Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Tholos do Monge
Designação
DesignaçãoTholos do Monge
Outras Designações / PesquisasTholos do Monge (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaNão Definida / Monumento
TipologiaMonumento
CategoriaNão Definida
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Sintra/Colares
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Vigia do Monge Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.774284-9.441444
DistritoLisboa
ConcelhoSintra
FreguesiaColares
Proteção
Situação ActualEm Vias de Classificação
Categoria de ProtecçãoEm Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)
Cronologia(Projeto de diploma enviado à tutela para publicação)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 21-01-2020 da diretora-geral da DGPC
Despacho de 13-08-2019 da diretora-geral da DGPC para elaborar proposta de diploma de classificação
Em 31-08-2017 a CM de Sintra informou que iria iniciar de imediato a limpeza do local, e até ao final do ano iniciar a recuperação do monumento
Em 4-04-2017 foram solicitadas informações sobre o estado do monumento à CM de Sintra e à Parques de Sintra-Monte da Lua
Em 29-02-2012 o MASMO enviou documentação sobre o assunto
Em Fevereiro de 2012 foi solicitado ao MASMO um levantamento fotográfico, tendo em vista a tomada de uma decisão final sobre a classificação
Em 21-01-2008 técnicos da DRC de Lisboa e Vale do Tejo verificaram que o monumento se encontrava parcialmente coberto por vegetação, impedindo a leitura global da câmara e do caim, estando diversos esteios tombados e deslocados
Procedimento (indevidamente) prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Edital N.º 273/02 de 22-05-2002 da CM de Sintra
Edital N.º 321/96 de 5-12-1996 da CM de Sintra
Despacho de autorização e classificação de 17-06-1996 do Ministro da Cultura
Parecer favorável de 27-09-1993 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 3-11-1992 do Departamento de Arqueologia do IPPAR para a classificação como MN
Despacho de abertura de 17-09-1992 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 14-09-1992 do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação
Proposta de 3-08-1992 da CM de Sintra para a classificação como MN, após deliberações da câmara de 2-04-1992 e da assembleia municipal de 3-07-1992
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património MundialAbrangido pela Zona Tampão da "Paisagem Cultural e Natural de Sintra", incluída na Lista de Património Mundial - ZEP (nº 2 do art.º 72.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de Outubro)
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12737527
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaQuando os Serviços Geológicos foram instituídos, em meados do século XIX, no âmbito do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria, reunir-se-iam as condições essenciais ao desenvolvimento da jovem ciência arqueológica que, nas principais capitais europeias resultara na formação de sociedades, institutos e espaços museológicos que lhe eram inteiramente consagrados. Tentava-se, assim, ultrapassar paulatinamente os anos de atraso verificado em Portugal neste domínio científico, em grande parte devido às décadas em que se vira envolvido numa profunda crise interna, da qual as lutas liberais foram apenas uma das faces mais visíveis.
Instalado na capital portuguesa, era natural que as primeiras indagações realizadas no terreno por iniciativa dos engenheiros militares que predominavam neste organismo estatal privilegiassem a península de Lisboa, numa época em que os meios e as vias de comunicação ainda não conseguiam suprir as dificuldades de quem pretendia e necessitava de percorrer o país. Em todo o caso, foi graças aos estudos geológicos encetados de forma concertada e sistemática que se deram os primeiros passos no entendimento da pré-historicidade humana no actual território português, como se verificara, ademais, nos restantes países europeus onde a "Pré-história" já constituía uma disciplina plenamente afirmada, sobretudo após aquele que é considerado como o seu annus mirabilis (1859).
