Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Forte Novo (troço de muralha)
Designação
DesignaçãoForte Novo (troço de muralha)
Outras Designações / PesquisasForte Novo / Bateria Nova do Governador (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Forte
TipologiaForte
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Cascais/Cascais e Estoril
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Pedra da Nau Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.689895-9.426459
DistritoLisboa
ConcelhoCascais
FreguesiaCascais e Estoril
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
Edital de 7-05-1974 da CM de Cascais
Despacho de homologação de 9-04-1974 do Secretário de Estado da Instrução e Cultura
Parecer de 5-12-1974 da 4.ª Subsecção da 2.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12736327
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
O que subsiste atualmente do Forte Novo de Cascais é um pequeno troço de muralha de aparelho pétreo irregular, que forma um semicírculo irregular, frente à chamada Pedra da Nau, entre a Ponta de Santa Marta e a Boca do Inferno.
História
O Forte Novo, também conhecido como Bateria Nova do Governador, foi construído na zona a oeste de Cascais na primeira metade do século XIX, possivelmente nos primeiros anos da década de 30. De facto, este pequeno fortim surge já mencionado em 1833, na Planta da Costa, compreendida entre o Cabo da Roca e Cascais, o que atesta que estava a funcionar já neste ano.
Planimetricamente, esta fortificação tem paralelos imediatos com as de Cresmina, Praia do Guincho, Alta e Galé, numa linha de continuidade em relação às obras militares costeiras setecentistas. De secção levemente estrelada, com prolongamentos em cunha sobre os ângulos de um hipotético quadrado, possuía porta de armas voltada a terra. No interior, os compartimentos da guarnição adossavam-se à secção setentrional, ladeando a porta, enquanto a face voltada ao mar era preenchida com as canhoeiras. Estas seriam seis e estavam assentes sobre um parapeito de três lanços, no segmento central do muro.
À época, a vila de Cascais era uma das localidades portuguesas com mais fortalezas costeiras no seu entorno pelo que o objetivo da edificação deste pequeno forte junto ao mar permanece ainda envolto em alguma dúvida. Muito possivelmente a decisão de erigir esta bateria na Pedra da Nau prendeu-se com a guerra civil que se vivia no território português no início da terceira década de Oitocentos, opondo liberais a absolutistas. De facto, sabe-se que o Forte Novo foi abandonado depois de as tropas absolutistas se retirarem da região de Lisboa em Outubro de 1833, o que pode indiciar que a sua construção se prendeu apenas com um reforço da costa cascalense no contexto desta guerra, prevendo-se o seu abandono depois, já que teria perdido a sua função militar mais imediata.
Em 1868 o capitão de engenharia António Joaquim Pereira noticiava que o fortim estava já muito arruinado, o que parece ser esclarecedor quanto à menor qualidade do projeto arquitetónico ou, pelo menos, quanto à extrema rapidez da sua construção, que terá privilegiado características mais utilitárias.
Depois da segunda metade de Oitocentos, a estrutura defensiva foi sendo progressivamente abandonada levando a uma irreversível ruína. No ano de 1872, o terreno onde se encontra o imóvel foi adquirido pelo Visconde de Gandarinha, que preservou temporariamente o monumento da destruição. No entanto, tal não foi suficiente para que se produzisse uma efetiva reabilitação do conjunto, restando dele apenas pequenos troços de muros sem leitura definida.
Ainda assim, o Forte Novo foi classificado em 1977 como de interesse público, devendo ser considerado uma memória das Lutas Liberais em Portugal, e mais um dos muitos elementos do sistema defensivo da costa marítima de Cascais construído durante a época moderna.
Catarina Oliveira
DGPC, 2021
ProcessoFrente à Pedra da Nau, entre Santa Marta e a Boca do Inferno, junto à EN 6
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens3
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Historia e geografia de Cascais.ENCARNAÇÃO, José d'EdiçãoPublicado a 1979
As fortalezas da costa marítima de CascaisLOURENÇO, Manuel AcácioEdição1964Cascais
"A praça de Cascais e as fortalezas suas dependentes", Revista Militar, nº5, separataCALLIXTO, Carlos PereiraEdição1978Lisboa

IMAGENS

Forte Novo (troço da Pedra da Nau) - Vista do troço do lado de terra

Forte Novo (troço da Pedra da Nau) - Vista do troço do lado do mar

Forte Novo (troço da Pedra da Nau) - Vista geral

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt