Tholos do Monge | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Tholos do Monge | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Tholos do Monge (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Não Definida / Monumento | ||||||||||||
Tipologia | Monumento | ||||||||||||
Categoria | Não Definida | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Sintra/Colares | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Sintra | ||||||||||||
Freguesia | Colares | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Anúncio n.º 93/2024, DR, 2.ª série, n.º 87, de 6-05-2024 (ver Anúncio) Despacho de 7-12-2023 da Secretária de Estado da Cultura a determinar o arquivamento do procedimento de classificação, com o fundamento de que se reporta aos anos 90, podendo ser aberto novo procedimento Projeto de diploma enviado à tutela para publicação Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 21-01-2020 da diretora-geral da DGPC Despacho de 13-08-2019 da diretora-geral da DGPC para elaborar proposta de diploma de classificação Em 31-08-2017 a CM de Sintra informou que iria iniciar de imediato a limpeza do local, e até ao final do ano iniciar a recuperação do monumento Em 4-04-2017 foram solicitadas informações sobre o estado do monumento à CM de Sintra e à Parques de Sintra-Monte da Lua Em 29-02-2012 o MASMO enviou documentação sobre o assunto Em Fevereiro de 2012 foi solicitado ao MASMO um levantamento fotográfico, tendo em vista a tomada de uma decisão final sobre a classificação Em 21-01-2008 técnicos da DRC de Lisboa e Vale do Tejo verificaram que o monumento se encontrava parcialmente coberto por vegetação, impedindo a leitura global da câmara e do caim, estando diversos esteios tombados e deslocados Procedimento (indevidamente) prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Edital N.º 273/02 de 22-05-2002 da CM de Sintra Edital N.º 321/96 de 5-12-1996 da CM de Sintra Despacho de autorização e classificação de 17-06-1996 do Ministro da Cultura Parecer favorável de 27-09-1993 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 3-11-1992 do Departamento de Arqueologia do IPPAR para a classificação como MN Despacho de abertura de 17-09-1992 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 14-09-1992 do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação Proposta de 3-08-1992 da CM de Sintra para a classificação como MN, após deliberações da câmara de 2-04-1992 e da assembleia municipal de 3-07-1992 | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | Abrangido pela Zona Tampão da "Paisagem Cultural e Natural de Sintra", incluída na Lista de Património Mundial - ZEP (nº 2 do art.º 72.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de Outubro) | ||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12737527 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Quando os Serviços Geológicos foram instituídos, em meados do século XIX, no âmbito do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria, reunir-se-iam as condições essenciais ao desenvolvimento da jovem ciência arqueológica que, nas principais capitais europeias resultara na formação de sociedades, institutos e espaços museológicos que lhe eram inteiramente consagrados. Tentava-se, assim, ultrapassar paulatinamente os anos de atraso verificado em Portugal neste domínio científico, em grande parte devido às décadas em que se vira envolvido numa profunda crise interna, da qual as lutas liberais foram apenas uma das faces mais visíveis.