E, de facto, os estudos desenvolvidos desde então na península de Lisboa têm demonstrado, em grande parte graças à iniciativa precursora do conhecido engenheiro militar e geólogo Carlos Ribeiro (1813-1882), a riqueza arqueológica das suas regiões, com realce para a sintrense, como evidencia o número de arqueosítios já identificado e escavado, numa prova inegável das condições cinegéticas que desde sempre possibilitou a uma duradoura permanência humana. Esta presença é, aliás, bem patente nos diferentes testemunhos megalíticos aí existentes, acentuados por um marcado poliformismo denunciador da diversidade de influências culturais diacrónicas e sincrónicas observadas na actual península de Lisboa. Tipologia esta que, também, na região de Sintra, se encontra bem representada por alguns exemplares, como no caso dos tholoi, essencialmente destinados a inumações colectivas.
Identificado e escavado em 1878 por C. Ribeiro (vide supra), o "Tholos do Monge" encontra-se isoladamente no topo de uma das maiores elevações da Serra de Sintra, erguido durante o Calcolítico Pleno, entre c. de 2300 e c. de 2000 a. C., numa altura em que se reforçavam os sistemas defensivos de alguns povoados e se fortificavam novos "habitats" de cumeada estremenhos (JORGE, S. de O., 1990, p. 184), sendo posteriormente reutilizado já no Bronze Final (JORGE, V. de O., 1990, p. 243).
Aproveitando uma depressão natural do próprio maciço, o sítio é constituído por uma câmara de planta subcircular com cerca de quatro metros e meio de diâmetro máximo e paredes erguidas com lajes de diferentes dimensões colocadas horizontalmente, com aproximadamente dois metros de altura, coberta em falsa cúpula, tipo "clarabóia", "[...] cujas afinidades morfológicas mediterrânicas são bastante incisivas." (JORGE, S. de O., Idem, p. 126). E ainda que remanesçam quase em exclusivo os elementos estruturantes da câmara funerária, o sítio possuía originalmente corredor e átrio exterior . O espólio do tholos, basicamente recolhido ainda na segunda metade de oitocentos (vide supra), é constituído por cerâmica comum calcolítica e sílexes, actualmente expostos no Museu dos Serviços Geológicos de Portugal.
[AMartins]
ProcessoSector ocidental da Serra de Sintra, vértice geodésico
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens12
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider ForschungenLEISNER, VeraEdição1959Berlim
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider ForschungenLEISNER, Georg KlausEdição1959Berlim
"Complexificação das sociedades e sua inserção numa vasta rede de intercâmbios", Nova História de PortugalJORGE, Vítor de OliveiraEdição1990Lisboapp. 213-255
"Desenvolvimento da hierarquização social e da metalurgia", Nova História de PortugalJORGE, Susana de OliveiraEdição1990Lisboavol. I - Portugal das Origens à Romanização, pp. 181-187
"A consolidação do sistema agro-pastoril", Nova História de PortugalJORGE, Susana de OliveiraEdição1990Lisboapp. 102-162
Nota Sobre a Gruta da Ponte da Lage (Oeiras) e a Tholos do Monge (Sintra)FERREIRA, Octávio da VeigaEdição1957Coimbra
Nota Sobre a Gruta da Ponte da Lage (Oeiras) e a Tholos do Monge (Sintra)ZBYSZEWSKI, GeorgesEdição1957Coimbra
Nota Sobre a Gruta da Ponte da Lage (Oeiras) e a Tholos do Monge (Sintra)VIANA, AbelEdição1957Coimbra

IMAGENS

Tholos do Monge - Pormenor do aparelho de construção

Tholos do Monge - Esteio tombado e deslocado

Tholos do Monge - Marco geodésico

Tholos do Monge - Monólitos do arranque da cúpula

Tholos do Monge - Aspecto da câmara vista do átrio

Tholos do Monge - Vista de topo

Tholos do Monge - Interior da câmara

Tholos do Monge - Esteios tombados

Tholos do Monge - Pormenor do aparelho de construção

Tholos do Monge - Pormenor do aparelho de construção

Tholos do Monge - Lage do arranque da cúpula

Tholos do Monge - Planta com a delimitação e a ZP em vigor

MAPA

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