Igreja paroquial de Matosinhos, incluindo o seu recheio | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja paroquial de Matosinhos, incluindo o seu recheio | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja do Salvador, paroquial de Matosinhos Bom Jesus de Matosinhos / Igreja Paroquial de Matosinhos / Igreja do Salvador / Igreja do Bom Jesus de Matosinhos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Porto/Matosinhos/Matosinhos e Leça da Palmeira | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Porto | ||||||||||||
Concelho | Matosinhos | ||||||||||||
Freguesia | Matosinhos e Leça da Palmeira | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Santuário de peregrinação muito procurado desde tempos bastante remotos devido à aparição, neste local, de uma imagem milagrosa, o Bom Jesus de Matosinhos foi conhecendo uma importância crescente, chegando ao século XVIII com uma dimensão nacional, e com irmãos da confraria em todo o país. Das primitivas edificações nada se conhece, a não ser que, em 1542, aqui existia uma capela doada, nesse ano, à Universidade de Coimbra. Foi esta instituição que ergueu um novo templo, entre 1559 e 1579, numa obra dirigida por João de Ruão, e com retábulo-mor executado por Tomé Velho (SMITH, 1966, p. 102). A partir daqui há registos de sucessivas intervenções, muitas das quais tiveram como objectivo actualizar o equipamento liturgico da igreja. Em 1650-51 o retábulo foi substituído por um outro entalhado por Ambrósio Pereira que, por sua vez, foi alterado por João Pereira, abrindo uma tribuna para a exposição do Santíssimo, cujo culto conhecia então uma importância extraordinária (IDEM). O crescimento da Irmandade e a exiguidade do espaço, sentida cerca de 1726, ditaram primeiro a renovação da capela-mor, com novo retábulo, desta feita da responsabilidade do entalhador Luís da Costa Pereira, que executou ainda o forro da igreja e o do arco cruzeiro (BRANDÃO, 1963, p. 45). De acordo com os dados disponíveis, pretendia-se, também, renovar a nave. Os trabalhos prosseguiram até cerca de 1743, quando a Irmandade decidiu aumentar o projecto inicial, encarregando Nicolau Nasoni de traçar uma nova planta, aprovada pela Mesa a 3 de Julho de 1743. Os planos de Nasoni conservaram boa parte da estrutura arquitectónica quinhentista da nave, onde se mantêm as arcadas suportadas por colunas jónicas. A planta resultante é de cruz latina, com três naves de cinco tramos, onde se abriram duas novas capelas, e capela-mor rectangular. O desenho mais significativo foi o de uma nova e imponente fachada que se reveste de um especial interesse no contexto das suas obras por ser a única desenvolvida no sentido horizontal, e denotando uma influência rococó nas linhas finas e nervosas que marcam os elementos decorativos de um alçado que, em todo o caso, ainda se inscreve no barroco que caracterizou os trabalhos de Nasoni até então (SMITH, 1966, p. 104; ALVES, 1989, p. 309). O frontispício de Matosinhos é seccionado por pilastras e aberto por três portais de verga recta encimados por frontões interrompidos por cartelas. Os panos laterais correspondem às torres sineiras e o central termina com um corpo definido por pilastras e rematado por frontão triangular interrompido. As formas são, na generalidade planas, privilegiando a linha em detrimento da plasticidade observada noutras obras (SMITH, 1966, p. 104). A documentação existente permite acompanhar a evolução dos trabalhos e conhecer os intervenientes. António Rodrigues, que voltaria a trabalhar com Nasoni na igreja do Bougado, foi o responsável pela obra de pedraria e Manuel Pereira Soares pela de carpintaria, iniciada em 1744. Em 1746 tinham início os trabalhos de talha, um ano antes da conclusão da obra de pedraria (BRANDÃO, 1964, p. 13). A capela-mor e o arco triunfal foram totalmente revestidos a talha dourada, de estilo joanino, que se relaciona ainda com o tecto da nave, que deverá ser o da campanha seiscentista (SMITH, p. 104). A sagração do templo ocorreu em 1760. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Nicolau Nasoni, arquitecto do Porto | SMITH, Robert C. | Edição | 1966 | ||
"Nasoni, Nicolau", Dicionário de Arte Barroca em Portugal | ALVES, Joaquim Jaime Ferreira | Edição | 1989 | ||
"Obra de talha dourada no concelho de Matosinhos", Boletim da Biblioteca Pública Municipal de Matosinhos, n.º 10 | BRANDÃO, Domingos de Pinho | Edição | 1963 | Matosinhos | |
A obra de Nicolau Nasoni no actual concelho de Matosinhos, separata da Revista MUSEU, 2ª série, n.º 7 | BRANDÃO, Domingos de Pinho | Edição | 1964 | Porto |
Igreja paroquial de Matosinhos - Fachada principal
Igreja paroquial de Matosinhos - Enquadramento geral
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