Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Área Arqueológica do Torrão
Designação
DesignaçãoÁrea Arqueológica do Torrão
Outras Designações / PesquisasCabeço do Torrão / Área arqueológica do Torrão (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Sítio Arqueológico - Circuitos Arqueológicos Antas de Elvas
TipologiaSítio Arqueológico - Circuitos Arqueológicos Antas de Elvas
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Elvas/Santa Eulália
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Monte do TorrãoTorrão Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.979118-7.273195
DistritoPortalegre
ConcelhoElvas
FreguesiaSanta Eulália
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como SIP - Sítio de Interesse Público
CronologiaDeclaração de retificação n.º 775/2012, DR, 2.ª série, n.º 115, de 15-06-2012 (retificou a freguesia para Santa Eulália) (ver Declaração)
Portaria n.º 401/2011, DR, 2.ª Série, n.º 43, de 2-03-2011 (sem restrições) (ver Portaria)
Edital N.º 18/01 de 4-07-2001 da CM de Elvas
Despacho de homologação de 15-05-2001 do Ministro da Cultura
Despacho de concordância de 23-04-2001 do presidente do IPPAR
Parecer favorável de 22-02-2001 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 21-01-1999 da DR de Évora do IPPAR para a classificação como IIP
Edital N.º 42/97 de 31-07-1997 da CM de Elvas
Despacho de abertura de 25-06-1997 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 25-07-1997 do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação
ZEPDeclaração de retificação n.º 775/2012, DR, 2.ª série, n.º 115, de 15-06-2012 (retificou a freguesia para Santa Eulália) (ver Declaração)
Portaria n.º 401/2011, DR, 2.ª Série, n.º 43, de 2-03-2011 (sem restrições) (ver Portaria)
Despacho de homologação de 16-09-2010 do Secretário de Estado da Cultura
Edital N.º 2/2010 de 4-01-2010 da CM de Elvas
Parecer favorável de 15-07-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 26-06-2007 do Departamento de Salvaguarda do IGESPAR, I.P.
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA definição da Área arqueológica do Torrão fundamentou-se num trabalho de investigação financiado pelo IPPAR que permitiu conhecer bem um território cultural, cujos vestígios pré-históricos documentam estratégias de povoamento que se foram adaptando com a crescente capacidade de captação dos recursos naturais das populações. Ao controle destes recursos naturais associava-se, simultaneamente, a premência da sacralização das respectivas paisagens, manifestada quer pela presença de recintos sagrados (cromeleque) quer pela distribuição dos monumentos funerários. A identificação de áreas habitacionais (povoados), de recintos sagrados (cromeleque), de áreas funerárias/sacralizadas (sepultura megalítica e antas), com uma sucessão de tipologias arquitectónicas evidenciavam uma evolução cronológica, tecnológica e de mentalidades que se pretendia valorizar.
Os dados de que dispomos apontam para a hipótese de a partir do Cabeço do Torrão, no neo-calcolítico se estruturar a apropriação efectiva do território envolvente, ou seja, a partir de pequenos cabeços bem evidenciados na paisagem, onde se situam pequenos habitats ou, dos monumentos funerários de arquitectura mais monumental cujo expoente máximo é a anta do Torrão, controlam-se as zonas baixas de solos férteis, com abundância de águas (Ribeiras do Torrão e da Murteira). Esta estratégia de povoamento vai-se prolongar, pelo menos, até à idade do ferro, com novas exigências, como a necessidade de fortificar os povoados, cuja área de influência também certamente aumentará, como é o caso do povoado do Castelejo. As manchas dispersas com materiais romanos, documentam outra forma de ocupação, neste caso, relacionável com a romanização do povoado do Castelejo ou, ainda, uma villa situada nas proximidades. A sua presença aponta para possíveis estruturas cujas funções podem estar associadas às linhas de água que ladeiam o Cabeço do Torrão, por isso interessava salvaguardá-las como testemunhos de povoamento diacrónico, nesta micro unidade geográfica.
Foi esta visão de conjunto de uma micro unidade geográfica com vestígios de uma ocupação humana, com diferentes tipologias, graus de visibilidade e monumentalidade, permitindo uma leitura diacrónica que orientou a proposta de salvaguarda da paisagem cultural em causa.
No Cabeço do Torrão foram identificadas estruturas correspondentes a duas fases de ocupação humana. Numa primeira fase foi erguido um cromeleque, deste recinto sagrado restam doze menires espalhados pelo topo da plataforma e pelas vertentes nascente e poente. Num segundo momento, no final do neolítico e na área limítrofe ao cromeleque foi construído um recinto habitacional. Este é delimitado e defendido por um fosso ao qual deviam estar associadas uma lomba de terra e uma cerca de madeira ou paliçada. No interior foram identificadas catorze fossas escavadas na rocha, possíveis áreas de armazenamento certamente integradas em cabanas.
Na base do Cabeço situa-se uma pequena sepultura megalítica de planta rectangular. Implantada numa fossa aberta na rocha, revestida por 4 esteios unidos por muros de pedra. Junto da cabeceira existe um nicho que pode ter servido para colocar um menir a sinalizar o monumento que pelas suas características arquitectónicas se dilui na paisagem. A escavação desta sepultura megalítica permitiu detectar um ritual funerário, definido pela presença de alguns fragmentos de ossos, provavelmente humanos, um machado, uma enxó e um elemento de foice em sílex.
Ana Carvalho Dias / IGESPAR, I.P. /2009
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPAnta do Torrão
Outra ClassificaçãoAnta do Torrão
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias0

IMAGENS

Área Arqueológica do Torrão - Planta com a demarcação do sítio e da ZEP em vigor (50 metros, coincidente com a anterior ZP)

Área Arqueológica do Torrão - Fragmentos de menires

Área Arqueológica do Torrão - Esteios de câmara funerária megalítica

Área Arqueológica do Torrão

Área Arqueológica do Torrão

MAPA

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