Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Basílica Real de Castro Verde, também designada Igreja de Nossa Senhora da Conceição, matriz de Castro Verde
Designação
DesignaçãoBasílica Real de Castro Verde, também designada Igreja de Nossa Senhora da Conceição, matriz de Castro Verde
Outras Designações / PesquisasIgreja Matriz de Castro Verde
Igreja de Nossa Senhora da Conceição, matriz de Castro Verde
Basílica Real / Igreja Paroquial de Castro Verde / Igreja de Nossa Senhora da Conceição / Basílica Real de Castro Verde (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Castro Verde/Castro Verde e Casével
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo Dr. João Guerreiro MestreCastro Verde Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.6977-8.081747
DistritoBeja
ConcelhoCastro Verde
FreguesiaCastro Verde e Casével
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 18/2023, DR, 1.ª série, n.º 136, de 14-07-2023 (reclassificou como MN e redenominou para Basílica Real de Castro Verde) (ver Decreto)
Anúncio n.º 21/2022, DR, 2.ª série, n.º 29, de 10-02-2022 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 15-12-2021 do diretor-geral da DGPC
Proposta favorável de 13-10-2021 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 2-07-2021 da DRC do Alentejo para a reclassificação como MN e a redenominação para Basílica Real de Castro Verde, também designada Igreja de Nossa Senhora da Conceição, matriz de Castro Verde
Decreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (classificou a Igreja Matriz de Castro Verde) (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaComenda da Ordem de Santiago no início do século XVI, a vila de Castro Verde situa-se junto ao lugar de São Pedro das Cabeças, onde terá decorrido a Batalha de Ourique. A ordem mandou construir na povoação um templo, edificado desde os finais da Idade Média.
Uma visitação dos freires de Santiago em 1510 refere a existência dessa igreja, implantada no local da actual matriz, descrevendo-a como um edifício de menores dimensões e com diferenças estruturais significativas em relação ao templo que hoje serve Castro Verde.
Segundo André de Resende foi D. Sebastião que, cerca de 1573, mandou "destruir" o antigo templo, mandando edificar no seu lugar uma nova igreja que relembrasse dignamente a "memorável victória" de D. Afonso Henriques em Ourique (COSTA, João J.A.,1996,p. 30).
Iniciou-se então a edificação da nova matriz, à época designada basílica, numa obra que se terá prolongado pela centúria seguinte. A estrutura edificada apresenta muitas semelhanças com os templos edificados pelo arquitecto João Antunes, pelo que alguns autores lhe atribuem a autoria da traça (FALCÃO, José,1991).
A planimetria do templo apresenta uma tipologia chã, ao gosto da arquitectura religiosa do último quartel do século XVI. No entanto, a fachada terá sido alterada na segunda metade do século XVIII, bem como o programa decorativo interior.
A planimetria, que se desenvolve longitudinalmente, é composta por volumes diferenciados. A nave única, de secção rectangular, é procedida pelo espaço da capela-mor, também de planta rectangular mas de menores dimensões, ladeada por dois anexos de iguais dimensões.
O espaço interior apresenta evidentes semelhanças com a igreja de Santiago de Alcácer do Sal, também atribuída a João Antunes. As paredes da nave são cobertas por painéis de azulejo setecentistas divididos por dois registos, o primeiro com composições de albarradas, o segundo com painéis figurativos que narram a história da Batalha de Ourique.
A capela-mor, coberta por abóbada de berço pintada com motivos barrocos policromos, é também revestida por painéis de azulejo de fabrico lisboeta, datados de 1713 e pintados com episódios da vida de Cristo.
A fachada, de linhas sóbrias, é dividida em três registos distintos. No primeiro foi rasgado o portal principal, precedido por escadaria e adro, de moldura rectangular, ladeado por pilastras jónicas e rematado por frontão interrompido, com as armas da Ordem de Santiago. Sobre este foi rasgada uma janela de moldura rectangular. O conjunto é terminado em empena.
A fachada é ladeada por duas torres sineiras, que se destacam na estrutura pela sua monumental volumetria. De secção quadrada, são rematadas por pináculos e coruchéus campaniformes.
Catarina Oliveira
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens8
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
O termo de Castro Verde - um contributo para a sua históriaCOSTA, João José AlvesEdição1996Castro Verde
"O tesouro da Basílica Real de Castro Verde", in Diário do Alentejo, 22 de Fevereiro de 1991FALCÃO, José AntónioEdição1991Beja

IMAGENS

Igreja Matriz de Castro Verde - Fachada principal

Igreja Matriz de Castro Verde - Fachada posterior (face nascente da capela-mor)

Igreja Matriz de Castro Verde - Interior da capela-mor: retábulo-mor e revestimento azulejar das paredes laterais

Igreja Matriz de Castro Verde - Interior: pintura do tecto da nave com representação do Milagre de Ourique

Igreja Matriz de Castro Verde - Interior: revestimento azulejar do lado Sul da nave, representando a Batalha de Ourique

Igreja Matriz de Castro Verde - Interior: pormenor do revestimetno azulejar de um dos janelões da nave (lado Sul)

Igreja Matriz de Castro Verde - Fachada principal: portal

Basílica Real de Castro Verde - Planta anexa ao diploma de reclassificação como MN, e de redenominação, com a delimitação do imóvel classificado e da ZGP em vigor

MAPA

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