Fábrica de moagem do Caramujo (antiga) | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Fábrica de moagem do Caramujo (antiga) | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Fábrica de Moagem do Caramujo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Fábrica | ||||||||||||
Tipologia | Fábrica | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Almada/Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Almada | ||||||||||||
Freguesia | Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002 (ver Decreto) Edital N.º 42 de 16-06-1997 da CM de Almada Despacho de homologação de 27-03-1997 do Ministro da Cultura Despacho de concordância de 12-03-1997 do presidente do IPPAR Parecer de 10-03-1997 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP Em 29-05-1992 foi dado conhecimento do despacho à CM de Almada Despacho de 15-04-1992 do vice-presidente do IPPC a determinar a abertura da instrução do processo de classificação Proposta de 15-04-1992 do IPPC para a abertura da instrução de processo de classificação Proposta de classificação de 22-01-1992 do Professor Arquitecto Carlos Antero Ferreira | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181502 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A Fábrica do Caramujo foi construída em 1872 e, poucos anos depois, em 1889, foi adicionado um corpo ao anterior conjunto de quatro pavimentos erguido na década de 70. A 10 de Junho de 1897, a fábrica sofreu um violento incêndio, que a destruiu quase por completo. O então proprietário, confrontado com a fragilidade da anterior construção, patrocinou uma nova edificação, para que «semelhante catástrofe não pudesse voltar a repetir-se" (cf. FLORES, 1992, p.72). O projecto levou somente um ano a ser efectivado, estando terminado no Verão de 1898, e o resultado foi a "primeira obra arquitectónica integralmente estruturada em betão armado e executada em Portugal" (SANTOS, 1993, p.43), processo de origem francesa (patenteado por François Hennebique) e introduzido em Portugal dois antes do incêndio do Caramujo. Em termos funcionais, a "nova" fábrica obedeceu à planta e volumetria do edifício original. Seis pisos, diferenciados de acordo com as várias fases de transformação dos cereais, faziam com que o circuito de produção fosse concentrado num só edifício. O ciclo moageiro iniciava-se pelo andar superior, pela trituração, aproveitando a gravidade, e culminava no piso térreo, onde se processava a carga e descarga de produtos. Os dois primeiros pisos têm uma curiosa organização em relação à fachada principal, que se estrutura em pé-direito duplo, com altos janelões, sem que se denuncie, do lado exterior, os dois pisos aqui incluídos. A fachada principal é algo classicizante, com três panos verticais, hierarquizados a partir das dimensões dos vãos (mais amplos os do corpo central e mais estreitos os dos laterais). No topo, coroando a frontaria, eleva-se platidabanda tripartida corrida, com urnas nas extremidades, que enquadram um alto frontão com a legenda da empresa proprietária da fábrica - A. J. GOMES & C. -, encimado por tímpano triangular. A derradeira grande fase de obras no conjunto ocorreu em 1960, quando uma parte do esquema construtivo de 1898 foi sacrificado em benefício de uma modernização, cujo principal elemento foi a inclusão de silos cilíndricos adossados ao edifício. A decadência, todavia, chegou pouco tempo depois, o que determinou a paralização dos trabalhos e o início de um relativamente longo processo de decadência. Em 2002, a Câmara Municipal de Almada adquiriu o imóvel à Sociedade Industrial Aliança, facto que significou o primeiro passo para a manutenção do monumento enquanto marca do impacto que a Industrialização teve no concelho e como símbolo de um processo construtivo - o betão armado - que tanto sucesso conheceu no século XX. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Almada Antiga e Moderna - Roteiro Iconográfico - vol. III (freguesia da Cova da Piedade) | FLORES, Alexandre M. | Edição | 1990 | Almada | |
António José Gomes. O Homem e o Industrial | FLORES, Alexandre M. | Edição | 1992 | Almada | |
"A Fábrica de Moagem do Caramujo (1897-1898). Novos dados sobre a introdução do betão armado em Portugal", Jornadas de Estudo sobre Almada, pp.43-48 | SANTOS, António Maria A. | Edição | 1993 | Almada | |
Para o estudo da Arquitectura Industrial na região de Lisboa (1846-1918), Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Nova de Lisboa | SANTOS, António Maria A. | Edição | 1996 | Lisboa | |
"A fábrica de moagem «António José Gomes» em Almada. Um caso pioneiro da arquitectura do betão em Portugal (1897-98)", II Jornadas Ibéricas do Património Industrial | SANTOS, António Maria A. | Edição | 1994 | Lisboa | |
Arquitectura Moderna e Obra Global a partir de 1900 | TOSTÕES, Ana | Edição | 2009 | Porto | Colecção Arte Portuguesa - Da Pré-História ao Século XX, n.º 16 |
Fábrica de Moagem do Caramujo - Planta com a delimitação e a ZP em vigor