Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja matriz de Canas de Senhorim
Designação
DesignaçãoIgreja matriz de Canas de Senhorim
Outras Designações / PesquisasIgreja do Salvador, matriz de Canas de Senhorim / Igreja Paroquial de Canas de Senhorim / Igreja do Santíssimo Salvador (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViseu/Nelas/Canas de Senhorim
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo da IgrejaCanas de Senhorim Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoViseu
ConcelhoNelas
FreguesiaCanas de Senhorim
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12700426
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDedicada ao Salvador, a igreja matriz de Canas de Senhorim, tal como hoje a conhecemos, é uma edificação setecentista, que veio substituir um outro templo, de origem medieval, que se encontrava num estado de avançada ruína (ALVES, 1995, p. 260). As primeiras referências conhecidas remontam ao século XII, mas nada resta desta primitiva igreja românica (IDEM). Sabemos apenas que, em 1675, a relação das igrejas do Bispado enviada para a Sagrada Congregação de Roma referia que a igreja possuía dois altares colaterais, dedicados a Nossa Senhora do Rosário e São Pedro Apóstolo, bem como um capela de São Bernardo, na nave, pertença de um particular (esta última manteve-se na intervenção do século XVIII, desaparecendo posteriormente, IDEM, p. 259).
A primeira grande campanha de obras de remodelação da igreja ocorreu na década de 30 do século XVIII, incidindo, no essencial, sobre a capela-mor e a sacristia. A obras estava concluída em 1735, ano em que o altar foi benzido. Inclui-se nesta campanha, para além do tecto em caixotões, pintados com temática hagiográfica, o retábulo-mor, que se integra no denominado barroco pleno ou joanino, apresentando colunas pseudo-salomóicas com pilastras nos intercolúnios, remate contracurvado, e tribuna com a imagem de Nossa Senhora do Rosário, no trono.
Cerca de 40 anos mais tarde, teve início a segunda campanha de obras, responsável pela remodelação da nave. É conhecido o contrato de 1 de Dezembro de 1777, pelo qual os mestres pedreiros João Luís Gonçalves Pegas, Domingos Francisco, João Manuel e João da Silva se comprometiam a executar o corpo da igreja e a torre, segundo o risco de Manuel de Oliveira, natural da vila. A fachada, possivelmente concebida pelo mesmo mestre, é muito semelhante à da igreja de São Francisco, da Ordem Terceira, de Viseu, concebida por António Mendes Coutinho (discípulo de Nasoni), que lhe terá servido de modelo (IDEM; p. 261). É delimitada por pilastras nos cunhais, com a torre sineira do lado do Evangelho, rematada por cúpula. O portal principal é encimado por frontão curvo, e as janelas que enquadram o óculo, apresentam moldura muito recortada, como aliás, os vãos que se abrem nos restantes alçados, decorados com conchas.
Os trabalhos decorreram com grande rapidez, e em 1779 acordava-se, com José Simões, a obra de carpintaria. O pavimento, lajeado e com sepulturas, ficou a cargo do mestre pedreiro Domingos Rodrigues, de Magueija, em 1783. Os retábulos colaterais, da autoria do mestre escultor Luís de Araújo, foram executados em 1784, a expensas da confraria da Senhora do Rosário e do Santíssimo Sacramento. Ainda nesse ano foi concedida a licença para se benzer a nova igreja, então considerada concluída.
Já na década de 1960, a igreja foi objecto de nova intervenção, sob projecto do arquitecto Keil do Amaral, a quem se deve a abóbada em caixotões de madeira de castanho, da nave.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Igrejas e capelas públicas e particulares da Diocese de Viseu nos séculos XVII, XVIII e XIX", Beira Alta, vol. 24, pp. 208-221ALVES, AlexandreEdição1965Viseu
"Notas e Documentos para uma Monografia da vila de Canas de Senhorim e seu termo", Beira Alta, vol. 54, pp. 245-267ALVES, AlexandreEdição1995Viseu

IMAGENS

Igreja matriz de Canas de Senhorim - Vista geral

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