>Villa Romana do Montinho das Laranjeiras | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | >Villa Romana do Montinho das Laranjeiras | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Villa Romana do Montinho das Laranjeiras (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Villa | ||||||||||||
Tipologia | Villa | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Alcoutim/Alcoutim e Pereiro | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Alcoutim | ||||||||||||
Freguesia | Alcoutim e Pereiro | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como SIP - Sítio de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 883/2013, DR, 2.ª série, n.º 240, de 11-12-2013 (sem restrições) (ver Portaria) Despacho de homologação de 29-04-1997 do Ministro da Cultura Parecer de 17-03-1997 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP Despacho de abertura de 21-02-1996 do vice-presidente do IPPAR Proposta de abertura de 31-01-1996 do Departamento de Arqueologia do IPPAR Proposta de classificação de 18-08-1994 da FCSH da Universidade Nova de Lisboa | ||||||||||||
ZEP | Despacho de 4-09-2013 da diretora-geral da DGPC a determinar a reanálise da ZEP Anúncio n.º 18153/2011, DR, 2.ª série, n.º 234, de 7-12-2011 (ver Anúncio) Parecer favorável de 15-12-2010 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Despacho de 20-10-2010 do director do IGESPAR, I.P. a enviar o processo para parecer da SPAA do Conselho Nacional de Cultura, concordando com uma ZEP idêntica à ZP (50 m) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Posta a descoberto por uma cheia do Guadiana em 1876, o sítio arqueológico do Montinho das Laranjeiras compõe-se, genericamente, de uma uilla romana, mas revela ocupação que se prolonga por toda a Alta Idade Média, chegando, mesmo, às vésperas da (re)conquista cristã do território. Na origem, o entreposto romano aqui sediado beneficiou da proximidade do rio, servindo de base de apoio ao comércio do Guadiana para Mértola e Mérida e, destas cidades, para o Mediterrâneo. Um porto parece ter estado sempre activo, independentemente das vagas civilizacionais que se sucederam no domínio pelo território: romanos; vândalos; bizantinos; visigodos; muçulmanos emirais, califais, taifas e almóadas... A uilla encontra-se ainda longe de estar escavada na sua totalidade, mas é possível reconhecer algumas estruturas habitacionais romanas, maioritariamente quadrangulares, por vezes associadas a pátios centrais, em torno dos quais se dispõem racionalmente os compartimentos. Um dos maiores motivos de interesse desta estação arqueológica é o facto de possuir uma igreja cruciforme, ao que tudo indica "a mais antiga com este tipo de planta que conhecemos na Península Ibérica, assim como aquela que nos surge mais a sul" (MACIEL, 2003, p.119). A cronologia exacta a atribuir ao monumento apresenta dificuldades semelhantes às que se verificam na Capela de Nossa Senhora da Rocha, em Lagoa, se bem que aqui estejamos melhor informados acerca das realidades arqueológicas em presença. Os estudos mais concretos devem-se a Manuel Justino Maciel que, ao longo da última década e meia, se tem dedicado a este monumento religioso. De acordo com as suas conclusões, são as duas fases construtivas da ecclesia, reveladoras de distintos momentos civilizacionais. A primeira construção (a que corresponde, genericamente, a planta do templo) verificou-se nos "fins do séc. VI, princípios do séc. VII", em pleno período de domínio bizantino do Sul da Península (MACIEL, 1996, p.94). Ao que tudo indica adaptando-se a um urbanismo pré-existente, determinado pela localização paralela ao rio das antigas estruturas, a igreja é de planta centralizada, de braços praticamente iguais. A cabeceira voltava-se a SE. e articula-se, para Ocidente, com um braço relativamente mais longo e de três compartimentos, contendo o extremo o baptistério. A entrada principal situava-se, presumivelmente, do lado NE., através de um átrio de dupla entrada, que teria correspondência com o braço oposto, também ele com uma habitação de dupla entrada (IDEM, p.95 - planta). Em termos estilísticos, este edifício integra-se numa corrente ravenaico-bizantina de raiz mediterrânica, com decoração rica que poderia integrar motivos ao longo das paredes e da cobertura (IDEM, p,100). Algum tempo depois, numa cronologia que oscila entre o derradeiro século de domínio visigótico e o advento do moçarabismo peninsular, a igreja foi objecto de uma reforma. Acrescentou-se uma nova cabeceira à anteriormente existente e refizeram-se os esquemas de acesso e de circulação; paralelamente, uma parte considerável do interior foi aproveitado para enterramentos e desta fase parece datar um fragmento de imposta que, "pela pobreza do material, pelas reduzidas dimensões e pela grande imperfeição técnica" da sua decoração, foi considerada uma obra já tardia, "talvez sinal de um abrandamento no calor económico das transacções efectuadas através do Guadiana, posteriormente aos meados do século VII" (IDEM, pp.98 e 100). A arqueologia não resolveu os problemas de transição para a época islâmica. A identificação de cerâmicas califais (COUTINHO, 1993) e, mais recentemente, de alguma almóada, veio colocar numerosas perguntas ainda sem respostas. A opinião mais consensual é a de que o Montinho tenha servido de mosteiro moçárabe, mas, de momento, a "única certeza" é o facto de a igreja ter permanecido "aberta ao culto durante a ocupação islâmica" (REAL, 1995, p.51; CATARINO, 1997/98, vol. I, p.100). PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 23 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Antiguidades Monumentaes do Algarve, vol. 2 | VEIGA, Sebastião Filipe Martins Estácio da | Edição | 1888 | Lisboa | Publicado a 1886-1891 |
