Quinta do Bom Sucesso (parte), também denominada «Quinta da Família Almeida» ou "Quinta da Família Almeida Barberino», incluindo o solar do século XVII, o parque e a Torre da Marquesa, também denominada «Castelo de Alferrarede» | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Quinta do Bom Sucesso (parte), também denominada «Quinta da Família Almeida» ou "Quinta da Família Almeida Barberino», incluindo o solar do século XVII, o parque e a Torre da Marquesa, também denominada «Castelo de Alferrarede» | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa da Quinta do Bom Sucesso / Casa da Quinta da Família Almeida / Casa da Quinta da Família Almeida-Barberino (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Quinta | ||||||||||||
Tipologia | Quinta | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Abrantes/Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Abrantes | ||||||||||||
Freguesia | Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (ver Decreto) Edital N.º 37/92 de 15-06-1992 da CM de Abrantes Despacho de homologação de 13-08-1991 da Subsecretária de Estado da Cultura Despacho de concordância de 11-07-1991 do presidente do IPPC Parecer de 4-07-1991 do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação como IIP Despacho de 14-01-1991 do presidente do IPPC a determinar a abertura da instrução do processo de classificação Proposta de classificação de 3-11-1990 da APCA | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 263/96, DR, II Série, n.º 272, de 23-11-1996 (sem restrições) (ZEP da Quinta do Bom Sucesso (parte) e da ponte romana de Alferrarede) Edital N.º 49/94 de 3-10-1994 da CM de Abrantes Despacho de concordância de 8-07-1993 do Secretário de Estado da Cultura Parecer de 30-03-1993 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor o alargamento da delimitação Proposta de 21-01-1993 da DR de Lisboa | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Situada em Alferrarede, a Quinta do Bom Sucesso tem vindo a afirmar-se como um verdadeiro ex-libris desta localidade. Do seu conjunto fazem parte o solar (uma construção do século XVII) e a capela anexa, bem como diversas dependências agrícolas e a denominada Torre da Marquesa, cuja arquitectura revivalista imprime um gosto e uma linguagem de cariz goticizante à paisagem envolvente. A Ponte dos Mouros, ou Muro dos Mouros, uma obra filipina, é também parte integrante da propriedade. São muito poucas as referências subsistentes relativas ao solar, que terá sido edificado no século XVII, em terrenos pertencentes ao morgadio da família Almeida (instituído em 1387), que eram os Alcaides-Mores e Senhores de Abrantes. A sua arquitectura, de planta em U (pouco pronunciado), denota a antiga vocação rural, com múltiplas dependências agrícolas ao nível do piso térreo. Já no andar superior, as divisões são relativamente comuns, com tectos baixos, de masseira, entre os quais ganha especial relevância o da sala principal, por exibir, ao centro, um escudo francês partido com as armas das duas famílias proprietárias da Quinta - os Almeida e os Barberino. A junção de ambas as casas aconteceu em 1745, através do casamento de João de Almeida e Vasconcelos, então detentor do Solar, e Isabel Luíza de Figueiredo Quifel Barberino. A partir desta data, multiplicaram-se as representações destes brasões, individuais ou conjugados. A entrada para este edifício é feita por uma escadaria a que se acede através de uma porta aberta no muro, encimada por um brasão. A capela, de dimensões reduzidas, destaca-se pelo altar, com retábulo de gosto neoclássico, em tons de branco e dourado. A restante decoração é bastante austera, apresentando apenas um silhar de azulejos com motivos florais. A cronologia da denominada Torre da Marquesa encontra-se bem expressa na lápide junto à porta principal do edifício, onde se refere que o mesmo foi mandado edificar em 1891, por Carlos de Sá Paes do Amaral Pereira Menezes d'Almeida Vasconcellos Quifel Barberino, 1º Visconde de Alferrarede cavaleiro da Sagrada Ordem de Malta. Esta última informação explica a existência de diversas representações da cruz de Malta na propriedade. Por sua vez, o título foi criado em 1882 pelo rei D. Luís. Desconhecemos a motivação que terá levado o Visconde a construir uma nova casa de habitação no interior da Quinta, mas a Torre ergue-se num local mais elevado, de onde é possível dominar os terrenos envolventes. Trata-se de um edifício de gosto revivalista, a que os modelos norte europeus e o próprio Palácio da Pena (edificado a partir de 1838 por iniciativa de D. Fernando de Saxe Coburgo-Gotha) não deverão ser estranhos. Na realidade, esta construção, de linguagem neo-gótica, com vãos em ogiva (também na caixilharia do interior) e remate do edifício ameado, traduz a mentalidade romântica oitocentista, e revela a actualização estética do seu proprietário. Mais tarde, a sua filha, Maria da Assunção, casou com D. António de Sousa e Holstein-Beck, tornando-se, então, Marquesa do Faial, designação pela qual ficou conhecida a casa - Torre da Marquesa. No piso térreo, encontra-se a cozinha e dois quartos, um dos quais o denominado Quarto do Rei, por ter acolhido D. Carlos aquando de uma caçada nesta área. No interior da Torre destacam-se os tectos em madeira com brasões da família Almeida e Barberino e, na sala, com tecto de formato circular, uma representação mitológica. Uma última referência para o jardim, com tanques, pombal, gaiolas de grandes dimensões, estufa e outras dependências funcionais. Nesta medida, percebemos que "enquanto o solar é um belo exemplo da arquitectura rural portuguesa dos séculos XVII e XVIII, a Torre da Marquesa reflecte uma opção estilística mais mundana (...) a qual acompanha a evolução social própria da família e das correntes artísticas do tempo" (MELO, Processo de Classificação, 1990). (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 2000 | Lisboa | Academia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom |
"O Castelo de Anadia e a Quinta do Bom Sucesso, verdadeiros locais de sonho paradisíaco", Abrantes Florida | COSTA, Artur Elias da | Edição | Abrantes | ||
Jornal de Alferrarede, Junho de 1990 | Edição | 1990 | Alferrarede | ||
O Abrantino, n.º 391 | Edição | 1892 | Abrantes | ||
Jornal de Alferrarede, Janeiro de 1987 | Edição | 1987 | |||
O Abrantino, n.º 267 | Edição | 1891 | Abrantes | ||
O Abrantino, n.º 288 | Edição | 1891 | Abrantes | ||
O Abrantino, n.º260 | Edição | 1891 | Abrantes |
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