre do Relógio, a Porta da Torre, ou a Porta do Sol, esta diante do Rossio de Baixo, ou das Casas Novas (ESPANCA, Túlio, 1966). No perímetro da muralha, encaixada no vértice a Noroeste, sobressai a Torre de Menagem, relativamente baixa mas larga e imponente, que veio a albergar a Cadeia da comarca, já no século XVII. É interessante notar o aparelho de reforço dos cunhais, com lajes em mármore da região. Para além da Torre e das portas já mencionadas, restam ainda alguns troços da muralha, quase sempre envolvidas ou integradas no casario. Para além do natural desenvolvimento da povoação, que em tempos mais estáveis e pacíficos se fez com o sacrifício da muralha, também algumas obras públicas - caso da construção dos Paços do Concelho, junto à muralha oriental, em finais do século XVIII - contribuíram para a demolição dos paramentos. Dos que restam, destaca-se o extenso paramento a Ocidente, junto da Porta de Estremoz, que corre liberta de edifícios envolventes. Na porta está embutida uma inscrição do século XIV, em caracteres góticos, alusiva às obras dionisinas, onde se nomeiam os mestres de obras acima referidos: Rodrigues Fernão (RRO: FERNAM) surge como autor das portas fortificadas, e Domingos Salvador (D: SALUADORIZ) como o possível arquitecto do conjunto. Como curiosidade, note-se o gravado do barbo, um peixe abundante na região, remetendo para a lenda de fundação de Borba. De referir ainda que na Porta do Celeiro, a Sul, esteve embutida uma outra lápide, esta muito mais antiga, latina, e certamente vestígio da ocupação romana do local, dedicada a Júlio César, conforme notícia de Frei Agostinho de Santa Maria (Santuário Mariano, 1707-1718). SML | ||||||||||||||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Borba | ||||||||||||||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Dicionário enciclopédico das freguesias | SILVA, Isabel | Edição | 1997 | Freixieiro, Matosinhos | |
Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1966 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
Borba - Património da Vila Branca | SIMÕES, João Miguel | Edição | 2007 | Borba | |
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil Arquitectónico | CORREIA, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos | Edição | 2010 | Coimbra |
Castelo de Borba - Torreão circular coroado de ameias quadrangulares
Castelo de Borba - Planta com a delimitação e esboço de ZEP proposto pela DRCA (não está em vigor)
Castelo de Borba - Vista do exterior das muralhas e torreão
Castelo de Borba - Porta de Estremoz flanqueada por dois cubelos
Castelo de Borba - Pormenor de casas intra-muros
Castelo de Borba - Aparelho de um troço da muralha
Castelo de Borba - Pormenor de campanário
Castelo de Borba - Casas intra-muros adossadas à muralha
Castelo de Borba - Troço de cunhal na muralha
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