Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Capela de Nossa Senhora da Conceição
Designação
DesignaçãoCapela de Nossa Senhora da Conceição
Outras Designações / PesquisasCapela de Nossa Senhora da Conceição (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBraga/Guimarães/Azurém
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Azurém Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.448409-8.304003
DistritoBraga
ConcelhoGuimarães
FreguesiaAzurém
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 40 361, DG, I Série, n.º 228, de 20-10-1955 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaAinda que sejam muitos os vestígios referentes a uma construção anterior à capela de Nossa Senhora da Conceição, apenas se pode afirmar que esta existia no século XVI (GUIMARÃES, 1904, p. 10). Contudo, um assalto e consequente incêndio, ocorrido em 1684, obrigaram a Irmandade a realizar obras de recuperação, que impuseram a esta capela a configuração que hoje conhecemos.
A autorização para o início da reconstrução foi concedida em 1699 (GUIMARÃES, 1904, pp. 13-14), mas a intervenção prolongou-se, pelo menos, até meados do século XVIII, uma vez que os azulejos que revestem a capela-mor, atribuídos à oficina de Bartolomeu Antunes, devem remontar, sensivelmente, a 1740.
Implantada num pequeno alto, foi necessário construir um lanço de escadas de acesso à galilé, que antecede a fachada principal. Esta situação, a par do frontão curvo que remata o alçado, confere à capela um forte sentido cenográfico, que se acentua através do contraste entre a sobriedade exterior e a profusão decorativa interna. Esta, tira partido do brilho do revestimento cerâmico, conjugado com a talha dourada, presente não apenas no retábulo principal, mas ainda no púlpito e tecto de caixotões.
A nave é revestida por um conjunto de azulejos de c. 1720, que representam episódios do Velho Testamento, nomeadamente cenas do Cântico dos Cânticos. A sua autoria tem vindo a ser atribuída ao monogramista P.M.P. (SANTOS, 1979, p. 104; MECO, 1986, p. 228), o pintor de azulejos de nome desconhecido, cuja obra se integra no intitulado "Ciclo dos Grandes Mestres", não tanto pela sua qualidade, mas principalmente pelo carácter decorativista, que tanto irá influenciar os pintores subsequentes (MECO, 1986, p. 226). Estes azulejos relacionam-se com outros atribuíveis ao mesmo autor, existentes na cidade de Guimarães, nomeadamente, na Igreja das Capuchinhas e na igreja de São Dâmaso (SIMÕES, 1979, p. 105).
O púlpito, de talha dourada, encontra-se na parede lateral do lado da Epístola. No tecto, os caixotões brancos representam doze cenas da Vida da Virgem. Um arco triunfal de volta perfeita, ladeado por dois altares dedicados a São Francisco e a São Caetano, permite o acesso à capela-mor. Esta, apresenta tecto apainelado, de talha policromada, com linguagem decorativa de forte pendor naturalista na representação, e movimentação, das folhas de acanto. A sua execução deverá remontar a 1700, inserindo-se no denominado estilo nacional (GONÇALVES, 1981, p. 345).
Por sua vez, o retábulo-mor, embora muito modificado, apresenta características ainda maneiristas. Este retábulo deveria compreender a representação da Árvore de Jessé, entretanto desaparecida, e a figura da padroeira da capela, que se conserva (GONÇALVES, 1981, p. 342).
O revestimento azulejar da capela-mor, atribuído ao ciclo oficinal de Bartolomeu Antunes, deverá datar de c. de 1740 (SIMÕES, 1979, p.104 ). Representam cenas da Vida da Virgem - Apresentação da Virgem no Templo, Anunciação, uma eventual alegoria ao poço das águas vivas referido no Cântico dos Câticos (GUIMARÃES, 1904, p. 15); e Visitação.
Uma última referência para o orgão, executado em 1774 por Francisco António Solha, a expensas da confraria da Conceição (ALCÃNTARA, 1995, p. 11).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias9

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Azulejaria PortuguesaMECO, JoséEdição1986LisboaLisboa Data do Editor : 1985
Tesouros Artísticos de PortugalALMEIDA, José António Ferreira deEdição1976Lisboa
Azulejaria em Portugal no século XVIIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1979Lisboa
Guimarães e Santa Maria: história do culto de Nossa Senhora no concelho de Guimarães (manuscritos do abade de Tagilde)GUIMARÃES, João Gomes de OliveiraEdição1904Porto
A talha na arte religiosa de GuimarãesGONÇALVES, FlávioEdição1982
Capelas de GuimarãesMACHADO, Túlia C. FernandesEdição1996Guimarãespref. Natália Marinho Ferreira Alves, fot. Carlos Mesquita Ed. Muralha - Associação de Guimarães para a Defesa do Património
Guimarães - roteiro turísticoFONTE, Barroso daEdição1995GuimarãesFotografias de José Bastos
Azulejos artísticos de Guimarães (séculos XVI, XVII, XVIII)GUIMARÃES, Agostinho Gomes FernandesEdição1983Porto
Inventário Artístico Ilustrado de PortugalAZEVEDO, José Correia deEdição1991Lisboa

IMAGENS

Capela de Nossa Senhora da Conceição - Vista geral (DGEMN 1953)

Capela de Nossa Senhora da Conceição - Interior: arco triunfal e capela-mor (DGEMN 1953)

Capela de Nossa Senhora da Conceição - Interior da capela-mor: remate do retábulo (DGEMN 1953)

Capela de Nossa Senhora da Conceição - Interior: pormenor de painel de azulejos (DGEMN 1953)

MAPA

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