Ponte romana de Rubiães | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Ponte romana de Rubiães | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Ponte românica de Rubiães Ponte de Rubiães / Ponte Romana de Rubiães (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Ponte | ||||||||||||
Tipologia | Ponte | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Paredes de Coura/Rubiães | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Paredes de Coura | ||||||||||||
Freguesia | Rubiães | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 44 075, DG, I Série, n.º 281, de 5-12-1961 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Longamente considerada do período romano, a actual ponte de Rubiães deve antes ser catalogada como obra medieval e posteriormente remodelada em altura desconhecida, muito provavelmente na época moderna. Com efeito, e ainda que sejam muito fortes os argumentos (e os indícios materiais) que apontam para a reutilização medieval de uma anterior estrutura romana, são também decisivos os elementos que confirmam uma tipologia medieval. De triplo arco escalonado e harmónico, todos de volta perfeita, mas sendo o médio de vão bem superior que os dois laterais (estes últimos mais semelhantes a olhais das pontes góticas que, propriamente, a arcos de sustentação), a ponte compõe-se de um tabuleiro de dupla rampa, em cavalete, característica que contradiz a tendência horizontalizante das pontes romanas. Por outro lado, quer no pavimento, que em algumas partes dos alçados, existem silhares mais delgados e de recorte imperfeito. Se as bases dos pilares e algumas lajes do tabuleiro são pedras romanas muito bem aparelhadas - facto que confirma a anterioridade da ponte em relação à época medieval -, não deixa de ser sintomático que, coexistindo com elas, apareçam outras tipologias de aparelho, salientando-se alguma pedra miúda nos acessos às rampas e silhares de diferentes dimensões em vários locais. Narcizo Alves da Cunha, um dos primeiros autores que se referiu a esta ponte, datou-a de época romana, com base não apenas na sua estrutura, mas também no facto de, a escassas centenas de metros, no lugar de Crastro, existir um marco miliário pertencente à via romana que, de Braga, partia para o Noroeste peninsular (CUNHA, 1909, reed. 1979, pp.93-94 e 559). Ela vinha do Sul, por Romarigães e Coura, cruzava o rio com este nome em Rubiães e seguia para Sapardos e Valença (ALMEIDA, 1987, p.187), cruzando aí o rio Minho. Que esta ponte serviu uma antiga estrada romana, não parece ser motivo de discussão, quer pela sua localização no contexto viário regional, quer pela circunstância - tantas vezes repetida - de que os caminhos medievais (na esmagadora maioria das vezes) mais não fizeram que (re)trilhar anteriores trajectos romanos. Mas o que deve ser também assumido é o facto de a ponte de Rubiães apresentar características não-romanas, de que sobressai o tabuleiro em cavalete, facto que vem confirmar a sua reutilização (e reforma) na Baixa Idade Média. É um facto que, neste momento, não podemos assegurar a época precisa em que se processou essa campanha de obras, tanto mais que a tecnologia construtiva de pontes medievais não sofreu assim tantas transformações na passagem do Românico para o Gótico. Podemos apontar os séculos XIII-XIV para essa empreitada (porventura anterior às pontes que seguiram o modelo da ponte de Ponte de Lima, com os seus arcos quebrados intercalados por olhais), mas esta é uma indicação aproximada e provisória, que aguarda, ainda, uma confirmação segura. Mas terão sido mais as obras efectuadas na ponte ao longo dos séculos. Carlos Alberto Ferreira de Almeida sugeriu, mesmo, que a sua configuração actual date da época moderna (ALMEIDA, 1987, p.188), provavelmente numa campanha de obras que, pelo seu carácter modesto, tenha mantido uma forma de construir tipicamente medieval. Até que novos dados surjam, duvidamos seriamente dessa perspectiva. A confirmar-se, algum dia, que existiram efectivamente obras modernas, elas ter-se-ão pautado por um carácter parcelar e pontual (como os acessos, as guardas do tabuleiro, etc.), mas não deverão ter alterado substancialmente a estrutura, que nos parece ser tipicamente baixo-medieval. PAF | ||||||||||||
Processo | Lugar da Costa | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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No Alto Minho. Paredes de Coura, 1909 (2ªed. 1979) | CUNHA, Narcizo Cândido Alves da | Edição | 1979 | Braga | Publicado a 1979 |
Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
Pontes Antigas Classificadas | RIBEIRO, Aníbal Soares | Edição | 1998 | Lisboa | |
"Igreja e ponte de Rubiães", Caminhos portugueses de peregrinação a Santiago, pp.86-87 | MACHADO, João Paulo | Edição | 1998 | Santiago de Compostela | |
"A suposta ponte romana de Rubiães", O Archeologo Português, vol.26, pp.279-280 | PEREIRA, Félix Alves | Edição | 1924 | Lisboa | |
"A IV via militar Bracara Augusta - Asturica Augusta, na área da bacia superior do rio Coura", Cadernos de Arqueologia e Património, nº4/5, 1995/96, pp.59-109 | SILVA, Maria de Fátima Matos | Edição | 1996 | Paredes de Coura | |
"A IV via militar Bracara Augusta - Asturica Augusta, na área da bacia superior do rio Coura", Cadernos de Arqueologia e Património, nº4/5, 1995/96, pp.59-109 | DÍAZ, Nicolas Marín | Edição | 1996 | Paredes de Coura |