Nota Histórico-Artistica | A antiga villa de Ruivães, cuja primeira referência documental data de 1426, quando era conhecida pelo topónimo de Vilar de Vacas, constituía uma das sete "honras" de Barroso. Foi sede de concelho, extinto em 1853, data na qual passou a constituir freguesia de Vieira do Minho. Possui ainda o seu pelourinho, actualmente o único testemunho da sua passada autonomia municipal. O pelourinho ergue-se no largo central da povoação, sobre plataforma de três degraus quadrangulares de pedra toscamente aparelhada, o térreo quase inteiramente enterrado no pavimento empedrado. A coluna ergue-se sobre base quadrangular, com arestas chanfradas. Assenta sobre pequeno plinto quadrado, e possui fuste cilíndrico e liso, relativamente curto. O capitel é composto por astragálo e coxim circular, encimados por grosso ábaco ou tabuleiro, de secção circular e com quatro pequenas peças ogivais salientes, semelhantes a orelhas, sobre o qual repousa o remate. Este é um bloco sensivelmente cúbico, em cujas faces existem letras e desenhos incisos, de difícil leitura. É coroado por um tronco cónico algo irregular. Ainda que não exista datação segura para a construção, o conjunto parece ser seiscentista. Sabe-se que foi restaurado no século XX, sendo provável que desse restauro tenha resultado a adição de quatro ferros em cruz, rematados em serpes, e com argolas de sujeição, que se projectam a partir da junção entre o tabuleiro e o remate. Sílvia Leite |