Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja Matriz de Entradas
Designação
DesignaçãoIgreja Matriz de Entradas
Outras Designações / PesquisasIgreja de São Tiago, matriz de Entradas / Igreja Paroquial de Entradas / Igreja de São Tiago (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Castro Verde/Entradas
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça da LiberdadeEntradas Número de Polícia:
Rua da IgrejaEntradas Número de Polícia:
Rua do ArrabeldeEntradas Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.775859-8.013402
DistritoBeja
ConcelhoCastro Verde
FreguesiaEntradas
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA Igreja Matriz de Entradas, cujo orago é São Tiago Maior, celebra nesta invocação a poderosa Ordem Militar da qual todo o concelho de Castro Verde foi uma importante comenda. A sua implantação muito central, no antigo Largo da Igreja, permite supor que tenha sido erguida no local de um templo mais antigo. A construção foi iniciada em 1745, sabendo-se, através das Visitações realizadas pelo Arcebispo de Évora, D. Frei Miguel de Távora, em 1750, que nesta data apenas se encontrava terminada a caixa murária. Os restantes elementos, como o sistema de cobertura, a torre sineira, as janelas e o portal, terão desta forma sido realizados no início da segunda metade de Setecentos.
Acede-se ao templo por um pequeno adro alteado. A fachada, bastante simples, é rematada em empena triangular com cruz latina, sob a qual se abre o portal de verga recta, encimado por um janelão também rectangular. Os cunhais são coroados por quatro acrotérios com urnas barrocas, existindo um quinto sobre a empena da fachada posterior, em simetria com a cruz fronteira. Outros, de menores dimensões, rematam os cunhais da capela-mor e da torre sineira, que se ergue adossada ao topo da cabeceira. Esta sineira, de planta quadrada e cobertura em coruchéu sobre tambor, eleva-se de forma destacada sobre a construção, e igualmente sobre a povoação e planície envolvente. De resto, todo o conjunto possui linhas acentuadamente verticais, como se pode confirmar pela sensação de grande altura no interior.
A nave única, tal como a capela-mor, é coberta por abóbada de berço, definindo-se um espaço interno de grande simplicidade. Todas as superfícies são caiadas, limitando-se a ornamentação ao altar-mor e a dois altares colaterais. Destaca-se, no entanto, a elevação dos alçados e a monumentalidade de elementos como o arco triunfal sobre largas pilastras, bem como a cimalha moldurada sobre a qual assentam as abóbadas. Os altares e a pia baptismal são em mármore, merecendo particular realce o altar-mor, de boas proporções e traçado clássico, em mármore preto e branco de Estremoz, considerado o mais valioso na diocese de Beja. O facto de se encontrar numa igreja de importância relativamente secundária é geralmente explicado, de acordo com uma tradição popular que possivelmente não mais é que uma lenda: as pedras seriam, na origem, destinadas a um templo de Faro, tendo os carros de bois no qual seguiam sido impedidos de seguir caminho devido a um inverno particularmente rigoroso. A preciosa carga, de blocos já aparelhados, teria sido então abandonada junto a Entradas. O recheio da igreja inclui ainda três telas de boas dimensões, figurando Santiago "mata-mouros" no altar principal, e uma Sagrada Família e Nossa Senhora e o Menino nos colaterais.
De mencionar ainda a curiosa existência de dois meios arcos redondos rasgando os muros junto à parede da capela-mor. Embora esta solução pareça resultar principalmente de uma alteração no plano inicial de construção, é fácil constatar que sem os seus vãos não haveria espaço para as molduras em pedra dos altares menores. De facto, estes encaixam parcialmente no falso transepto assim simulado, que criam uma certa dinâmica neste espaço interior bastante anódino, pese embora a estranheza que causam. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPIgreja da Misericórdia de Entradas
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias0

IMAGENS

Igreja Matriz de Entradas - Fachada principal

Igreja Matriz de Entradas - Interior: capela-mor

Igreja Matriz de Entradas - Interior: baptistério

Igreja Matriz de Entradas - Interior: retábulo colateral do lado do Evangelho

MAPA

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