Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, incluindo os altares de talha, os painéis de azulejo e as pinturas murais existentes na mesma igreja
Designação
DesignaçãoIgreja de Nossa Senhora da Oliveira, incluindo os altares de talha, os painéis de azulejo e as pinturas murais existentes na mesma igreja
Outras Designações / PesquisasIgreja de Nossa Senhora da Oliveira, matriz de Samora Correia
Igreja Matriz de Samora Correia / Igreja Paroquial de Samora Correia / Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSantarém/Benavente/Samora Correia
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça da RepúblicaSamora Correia Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.937667-8.871216
DistritoSantarém
ConcelhoBenavente
FreguesiaSamora Correia
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 41 191, DG, I Série, n.º 162, de 18-07-1957 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA igreja de Nossa Senhora da Oliveira, cuja edificação remonta à segunda década do século XVIII, impõe-se na malha urbana de Samora Correia, destacando-se pela imponência pelas suas dimensões, com certeza, muito superiores ao pequeno templo que veio substituir.
A sua fachada, dividida por pilastras e com os panos laterais correspondentes às duas torres sineiras, deixa adivinhar a influência da arquitectura chã, caracterizando-se por uma grande depuração. As torres são abertas por vãos reduzidos e, ao centro, o portal é rematado por uma cornija, encimada pela janela do coro, de linhas rectas. Sobre a cornija, erguem-se as sineiras, em arco de volta perfeita, coroadas por cúpulas e pináculos. Estas, enquadram o frontão de aletas contracurvado que remata o alçado.
O templo desenvolve-se em planta longitudinal, que articula cabeceira escalonada com capelas laterais e colaterais, e capela-mor. Contudo, o espaço interno não reflecte este escalonamento, pois o coro e o arco triunfal não ocupam a totalidade das paredes, apresentando os seus arcos uma escala menor.
Em contraste com o exterior, a nave é totalmente revestida por azulejos figurativos azuis e brancos, numa sucessão de painéis apenas interrompida pelas janelas, e pelos arcos de volta perfeita das capelas, onde os retábulos de talha dourada complementam este interior, tão característico do barroco português. O tecto, em três planos, é pintado, exibindo, ao centro, os emblemas da Ordem de São Tiago, a quem a igreja pertenceu. Terá sido a ordem a patrocinar a edificação setecentista da igreja, pois para além da cruz do Apóstolo, toda a série de azulejos intermédia representa cenas da vida de São Tiago. Se os dois primeiros registos cerâmicos são de padrão, os restantes são figurativos, observando-se, no último, passos da vida da Virgem, numa iconografia que se relaciona com a dedicação da igreja a Nossa Senhora da Oliveira.
O arco triunfal e o coro exibem, igualmente, painéis de azulejo, com a figuração da Eucarística, no primeiro caso, e uma alegoria ao Cordeiro Místico, no segundo. Santos Simões atribuiu este conjunto ao mestre lisboeta ainda não identificado, mas conhecido pelas iniciais P.M.P., defendendo que a sua execução não se deverá afastar de 1721 (SIMÕES, 1979, p. 343). Note-se, todavia, que o painel da Visitação é recente, tendo sido substituído após o terramoto de 1909, que causou estragos profundos na igreja (IDEM).
Na capela-mor mantém-se uma estrutura idêntica, com painéis ornamentais e outros figurativos, na zona superior. A abóbada, de canhão, exibe pinturas ornamentais que envolvem a representação central da Eucaristia. O retábulo, tal como os da nave, é contemporâneo da campanha decorativa da igreja, ocupando a totalidade da parede fundeira, e exibindo ampla tribuna com trono.
No contexto da obra total do período barroco, a igreja de Nossa Senhora da Oliveira ganha especial relevância por constituir um importante exemplar deste género de soluções, onde a talha e o azulejo se conjugam num discurso catequético e previamente concebido. No caso da igreja de Samora Correia, a azulejaria conheceu uma maior preponderância sobre a talha, dominando todo o interior, e confirmando a suas potencialidades plásticas e narrativas na transmissão de uma iconografia directamente relacionada com a ordem religiosa encomendadora e a invocação da igreja.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal, Distrito de SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição1949LisboaLocal de Edição - Lisboa Publicado a 1949 Data do Editor : 1949
Azulejaria em Portugal no século XVIIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1979Lisboa

IMAGENS

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