Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Paço de Maiorca
Designação
DesignaçãoPaço de Maiorca
Outras Designações / PesquisasPaços dos Viscondes de Maiorca / Paço de Maiorca / Paço dos Viscondes de Maiorca (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Paço
TipologiaPaço
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCoimbra/Figueira da Foz/Maiorca
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Terreiro do PaçoMaiorca Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.165255-8.755634
DistritoCoimbra
ConcelhoFigueira da Foz
FreguesiaMaiorca
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
Despacho de homologação de 30-12-1974 do Secretário de Estado da Cultura e Educação Permanente
Parecer de 2-12-1974 da JNE a porpor a classificação como IIP
Processo iniciado em 1972 na DGAC
ZEPPortaria n.º 261/2011, DR, 2.ª série, n.º 20, de 28-01-2011 (sem restrições) (ver Portaria)
Despacho de homologação de 21-06-2010 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer favorável de 15-07-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR,I.P.
Proposta de 28-10-2008 da DRC do Centro
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181502
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImplantado no centro da vila de Maiorca, o paço dos Viscondes impõe-se na frente urbana em que se insere pela sua longa e bem ritmada fachada, cujo carácter emblemático deixa adivinhar a imagem de poder e de relevo social que, certamente, os seus proprietários pretendiam alcançar com esta construção.
Pertença da família Coutinho desde o século XIV, esta propriedade foi adquirida, no século XVII, por João Vaz da Cunha, também senhor do Morgado de Antanhol, em Coimbra, que deu início à edificação do Paço, depois continuada pelo seu filho, Luís Vaz da Cunha de Sá, já no decorrer da centúria seguinte, como bem demonstram os ornatos e recortes das janelas, de época avançada do século XVIII (AZEVEDO, 19, p. 152).
A fachada, de dois andares separados por friso, desenvolve-se em comprimento, sendo aberta por um conjunto de vãos simétricos em ambos os pisos. Naturalmente, os do andar nobre denotam um maior cuidado no tratamento das molduras, com janelas de verga curva, rematadas por cornija curva. Toda esta frente é seccionada por pilastras que a dividem em três corpos não simétricos entre si: o da esquerda é mais reduzido, com apenas quatro janelas por piso, o central é o de maior destaque, com a porta principal, e o da direita é o mais comprido, com seis janelas.
O ritmo dos vãos laterais converge no corpo central, onde o portal, ao nível do andar nobre, termina em frontão de lanços contracurvados, é ladeado por janelas, acedendo-se a este através de uma escadaria em leque, que imprime uma maior dinâmica ao alçado. O corpo termina num frontão triangular, em cujo tímpano se exibe o brasão de armas partido de Cunhas e Melos, com coronel de nobreza. As pilastras terminam em pináculos que se elevam ao nível do frontão.
No interior, muito bem conservado, ganha especial interesse o conjunto de azulejos da segunda metade do século XVIII, de fabrico coimbrão, datáveis de cerca de 1770 (SIMÕES, 1979, p. 150). Logo na entrada, os painéis são recortados, com cercadura concheada em manganês e cenas figurativas a azul, representando cavaleiros, eventualmente concebidos a partir de um tratado de equitação (IDEM). Numa sala logo em frente, os azulejos ilustram cenas campestres e na cozinha, com chaminé central, os painéis são alusivos ao trabalho culinário, surgindo um criado com um prato de carne, outro de peixe e um doce (IDEM).
As restantes dependências mantêm os tectos em caixotões, pintados, e uma delas exibe um papel de parede de motivos chineses. Por fim, a sala da capela apresenta tecto também de caixotões, pintura mural de temática religiosa, e o retábulo em pedra, atribuído aos círculo de João de Ruão, do qual se desconhece a proveniência.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens3
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal: distrito de CoimbraGONCALVES, António NogueiraEdição1952Lisboa
Solares PortuguesesAZEVEDO, Carlos deEdição1988Lisboa
Inventário Artístico de Portugal: distrito de CoimbraCORREIA, VergílioEdição1952Lisboa
Azulejaria em Portugal no século XVIIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1979Lisboa
Cozinhas. Espaço e ArquitecturaPEREIRA, Ana MarquesEdição2006Lisboa

IMAGENS

Paço de Maiorca - Fachada principal

Paço de Maiorca - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

Paço de Maiorca - Planta com a ZP que esteve em vigor antes de ser fixada a ZEP em 28-01-2011

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt