Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, incluindo os altares de talha, os painéis de azulejo e as pinturas murais existentes na mesma igreja | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, incluindo os altares de talha, os painéis de azulejo e as pinturas murais existentes na mesma igreja | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, matriz de Samora Correia Igreja Matriz de Samora Correia / Igreja Paroquial de Samora Correia / Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Benavente/Samora Correia | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Benavente | ||||||||||||
Freguesia | Samora Correia | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 41 191, DG, I Série, n.º 162, de 18-07-1957 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A igreja de Nossa Senhora da Oliveira, cuja edificação remonta à segunda década do século XVIII, impõe-se na malha urbana de Samora Correia, destacando-se pela imponência pelas suas dimensões, com certeza, muito superiores ao pequeno templo que veio substituir. A sua fachada, dividida por pilastras e com os panos laterais correspondentes às duas torres sineiras, deixa adivinhar a influência da arquitectura chã, caracterizando-se por uma grande depuração. As torres são abertas por vãos reduzidos e, ao centro, o portal é rematado por uma cornija, encimada pela janela do coro, de linhas rectas. Sobre a cornija, erguem-se as sineiras, em arco de volta perfeita, coroadas por cúpulas e pináculos. Estas, enquadram o frontão de aletas contracurvado que remata o alçado. O templo desenvolve-se em planta longitudinal, que articula cabeceira escalonada com capelas laterais e colaterais, e capela-mor. Contudo, o espaço interno não reflecte este escalonamento, pois o coro e o arco triunfal não ocupam a totalidade das paredes, apresentando os seus arcos uma escala menor. Em contraste com o exterior, a nave é totalmente revestida por azulejos figurativos azuis e brancos, numa sucessão de painéis apenas interrompida pelas janelas, e pelos arcos de volta perfeita das capelas, onde os retábulos de talha dourada complementam este interior, tão característico do barroco português. O tecto, em três planos, é pintado, exibindo, ao centro, os emblemas da Ordem de São Tiago, a quem a igreja pertenceu. Terá sido a ordem a patrocinar a edificação setecentista da igreja, pois para além da cruz do Apóstolo, toda a série de azulejos intermédia representa cenas da vida de São Tiago. Se os dois primeiros registos cerâmicos são de padrão, os restantes são figurativos, observando-se, no último, passos da vida da Virgem, numa iconografia que se relaciona com a dedicação da igreja a Nossa Senhora da Oliveira. O arco triunfal e o coro exibem, igualmente, painéis de azulejo, com a figuração da Eucarística, no primeiro caso, e uma alegoria ao Cordeiro Místico, no segundo. Santos Simões atribuiu este conjunto ao mestre lisboeta ainda não identificado, mas conhecido pelas iniciais P.M.P., defendendo que a sua execução não se deverá afastar de 1721 (SIMÕES, 1979, p. 343). Note-se, todavia, que o painel da Visitação é recente, tendo sido substituído após o terramoto de 1909, que causou estragos profundos na igreja (IDEM). Na capela-mor mantém-se uma estrutura idêntica, com painéis ornamentais e outros figurativos, na zona superior. A abóbada, de canhão, exibe pinturas ornamentais que envolvem a representação central da Eucaristia. O retábulo, tal como os da nave, é contemporâneo da campanha decorativa da igreja, ocupando a totalidade da parede fundeira, e exibindo ampla tribuna com trono. No contexto da obra total do período barroco, a igreja de Nossa Senhora da Oliveira ganha especial relevância por constituir um importante exemplar deste género de soluções, onde a talha e o azulejo se conjugam num discurso catequético e previamente concebido. No caso da igreja de Samora Correia, a azulejaria conheceu uma maior preponderância sobre a talha, dominando todo o interior, e confirmando a suas potencialidades plásticas e narrativas na transmissão de uma iconografia directamente relacionada com a ordem religiosa encomendadora e a invocação da igreja. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1949 | Lisboa | Local de Edição - Lisboa Publicado a 1949 Data do Editor : 1949 |
Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa |
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