Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ponte romana de Rubiães
Designação
DesignaçãoPonte romana de Rubiães
Outras Designações / PesquisasPonte românica de Rubiães
Ponte de Rubiães / Ponte Romana de Rubiães (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Ponte
TipologiaPonte
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Paredes de Coura/Rubiães
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Rubiães Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.90414-8.626293
DistritoViana do Castelo
ConcelhoParedes de Coura
FreguesiaRubiães
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 44 075, DG, I Série, n.º 281, de 5-12-1961 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaLongamente considerada do período romano, a actual ponte de Rubiães deve antes ser catalogada como obra medieval e posteriormente remodelada em altura desconhecida, muito provavelmente na época moderna. Com efeito, e ainda que sejam muito fortes os argumentos (e os indícios materiais) que apontam para a reutilização medieval de uma anterior estrutura romana, são também decisivos os elementos que confirmam uma tipologia medieval.
De triplo arco escalonado e harmónico, todos de volta perfeita, mas sendo o médio de vão bem superior que os dois laterais (estes últimos mais semelhantes a olhais das pontes góticas que, propriamente, a arcos de sustentação), a ponte compõe-se de um tabuleiro de dupla rampa, em cavalete, característica que contradiz a tendência horizontalizante das pontes romanas.
Por outro lado, quer no pavimento, que em algumas partes dos alçados, existem silhares mais delgados e de recorte imperfeito. Se as bases dos pilares e algumas lajes do tabuleiro são pedras romanas muito bem aparelhadas - facto que confirma a anterioridade da ponte em relação à época medieval -, não deixa de ser sintomático que, coexistindo com elas, apareçam outras tipologias de aparelho, salientando-se alguma pedra miúda nos acessos às rampas e silhares de diferentes dimensões em vários locais.
Narcizo Alves da Cunha, um dos primeiros autores que se referiu a esta ponte, datou-a de época romana, com base não apenas na sua estrutura, mas também no facto de, a escassas centenas de metros, no lugar de Crastro, existir um marco miliário pertencente à via romana que, de Braga, partia para o Noroeste peninsular (CUNHA, 1909, reed. 1979, pp.93-94 e 559). Ela vinha do Sul, por Romarigães e Coura, cruzava o rio com este nome em Rubiães e seguia para Sapardos e Valença (ALMEIDA, 1987, p.187), cruzando aí o rio Minho.
Que esta ponte serviu uma antiga estrada romana, não parece ser motivo de discussão, quer pela sua localização no contexto viário regional, quer pela circunstância - tantas vezes repetida - de que os caminhos medievais (na esmagadora maioria das vezes) mais não fizeram que (re)trilhar anteriores trajectos romanos. Mas o que deve ser também assumido é o facto de a ponte de Rubiães apresentar características não-romanas, de que sobressai o tabuleiro em cavalete, facto que vem confirmar a sua reutilização (e reforma) na Baixa Idade Média. É um facto que, neste momento, não podemos assegurar a época precisa em que se processou essa campanha de obras, tanto mais que a tecnologia construtiva de pontes medievais não sofreu assim tantas transformações na passagem do Românico para o Gótico. Podemos apontar os séculos XIII-XIV para essa empreitada (porventura anterior às pontes que seguiram o modelo da ponte de Ponte de Lima, com os seus arcos quebrados intercalados por olhais), mas esta é uma indicação aproximada e provisória, que aguarda, ainda, uma confirmação segura.
Mas terão sido mais as obras efectuadas na ponte ao longo dos séculos. Carlos Alberto Ferreira de Almeida sugeriu, mesmo, que a sua configuração actual date da época moderna (ALMEIDA, 1987, p.188), provavelmente numa campanha de obras que, pelo seu carácter modesto, tenha mantido uma forma de construir tipicamente medieval. Até que novos dados surjam, duvidamos seriamente dessa perspectiva. A confirmar-se, algum dia, que existiram efectivamente obras modernas, elas ter-se-ão pautado por um carácter parcelar e pontual (como os acessos, as guardas do tabuleiro, etc.), mas não deverão ter alterado substancialmente a estrutura, que nos parece ser tipicamente baixo-medieval.
PAF
ProcessoLugar da Costa
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
No Alto Minho. Paredes de Coura, 1909 (2ªed. 1979)CUNHA, Narcizo Cândido Alves daEdição1979BragaPublicado a 1979
Alto MinhoALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição1987Lisboa
Pontes Antigas ClassificadasRIBEIRO, Aníbal SoaresEdição1998Lisboa
"Igreja e ponte de Rubiães", Caminhos portugueses de peregrinação a Santiago, pp.86-87MACHADO, João PauloEdição1998Santiago de Compostela
"A suposta ponte romana de Rubiães", O Archeologo Português, vol.26, pp.279-280PEREIRA, Félix AlvesEdição1924Lisboa
"A IV via militar Bracara Augusta - Asturica Augusta, na área da bacia superior do rio Coura", Cadernos de Arqueologia e Património, nº4/5, 1995/96, pp.59-109SILVA, Maria de Fátima MatosEdição1996Paredes de Coura
"A IV via militar Bracara Augusta - Asturica Augusta, na área da bacia superior do rio Coura", Cadernos de Arqueologia e Património, nº4/5, 1995/96, pp.59-109DÍAZ, Nicolas MarínEdição1996Paredes de Coura

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