Instalado na capital portuguesa, era natural que as primeiras indagações realizadas no terreno por iniciativa dos engenheiros militares que predominavam neste organismo estatal privilegiassem a península de Lisboa, numa época em que os meios e as vias de comunicação ainda não conseguiam suprir as dificuldades de quem pretendia e necessitava de percorrer o país. Em todo o caso, foi graças aos estudos geológicos encetados de forma concertada e sistemática que se deram os primeiros passos no entendimento da pré-historicidade humana no actual território português, como se verificara, ademais, nos restantes países europeus onde a "Pré-história" já constituía uma disciplina plenamente afirmada, sobretudo após aquele que é considerado como o seu annus mirabilis (1859). E, de facto, os estudos desenvolvidos desde então na península de Lisboa têm demonstrado, em grande parte graças à iniciativa precursora do conhecido engenheiro militar e geólogo Carlos Ribeiro (1813-1882), a riqueza arqueológica das suas regiões, com realce para a sintrense, como evidencia o número de arqueosítios já identificado e escavado, numa prova inegável das condições cinegéticas que desde sempre possibilitou a uma duradoura permanência humana. Esta presença é, aliás, bem patente nos diferentes testemunhos megalíticos aí existentes, acentuados por um marcado poliformismo denunciador da diversidade de influências culturais diacrónicas e sincrónicas observadas na actual península de Lisboa. Tipologia esta que, também, na região de Sintra, se encontra bem representada por alguns exemplares, como no caso dos tholoi, essencialmente destinados a inumações colectivas. Identificado e escavado em 1878 por C. Ribeiro (vide supra), o "Tholos do Monge" encontra-se isoladamente no topo de uma das maiores elevações da Serra de Sintra, erguido durante o Calcolítico Pleno, entre c. de 2300 e c. de 2000 a. C., numa altura em que se reforçavam os sistemas defensivos de alguns povoados e se fortificavam novos "habitats" de cumeada estremenhos (JORGE, S. de O., 1990, p. 184), sendo posteriormente reutilizado já no Bronze Final (JORGE, V. de O., 1990, p. 243). Aproveitando uma depressão natural do próprio maciço, o sítio é constituído por uma câmara de planta subcircular com cerca de quatro metros e meio de diâmetro máximo e paredes erguidas com lajes de diferentes dimensões colocadas horizontalmente, com aproximadamente dois metros de altura, coberta em falsa cúpula, tipo "clarabóia", "[...] cujas afinidades morfológicas mediterrânicas são bastante incisivas." (JORGE, S. de O., Idem, p. 126). E ainda que remanesçam quase em exclusivo os elementos estruturantes da câmara funerária, o sítio possuía originalmente corredor e átrio exterior . O espólio do tholos, basicamente recolhido ainda na segunda metade de oitocentos (vide supra), é constituído por cerâmica comum calcolítica e sílexes, actualmente expostos no Museu dos Serviços Geológicos de Portugal. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | Sector ocidental da Serra de Sintra, vértice geodésico | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 12 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
"A consolidação do sistema agro-pastoril", Nova História de Portugal | JORGE, Susana de Oliveira | Edição | 1990 | Lisboa | pp. 102-162 |
"Desenvolvimento da hierarquização social e da metalurgia", Nova História de Portugal | JORGE, Susana de Oliveira | Edição | 1990 | Lisboa | vol. I - Portugal das Origens à Romanização, pp. 181-187 |
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider Forschungen | LEISNER, Vera | Edição | 1959 | Berlim | |
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider Forschungen | LEISNER, Georg Klaus | Edição | 1959 | Berlim | |
"Complexificação das sociedades e sua inserção numa vasta rede de intercâmbios", Nova História de Portugal | JORGE, Vítor de Oliveira | Edição | 1990 | Lisboa | pp. 213-255 |
Nota Sobre a Gruta da Ponte da Lage (Oeiras) e a Tholos do Monge (Sintra) | FERREIRA, Octávio da Veiga | Edição | 1957 | Coimbra | |
Nota Sobre a Gruta da Ponte da Lage (Oeiras) e a Tholos do Monge (Sintra) | ZBYSZEWSKI, Georges | Edição | 1957 | Coimbra | |
Nota Sobre a Gruta da Ponte da Lage (Oeiras) e a Tholos do Monge (Sintra) | VIANA, Abel | Edição | 1957 | Coimbra |
Tholos do Monge - Pormenor do aparelho de construção
Tholos do Monge - Esteio tombado e deslocado
Tholos do Monge - Marco geodésico
Tholos do Monge - Monólitos do arranque da cúpula
Tholos do Monge - Aspecto da câmara vista do átrio
Tholos do Monge - Vista de topo
Tholos do Monge - Interior da câmara
Tholos do Monge - Esteios tombados
Tholos do Monge - Pormenor do aparelho de construção
Tholos do Monge - Pormenor do aparelho de construção
Tholos do Monge - Lage do arranque da cúpula
Tholos do Monge - Planta com a delimitação e a ZP em vigor
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt