Capela de Nossa Senhora da Conceição | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Capela de Nossa Senhora da Conceição | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Capela de Nossa Senhora da Conceição (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Capela | ||||||||||||||||
Tipologia | Capela | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Coimbra/Figueira da Foz/Buarcos e São Julião | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Coimbra | ||||||||||||||||
Concelho | Figueira da Foz | ||||||||||||||||
Freguesia | Buarcos e São Julião | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 44 075, DG, I Série, n.º 281, de 5-12-1961 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 337/2011, DR, 2.ª série, n.º 27, de 8-02-2011 (sem restrições) (ver Portaria) Despacho de homologação de 23-06-2010 do Secretário de Estado da Cultura Parecer favorável de 15-07-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. Proposta de 15-09-2008 da DRC do Centro para a ZEP da Fortaleza de Buarcos, da Capela de Nossa Senhora da Conceição e do Pelourinho de Buarcos | ||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 12700426 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A capela de Nossa Senhora da Conceição insere-se no primeiro grande surto construtivo que se verificou quer em Buarcos, quer na Figueira da Foz (BORGES, 1991, p. 19). A sua edificação remonta à primeira metade do século XVI e, muito embora não seja possível definir com exactidão a data em que foi construída, o ano de 1536, patente na porta lateral esquerda, ajuda a estabelecer uma cronologia aproximada. Nesta época, a capela constituía o maior templo da vila, apenas suplantado, a partir de 1581, pelo de São Julião. Era, originalmente, dedicada a Nossa Senhora das Ribas, invocação que se prendia com a proximidade de uma ribanceira (MADAHIL, p. 220), mas que foi alterada no século XVII, em conformidade com a consagração do reino de Portugal a Nossa Senhora da Conceição, por iniciativa de D. João IV. Assim, o edifício é quinhentista, constituindo os três portais de ombreiras molduradas, com friso e cornija, o seu melhor testemunho. O púlpito, situado na nave do lado do Evangelho, assente sobre uma coluna em forma de balaústre, e decorado por querubins, é da mesma época e denuncia um fabrico de origem coimbrã, mas não pertencia a esta igreja, tendo sido trazido da capela de Santa Cruz dos Redondos, após a sua demolição. Sobre o portal abre-se uma janela e, no extremo direito, ergue-se uma sineira de pequenas dimensões. No interior, de nave única, abrem-se os arcos dos dois altares laterais e do arco triunfal, idênticos e com impostas salientes. São bem visíveis as intervenções e campanhas decorativas proto-barrocas, que privilegiaram a azulejaria e a talha dourada. Os panos murários são revestidos por silhares de azulejos azuis e brancos, representando albarradas e balaústres, à excepção dos que ladeiam o arco triunfal, com balaústres a enquadrar figuras com cornucópias de flores. Remata estes painéis uma cercadura de folhagens que se prolonga e acompanha o desenho dos arcos. Em torno do arco triunfal, foram aplicados azulejos de figura avulsa, com motivos florais. É possível que sejam exemplares de fabrico coimbrão, como indica a presença do elemento de ligação nos cantos, factor diferenciador em relação ao fabrico lisboeta (SIMÕES,1979, p. 149; MECO, 1986). Contudo, sabemos, pelo painel com a representação de Nossa Senhora da Conceição, que se encontra sobre o arco, que este conjunto se deve à iniciativa do Doutor Duarte Brito e que foi mandado fazer em 1714 (SIMÕES, 1979, p. 149). A capela-mor exibe, também, um revestimento azulejar de padrão, com certeza da mesma época. Note-se, contudo, que parte dos azulejos denota alterações ao posicionamento original, talvez consequência de restauros. Por sua vez, os retábulos de talha dourada dos três altares, proto-barrocos, remontam ao final do século XVII ou ao início do seguinte. O retábulo-mor é mais imponente, revelando os restantes um gosto popular (CORREIA, 1953). Assim, percebemos como a estrutura arquitectónica quinhentista, erguida por vontade da população foi, entre o final do século XVII e o início do século XVIII, dinamizada pelo azulejo azul e branco, que então começava a surgir em grandes painéis figurados ou, numa primeira fase, em exemplares de figura avulsa, como é o caso dos que aqui encontramos. De facto, parece-nos que o eventual contacto privilegiado com a produção holandesa (de que a Casa do Paço é um dos melhores exemplos) possa ter mantido e prolongado um gosto pelos azulejos de figura avulsa, justificando a opção do encomendador Duarte de Brito, em 1714. A talha dourada complementou o brilho e o colorido do azulejo, contribuindo para a actualização estética e litúrgica do período barroco ou, neste caso, proto-barroco, pois embora a renovação decorativa tenha ocorrido já na segunda década de Setecentos, é o gosto do final do século XVII que aqui observamos. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||||||
Processo | Junto da antiga Praça de Buarcos e dela separada pela estrada Figueira da Foz-Cabo Mondego | ||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Azulejaria Portuguesa | MECO, José | Edição | 1986 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1985 |
Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa | |
Figueira da Foz | BORGES, José Pedro de Aboim | Edição | 1991 | Lisboa | |
Inventario artistico de Portugal - Distrito de Coimbra | Colecção |
Capela de Nossa Senhora da Conceição - Fachada principal
Capela de Nossa Senhora da Conceição - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor
Capela de Nossa Senhora da Conceição - Vista geral (DGEMN, 1960)
Capela de Nossa Senhora da Conceição - Fachada lateral direita (DGEMN, 1960)
Capela de Nossa Senhora da Conceição - Interior: púlpito (ANBA)