"O Algarve oriental durante a ocupação islâmica - povoamento rural e recintos fortificados", Al- Ulyã, nº6, 3 vols. | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1997 | Loulé | n.º 6, 3 vols. |
O Algarve islâmico : roteiro por Faro, Loulé, Silves e Tavira | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 2002 | Faro | |
Terra sigillata clara do Montinho das Laranjeiras, Dissertação de Mestrado em História da Arte apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa | COUTINHO, Hélder Manuel Ribeiro | Edição | 1995 | Lisboa | |
"Sigilata clara do Montinho das Laranjeiras (Escavações de 1990)", IV Reunião de Arqueologia Cristã Hispânica, pp.507-514 | COUTINHO, Hélder Manuel Ribeiro | Edição | 1995 | Barcelona | |
"Cerâmica muçulmana do Montinho das Laranjeiras", Arqueologia Medieval, nº2, pp.39-53 | COUTINHO, Hélder Manuel Ribeiro | Edição | 1993 | Porto | |
"Portugal: cultura visigoda e cultura moçárabe", Visigodos y Omeyas. Un debate entre la Antiguedad Tardia y la Alta Edad Media, pp.21-75 | REAL, Manuel Luís | Edição | 2000 | Madrid | |
"Inovação e resistência: dados recentes sobre a antiguidade cristã no ocidente peninsular", IV Reunião de Arqueologia Cristã Hispânica (Lisboa, 1992), 1995, pp.17-68 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1995 | ||
"Antigualhas Romanas do Algarve", O Archeólogo Portuguez, 1ª sér., nº4, pp.280-281 | VASCONCELLOS, José de Leite de | Edição | 1898 | Lisboa | Publicado a 1898 |
Documentos de Estácio da Veiga para o estudo da arqueologia do Algarve : I Catálogo de plantas, desenhos e mosaicos | MACHADO, João Luís Saavedra | Edição | 1970 | Lisboa | |
Arqueologia Romana do Algarve | SANTOS, Maria Luisa Estácio da Veiga Afonso dos | Edição | 1972 | Lisboa | Publicado a 1972 |
"O território de Balsa na Antiguidade Tardia", Tavira. Território e Poder, catálogo de exposição, pp.105-126 | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 2003 | Lisboa | |
"Do romano ao islâmico: as escavações de 1997 no Montinho das Laranjeiras (Algarve)", Actas do III Congresso de Arqueologia Peninsular, vol. 6, pp.657-668 | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 2000 | Porto | |
"Suevos, Bizantinos e Visigodos no Sul da Bética e da Lusitânia. Arte, percursos e fronteiras", Trabalhos de Antropologia e Etnologia, nº40 (1-2), pp.185-194 | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 2000 | Porto | |
"Trois églises de plan cruciforme au Portugal et les trajets méditerranéens des VIe et VIIe siècles", XIII Congressus Internationalis Archaelogiae Christianae | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 1998 | Split | |
"Vectores da arte paleocristã em Portugal nos contextos suévico e visigótico", XXXIX Corso di Cultura sull'Arte Ravennate e Bizantina, pp.435-495 | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 1992 | Ravena | |
"Montinho das Laranjeiras (Alcoutim). Escavação de 1995", Arqueologia Medieval, nº6, pp.5-10 | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 1999 | Porto / Mértola | |
"A "Villa" romana fluvial do Montinho das Laranjeiras, junto ao Guadiana (Algarve). Escavações de 1991", Arqueologia en el Entorno del Bajo Guadiana. Actas del Encuentro Internacional de Arqueologia del Suroeste, pp.469-484 | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 1994 | Huelva | |
Antiguidade Tardia e paleocristianismo em Portugal | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 1996 | Lisboa | |
"A Época Clássica e a Antiguidade Tardia", História da Arte Portuguesa, vol. I | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 1995 | Lisboa | |
"Reescavações na villa romana do Montinho das Laranjeiras (Alcoutim)", Arqueologia Medieval, nº2, pp.31-38 | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 1993 | Porto | Publicado a 1993 |
"O século XX e a arqueologia muçulmana em Portugal", Arqueologia e História, vol. 54, pp.203-220 | GOMES, Rosa Varela | Edição | 2002 | Lisboa | |
Levantamento Arqueológico do Concelho de Alcoutim | GRADIM, Alexandra | Edição | 1997 | Alcoutim |
Villa Romana do Montinho das Laranjeiras - Vista geral
Villa Romana do Montinho das Laranjeiras - Vista geral
Villa Romana do Montinho das Laranjeiras - Planta com a delimitação do sítio em vias e a ZP em vigor
Villa Romana do Montinho das Laranjeiras - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor
Villa Romana do Montinho das Laranjeiras - Vista geral