Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Barbacena
Designação
DesignaçãoCastelo de Barbacena
Outras Designações / PesquisasCastelo de Barbacena / Fortificações de Barbacena (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Elvas/Barbacena e Vila Fernando
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Estrada Santa Eulália - BarbacenaBarbacena Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.960296-7.293521
DistritoPortalegre
ConcelhoElvas
FreguesiaBarbacena e Vila Fernando
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 47 508, DG, I Série, n.º 20, de 24-01-1967 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA povoação de Barbacena foi definitivamente reconquistada pelo rei D. Sancho II, na primeira metade do século XIII. O povoamento do burgo, possivelmente desenvolvido sobre um castro pré-romano, fez-se a partir da doação de Barbacena a D. Estêvão Anes, Chanceler-Mor de D. Afonso III, casado com uma filha ilegítima do monarca, e senhor do Alvito, no ano de 1251. O primeiro foral de Barbacena é outorgado pelo seu novo senhor em 1273, ainda durante o reinado afonsino. Durante o reinado de D. João I, são conhecidos os nomes de dois nobres partidários do rei, João Fernandes Pacheco e Martim Afonso de Melo, sendo este último guarda-mor do monarca e alcaide de Évora, a quem é sucessivamente atribuído o senhorio de Barbacena. João Fernandes Pacheco, adepto da causa do Mestre de Avis, perderia este e outros senhorios após trair o rei, passando a posse de Barbacena para Martim Afonso de Melo.
Em 1519, D. Manuel daria novo foral à vila, ordenando a reconstrução do seu castelo, que assim se pode supor em mau estado de conservação. Alguns anos mais tarde, em 1536, Barbacena é morgadio de D. Jorge Henriques, caçador-mor de D. João III, a quem se deve o arranque da construção do castelo, que fica por terminar aquando da morte do seu donatário, em 1572. Três anos mais tarde, a fortificação é comprada por Diogo de Castro do Rio, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Fidalgo da Casa Real, e o primeiro a usar o título de senhor de Barbacena. O castelo então erguido, de planta quadrangular, não seria seguramente a primeira construção fortificada do local, onde deverá ter existido obra medieval.
No século XVII, no contexto da Guerra da Restauração, a fortaleza sofreu obras de modernização, de forma a adequar-se às novas tácticas militares, que exigiam a construção de um baluarte moderno. A entrada principal que ainda hoje se pode ver, um portal de pedra formando frontão com dois coruchéus, é desta época.
Em 1645, as tropas castelhanas assaltam o castelo, e em 1658 a guarnição é mesmo forçada a render-se ao Duque de Ossuna. Os ataques e as pilhagens, bem como a constante necessidade de modernização das defesas numa zona de tal importância estratégica, determinam a necessidade de novas obras de remodelação e fortificação, desta feita a cargo de Afonso Furtado de Mendonça, chanceler-mor do reino e primeiro Visconde de Barbacena, bisneto de Diogo de Castro do Rio. Seguem-se novos ataques ao baluarte, desta vez por parte do Marquês de Bay, governador de Badajoz, durante a Guerra da Sucessão de Espanha. Na verdade, Barbacena seria sitiada várias vezes até ao início do século XIX, e a sua proximidade com Espanha seria causa de considerável instabilidade da população local, devido às incursões dos soldados espanhóis.
Do castelo, de planta rectangular, conservam-se as paredes e a entrada principal, já citada, e ainda vestígios de um portal mais antigo, em arco redondo, entaipado. Da muralha da fortaleza, transformada no século XVII em planta estrelada, conservam-se vários troços e alguns elementos abaluartados, bem como torreões baixos (a Torre de Menagem foi derrubada no início do século XVII). Pode ainda ver-se a antiga Casa do Governador, edifício de alguma nobreza, com escadaria central dupla, e vestígios de uma capela no piso superior.
O castelo continuaria na posse da mesma família durante largos anos. Em 1816, D. João VI cria o cargo de Conde de Barbacena a favor de Luís António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro, 1º conde e 6º visconde de Barbacena. Seu filho, Francisco Furtado de Castro do Rio de Mendonça, 2º conde e 7º visconde de Barbacena, chegou a residir no castelo. Em 1896, há notícia da transacção do imóvel, vendido por Hermenegildo José Costa Campos a Alfredo de Andrade, de quem descenderia um dos últimos proprietários, José Luis Sommer de Andrade, vendedor do castelo em 2005, sendo o adquirente Mico da Câmara Pereira. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roteiro dos Monumentos Militares PortuguesesALMEIDA, João deEdição1948Lisboa
Inventário Artístico de Portugal - vol. I (Distrito de Portalegre)KEIL, LuísEdição1943Lisboa
Nicolau de Langres e a sua obra em PortugalMATTOS, Gastão de MelloEdição1941Lisboa
Elementos para um diccionário de geographia e história portugueza: concelho d'Elvas e extinctos de Barbacena, Villa-Boim e Villa FernandoALMADA, Victorino deEdição1891Elvas
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil ArquitectónicoCORREIA, Luís Miguel Maldonado de VasconcelosEdição2010Coimbra

IMAGENS

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