Pórtico da igreja de São Miguel de Alcaínça | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Pórtico da igreja de São Miguel de Alcaínça | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja Paroquial de Alcainça / Igreja de São Miguel (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Portal | ||||||||||||
Tipologia | Portal | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Mafra/Malveira e São Miguel de Alcainça | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Mafra | ||||||||||||
Freguesia | Malveira e São Miguel de Alcainça | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Procedimento de ampliação da classificação caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) Despacho de 29-09-1999 do vice-presidente do IPPAR a determinar a abertura do processo de instrução para eventual ampliação da classificação, de forma a abranger toda a igreja Decreto n.º 35 817, DG, I Série, n.º 187, de 20-8-1946 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Em 1946, pelo Decreto nº 35817, o "pórtico da igreja de São Miguel de Alcaínça" foi classificado como Monumento Nacional. Apesar de não estarem ainda inteiramente esclarecidas as razões que levaram a esta opção legisladora, parece ter havido, da parte do então Ministério da Educação Nacional, alguma confusão entre o templo paroquial de Alcaínça e a vizinha capela do Espírito Santo, cujo portal manuelino havia sido classificado três anos antes. Os aspectos patrimonialmente mais interessantes do templo não se resumem à fachada principal do monumento (e muito menos ao seu portal), mas sim à Capela de Nossa Senhora da Conceição, pelo que a unidade patrimonial alvo de classificação deveria ter sido toda a igreja e não, apenas, uma parcela menor. A igreja é um dos mais antigos templos do concelho de Mafra, situando-se a sua edificação pelo século XIV, por patrocínio do Padre Vicente Anes Fróis. A confirmar-se este facto (de que, todavia, não possuímos dados suficientes de comprovação), a igreja será praticamente contemporânea das actuais configurações de Santo André de Mafra e da paroquial de Cheleiros, a primeira atribuível às décadas de 30 e 40 do século XIV (PEREIRA, 2000, p.22) e a segunda aos primeiros anos de Trezentos. Não existem, contudo, vestígios tão antigos no actual edifício, reformulado sucessivamente ao longo dos séculos. Na actualidade, apenas uma capela lateral, de índole funerária, pode ser atribuída ao período medieval, mais concretamente ao ano de 1401, segundo uma inscrição seiscentista conservada na parede. A capela encontra-se dedicada a N. S. do Rosário e está revestida por azulejos seiscentistas de tipo parede e por um retábulo barroco de talha dourada, mas conserva ainda o portal de acesso, de arco quebrado, e dois túmulos adossados à parede lateral, de arca lisa e perfil trapezoidal, um dos quais contendo legenda epigrafada alusiva ao instituidor da capela. Na época moderna, foram muitas as alterações efectuadas no templo, que desfiguraram, por completo, a sua traça original. Logo no período manuelino, deram-se algumas actualizações, em particular de elementos de uso litúrgico, de que são exemplo a pia baptismal oitavada, e uma pequena pia de água benta, "de gomos, rematada por uma pinha" (VILAR, 2000, p.80), testemunhos que, apesar de escassos, provam como a campanha de inícios do século XVI pretendeu actuar sobre os principais aspectos devocionais do edifício. Mais importantes foram as obras barrocas. Do século XVII é o revestimento parietal azulejar, de padrão geométrico e vegetalista em tons de azul, branco e amarelo. O interior terá sido integralmente refeito nessa centúria, uma vez que a estrutura do retábulo-mor (definido por pilastras que encimam um frontão triangular e ladeado por dois nichos de arco de volta perfeita) integram-se no vocabulário artístico de Seiscentos. Da mesma época é a fachada principal, com portal recto sobrepujado por janelão rectangular e terminação em empena triangular de desenvolvido cornijamento. Após o terramoto de 1755, registaram-se outros importantes melhoramentos. No exterior, adossada à frontaria pelo lado Norte, conserva-se a torre sineira, de secção quadrangular e arcos sineiros a pleno centro. Outra obra importante terá sido o arco triunfal, cuja construção se documenta a partir de 1763, ano em que um visitador pediu aos "administradores das Confrarias" que ajudassem "a fazer o arco da capela-mor, mais levantado e de lioz" (DGEMN, on-line). Esta campanha pós-terramoto ter-se-á pautado por uma clara economia de meios, pois em 1782, o pároco José António Carveiro mandou rechear o interior do templo. Nos últimos séculos, o monumento foi objecto de restauros pontuais, como o de 1882, data inscrita no portão de acesso ao adro que, presumivelmente, alude a uma regularização do espaço envolvente da igreja. Mais recentemente, em 2001, a autarquia empreendeu obras de conservação, limitadas à limpeza e nova pintura do exterior. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Portal manuelino da antiga Capela do Espírito Santo de Alcainça Grande | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 15 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira) | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1963 | Lisboa | |
Monografia de Mafra | LUCENA, Armando de | Edição | 1987 | Mafra | |
Mafra. Monografia | LUCENA, Armando de | Edição | 1963 | Lisboa | |
Memórias e Memorialistas. 1. Memórias Paroquiais, Boletim Cultural '96, pp. 307-344 | GORJÃO, Sérgio | Edição | 1997 | Mafra | |
"Algumas Notícias para a Descrição Histórica do Lugar e Freguesia de Alcainça", Boletim da Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portugueses, vol. VII, pp. 18-21, 43-46, 68-70 | VALDEZ, José Joaquim de Ascensão | Edição | 1898 | Lisboa | |
Identidades. Património Arquitectónico do Concelho de Mafra | FERNANDES, Paulo Almeida | Edição | 2009 | Mafra | |
"A arquitectura e a escultura monumental na região de Mafra entre o Gótico e o Classicismo", Do Gótico ao Maneirismo. A arte na região de Mafra na Época dos Descobrimentos, pp.21-31 | PEREIRA, Fernando António Baptista | Edição | 2002 | Mafra | |
"Carta do Património do Concelho de Mafra. 3. Igreja de São Miguel de Alcainça: Para uma abordagem histórico-arquitectónica e artística", Boletim Cultural 2005, pp. 549-572 | PAGARÁ, Ana | Edição | 2006 | Mafra | |
Identidades. Património Arquitectónico do Concelho de Mafra | VILAR, Maria do Carmo | Edição | 2009 | Mafra | |
"Carta do Património do Concelho de Mafra. 3. Igreja de São Miguel de Alcainça: Para uma abordagem histórico-arquitectónica e artística", Boletim Cultural 2005, pp. 549-572 | VILAR, Maria do Carmo | Edição | 2006 | Mafra | |
"Carta do Património do Concelho de Mafra. 1. O Manuelino", Boletim Cultural '94, pp.309-318 | VILAR, Maria do Carmo | Edição | 1994 | Mafra | |
"4. Arquitectura e escultura monumental manuelina na região de Mafra", Boletim Cultural 2000, pp.65-82 | VILAR, Maria do Carmo | Edição | 2000 | Mafra | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira) | FERRÃO, Julieta | Edição | 1963 | Lisboa | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira) | GUSMÃO, Adriano de | Edição | 1963 | Lisboa |