Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Fábrica de moagem do Caramujo (antiga)
Designação
DesignaçãoFábrica de moagem do Caramujo (antiga)
Outras Designações / PesquisasFábrica de Moagem do Caramujo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Fábrica
TipologiaFábrica
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSetúbal/Almada/Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Manuel José GomesCaramujo Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.672433-9.153537
DistritoSetúbal
ConcelhoAlmada
FreguesiaAlmada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002 (ver Decreto)
Edital N.º 42 de 16-06-1997 da CM de Almada
Despacho de homologação de 27-03-1997 do Ministro da Cultura
Despacho de concordância de 12-03-1997 do presidente do IPPAR
Parecer de 10-03-1997 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP
Em 29-05-1992 foi dado conhecimento do despacho à CM de Almada
Despacho de 15-04-1992 do vice-presidente do IPPC a determinar a abertura da instrução do processo de classificação
Proposta de 15-04-1992 do IPPC para a abertura da instrução de processo de classificação
Proposta de classificação de 22-01-1992 do Professor Arquitecto Carlos Antero Ferreira
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181502
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA Fábrica do Caramujo foi construída em 1872 e, poucos anos depois, em 1889, foi adicionado um corpo ao anterior conjunto de quatro pavimentos erguido na década de 70. A 10 de Junho de 1897, a fábrica sofreu um violento incêndio, que a destruiu quase por completo. O então proprietário, confrontado com a fragilidade da anterior construção, patrocinou uma nova edificação, para que «semelhante catástrofe não pudesse voltar a repetir-se" (cf. FLORES, 1992, p.72). O projecto levou somente um ano a ser efectivado, estando terminado no Verão de 1898, e o resultado foi a "primeira obra arquitectónica integralmente estruturada em betão armado e executada em Portugal" (SANTOS, 1993, p.43), processo de origem francesa (patenteado por François Hennebique) e introduzido em Portugal dois antes do incêndio do Caramujo.
Em termos funcionais, a "nova" fábrica obedeceu à planta e volumetria do edifício original. Seis pisos, diferenciados de acordo com as várias fases de transformação dos cereais, faziam com que o circuito de produção fosse concentrado num só edifício. O ciclo moageiro iniciava-se pelo andar superior, pela trituração, aproveitando a gravidade, e culminava no piso térreo, onde se processava a carga e descarga de produtos. Os dois primeiros pisos têm uma curiosa organização em relação à fachada principal, que se estrutura em pé-direito duplo, com altos janelões, sem que se denuncie, do lado exterior, os dois pisos aqui incluídos. A fachada principal é algo classicizante, com três panos verticais, hierarquizados a partir das dimensões dos vãos (mais amplos os do corpo central e mais estreitos os dos laterais). No topo, coroando a frontaria, eleva-se platidabanda tripartida corrida, com urnas nas extremidades, que enquadram um alto frontão com a legenda da empresa proprietária da fábrica - A. J. GOMES & C. -, encimado por tímpano triangular.
A derradeira grande fase de obras no conjunto ocorreu em 1960, quando uma parte do esquema construtivo de 1898 foi sacrificado em benefício de uma modernização, cujo principal elemento foi a inclusão de silos cilíndricos adossados ao edifício. A decadência, todavia, chegou pouco tempo depois, o que determinou a paralização dos trabalhos e o início de um relativamente longo processo de decadência. Em 2002, a Câmara Municipal de Almada adquiriu o imóvel à Sociedade Industrial Aliança, facto que significou o primeiro passo para a manutenção do monumento enquanto marca do impacto que a Industrialização teve no concelho e como símbolo de um processo construtivo - o betão armado - que tanto sucesso conheceu no século XX.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Almada Antiga e Moderna - Roteiro Iconográfico - vol. III (freguesia da Cova da Piedade)FLORES, Alexandre M.Edição1990Almada
António José Gomes. O Homem e o IndustrialFLORES, Alexandre M.Edição1992Almada
"A Fábrica de Moagem do Caramujo (1897-1898). Novos dados sobre a introdução do betão armado em Portugal", Jornadas de Estudo sobre Almada, pp.43-48SANTOS, António Maria A.Edição1993Almada
Para o estudo da Arquitectura Industrial na região de Lisboa (1846-1918), Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Nova de LisboaSANTOS, António Maria A.Edição1996Lisboa
"A fábrica de moagem «António José Gomes» em Almada. Um caso pioneiro da arquitectura do betão em Portugal (1897-98)", II Jornadas Ibéricas do Património IndustrialSANTOS, António Maria A.Edição1994Lisboa
Arquitectura Moderna e Obra Global a partir de 1900TOSTÕES, AnaEdição2009PortoColecção Arte Portuguesa - Da Pré-História ao Século XX, n.º 16

IMAGENS

Fábrica de Moagem do Caramujo - Planta com a delimitação e a ZP em vigor

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