Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Capela de São Martinho
Designação
DesignaçãoCapela de São Martinho
Outras Designações / PesquisasCapela de São Martinho (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCastelo Branco/Covilhã/Covilhã e Canhoso
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Marquês de Ávila e BolamaCovilhã Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.277757-7.507651
DistritoCastelo Branco
ConcelhoCovilhã
FreguesiaCovilhã e Canhoso
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 45 327, DG, I Série, n.º 251, de 25-10-1963 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12700426
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaTradicionalmente apontado como o mais antigo templo cristão da Covilhã, permanecem muitas dúvidas a respeito da sua exacta cronologia. A opinião mais consensual atribui a construção ao século XII, em relação com o foral passado por D. Sancho I à cidade, em 1186, e com a primitiva paróquia de São Martinho (GOMES, 2003, p.85). O mais natural, todavia, é que o monumento date, já, do século XIII, mais de acordo com o Românico tardio que caracteriza a transição para a Baixa Idade Média nas regiões do interior do país. Como se desconhece, por inteiro, o programa construtivo de finais do século XII para a cidade, a igreja de São Martinho institui-se como o monumento estilisticamente emblemático desses primeiros tempos de vida da Covilhã.
Implanta-se numa área excêntrica do actual centro histórico, em plataforma artificial ainda hoje dominante sobre a via pública e sobre a ribeira da Degoldra. Esta implantação sugere uma pré-existência de alguma relevância, que poderá estar na origem de um templo tão cronologicamente recuado em zona não fulcral da cidade medieval.
Planimetricamente, a igreja não apresenta novidades, justapondo-se ao rectângulo da nave um outro corpo rectangular, mais baixo e estreito, correspondente à capela-mor. A fachada principal, embora de modestas proporções, evidencia algum cuidado, com o portal cavado na caixa murária, composto por duas arquivoltas de arco de volta perfeita, sobre colunas cujos capitéis apresentam motivos vegetalistas. No tímpano, releva-se um elemento quadrifoliado. Sobre o portal, e ocupando o espaço axial até à empena, existe uma janela que filtra luz para o interior, definida à maneira de portal, com arquivolta de capitéis vegetalistas. Entre a janela e o portal, em posição horizontal e coerente entre si, existem quatro mísulas, que podem ter sido os pontos de apoio de um desaparecido alpendre. Os portais laterais são igualmente de arco a pleno centro, embora de maior simplicidade.
O interior é escassamente iluminado, como é comum no Românico, juntando-se à janela da frontaria duas minúsculas frestas em cada lado da nave. O arco triunfal mantém a composição românica, a pleno centro entre colunas de capitéis invariavelmente vegetalistas.
Durante a época moderna, foram várias as reformas artísticas por que o templo passou, que actuaram exclusivamente sobre os elementos integrados e móveis do conjunto. Na transição para o século XVI deram-se importantes obras, com colocação de azulejos, feitura de um retábulo de madeira (de que se conservam duas tábuas, representando Santo Estêvão e São Lourenço, actualmente na Reitoria da Universidade da Beira Interior) e realização de pinturas murais, cujos vestígios se encontram por trás dos retábulos laterais. No período barroco, fizeram-se os actuais retábulos de talha dourada, assim como uma tela alusiva ao Calvário.
Nos anos 50 do século XX, a igreja foi integralmente intervencionada, de acordo com a Teoria da Unidade de Estilo. O campanário que existia do lado Norte, e que se constituía em amplo maciço pétreo rectangular, de construção aparentemente medieval, foi destruído, assim como algum recheio do interior, sem, todavia, chegar às atitudes drásticas que se verificaram em outros conjuntos medievais, que nos parecem hoje demasiado "despidos" e, por isso mesmo, artificiais.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens10
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Covilhã - percursos de uma história secularGOMES, PaulinoEdição2003Covilhã
Subsídios para a Monographia da CovilhanQUINTELLA, Arthur de MouraEdição1899

IMAGENS

Capela de São Martinho - Fachada principal

Capela de São Martinho - Vista geral das fachadas lateral esquerda e principal (DGEMN)

Capela de São Martinho - Fachada principal (DGEMN)

Capela de São Martinho - Fachadas posterior e lateral esquerda (DGEMN)

Capela de São Martinho - Interior: nave e capela-mor (DGEMN)

Capela de São Martinho - Interior: nave e porta principal (DGEMN)

Capela de São Martinho - Vista geral

Capela de São Martinho - Vista geral

Capela de São Martinho - Fachada principal

Capela de São Martinho - Fachada principal

MAPA

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