Igreja paroquial da Cumieira | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja paroquial da Cumieira | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja paroquial da Cumeeira Igreja de Santa Eulália, paroquial da Cumeeira / Igreja Paroquial da Cumieira / Igreja de Santa Eulália (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Vila Real/Santa Marta de Penaguião/Cumieira | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Vila Real | ||||||||||||
Concelho | Santa Marta de Penaguião | ||||||||||||
Freguesia | Cumieira | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 8/83, DR, I Série, n.º 19, de 24-01-1983 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Dedicada a Santa Eulália, a igreja paroquial da Cumieira é uma edificação setecentista, concluída, muito possivelmente, em 1729, de acordo com a data inscrita sobre a verga da porta principal. A campanha decorativa decorreu nos anos seguintes e, uma década depois, o templo dispunha de um vasto conjunto de talha joanina, que se articulava com as pinturas que cobriam todo o espaço interior, executadas por Nicolau Nasoni, em 1739. A fachada principal é aberta por um portal flanqueado por pilastras, que suportam vários entablamentos, vazados, e decorados por rosetas e flores de lis. Sobre o último, um nicho de volta perfeita, ladeado por aletas, faz elevar a base do frontão, que forma um semicírculo. Ladeiam-no duas janelas e o alçado termina num frontão triangular, de vértice cortado, com pináculos a coroar as pilastras dos cunhais. Num plano ligeiramente recuado ergue-se a torre sineira. As restantes fachadas pautam-se por uma muito maior depuração, com vãos de linhas rectas, e marcação dos volumes do corpo e capela-mor através de pilastras rematadas por pináculos. No interior, de planta longitudinal que articula nave única e capela-mor, é a talha dourada que se impõe, ocupando a totalidade da parede fundeira com o retábulo joanino de colunas torsas, revestindo as sanefas dos muitos vãos e do púlpito, e nos retábulos das capelas laterais e dos altares colaterais. Apenas o retábulo do Senhor dos Passos é anterior, e mais próximo do barroco nacional. Todos estes elementos funcionavam em conjunto com as pinturas murais, concebidas como arquitecturas fingidas que Nasoni, profundo conhecedor da perspectiva, tão bem soube explorar, reunindo-lhes figuras em atitudes ilusionistas, bem como "multiplicando jarras, urnas, pedestais e volutas numa opulenta desordem que evoca grandeza" (SMITH, 1966; SMITH, 1973; ALVES, 1989, p. 308). Infelizmente, a ameaça de ruína da cobertura da nave e o consequente arranjo, em 1951, no qual se caiaram os panos murários, levou ao desaparecimento de grande parte desta obra, cuja memória ficou registada, somente, em fotografias da época. Actualmente, apenas se conservam alguns fragmentos de pintura, entre os quais a legenda com a indicação da autoria: NICOLAO NASONIO SENENSIS PINGEBAT ANNO 1739. Muito embora possa ser discutível a atribuição da totalidade da obra pictórica a Nicolau Nasoni, nomeadamente o sub-coro e o tecto (este com a representação do Espírito Santo ao centro, como se pode observar numa das fotografias), a verdade é que este aqui trabalhou até 1739, depois de ter passado por Lamego, onde executou as pinturas para a Sé entre 1737-38. A sua presença na Cumieira, afastada dos principais centros urbanos da época, e para os Nasoni quais trabalhou, deve ser entendida no contexto de um esclarecido mecenato, patrocinado por D. Luís António de Sousa Botelho Mourão, Morgado de Mateus e da Cumieira, que entendeu favorecer a edificação de um templo de especial requinte e qualidade, na cabeça do seu morgado. Neste sentido deve ser compreendida, também, a obra de talha, e o esplendor geral que o templo emanava, à época (BRANDÃO, 1964, p. 6). (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Nicolau Nasoni, arquitecto do Porto | SMITH, Robert C. | Edição | 1966 | ||
"Nasoni, Nicolau", Dicionário de Arte Barroca em Portugal | ALVES, Joaquim Jaime Ferreira | Edição | 1989 | ||
Nicolau Nasoni, pintor da igreja da Cumieira | BRANDÃO, Domingos de Pinho | Edição | 1964 | Porto |