Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Capela de Nossa Senhora da Encarnação
Designação
DesignaçãoCapela de Nossa Senhora da Encarnação
Outras Designações / PesquisasSantuário de Nossa Senhora da Encarnação / Capela de Nossa Senhora da Encarnação (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Parque do Santuário de Nossa Senhora da Encarnação (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Leiria/Leiria, Pousos, Barreira e Cortes
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua de N.ª S.ª da EncarnaçãoLeiria Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.738838-8.799841
DistritoLeiria
ConcelhoLeiria
FreguesiaLeiria, Pousos, Barreira e Cortes
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO Santuário de Nossa Senhora da Encarnação, implantado na colina fronteira ao Castelo de Leiria, insere-se, numa primeira análise, no conjunto das igrejas de peregrinação tão características do século XVIII, pautadas pelos enquadramentos cenográficos, e pelas longas escadarias entendidas como lugar e meio de penitência. Todavia, a história desta capela é bem anterior, como o demonstram as várias campanhas arquitectónicas e decorativas de que foi alvo e, por outro lado, relativamente recente, uma vez que são várias as obras datadas do século XIX.
Originalmente, a ermida situada neste local era dedicada ao anjo São Gabriel, até que em 1588, e de acordo com a tradição, um milagre motivou a construção da actual capela, dedicada a Nossa Senhora da Encarnação por ter sido em frente deste altar que Susana Dias conheceu a cura para a parilisia de que sofria.
Muitas terão sido as contribuições dos habitantes de Leiria para a construção do novo templo, entre os quais se destacam os duques de Vila Real, conforme refere a inscrição comemorativa na fachada (SEQUEIRA, 1955).
A igreja desenvolve-se em planta de cruz latina, caracterizando-se pela galilé de sete arcos que envolve três dos seus alçados. Num plano mais recuado ergue-se a fachada principal, correspondente à nave, e sobrepujada por um corpo pétreo onde se inserem os sinos. Uma referência para as imagens de Nossa Senhora e do anjo Gabriel sobre a porta de entrada, numa homenagem às ermidas existentes ou desaparecidas, e respectivas invocações.
O interior respira grande unidade e um ritmo bem definido através dos arcos que rasgam as paredes da nave e capela-mor, em cantaria, com desenho igual ao do arco triunfal. Os únicos altares situam-se ao nível do transepto, cujos braços conferem, exteriormente, um maior equilíbrio aos volumes da cabeceira. Na capela-mor a cúpula com lanternim, recorda o modelo erudito, da igreja de Nossa Senhora da Consolação, em Estremoz (c. 1550) (COSTA, 1988, p. 43).
Os azulejos de padrão, seiscentistas, que revestem as paredes da nave, integram-se numa série de reformas que incluíram ainda as telas que se encontram entre os referidos arcos, ilustrativas de cenas da vida da Virgem.
A escadaria monumental remonta à segunda metade do século XVIII, quando era bispo de Leiria D. Frei Miguel de Bulhões e Sousa (1761-1769). Este empenhpu-se fortemente na construção dos vários lanços de escadas, que totalizam 162 degraus, e nos patamares, rampas e arcos que amenizam a subida, impondo o seu brasão no último destes arcos. Na galilé que antecede o corpo da igreja, o arco correspondente à entrada, de maiores dimensões, apresenta uma linguagem mais próxima deste período, constituindo uma espécie de túnel abobadado através do qual se entra na igreja (COSTA, 1988, p. 43). Trata-se de uma modificação, com certeza, contemporânea das obras da escadaria, de forma a complementar e potenciar o seu efeito cenográfico.
Já no século XIX, o templo foi alvo de uma série de intervenções entre as quais se conta a pintura do tecto da nave, em 1863, a construção do coro-alto com balaustrada, executado em 1865 onde se exibem três pinturas que representam milagres de Nossa Senhora da Encarnação, ou a reforma do altar-mor e altares laterais.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens7
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição2000LisboaAcademia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom
LeiriaCOSTA, Lucília Verdelho daEdição1989Lisboa
Memória sobre o templo e o culto de Nossa Senhora da EncarnaçãoLARCHER, Tito de SousaEdição1904Leiria
Santuário MarianoSANTA MARIA, Frei Agostinho deEdição1933LisboaPrimeira edição 1707 - 1723, Off. António Pedrozo Galvão

IMAGENS

Capela de Nossa Senhora da Encarnação - Vista geral (fachada principal)

Capela de Nossa Senhora da Encarnação - Fachada principal

Capela de Nossa Senhora da Encarnação - Fachada lateral esquerda: arcos da galilé

Capela de Nossa Senhora da Encarnação - Vista parcial: galilé

Capela de Nossa Senhora da Encarnação - Fachada posterior

Capela de Nossa Senhora da Encarnação - Arco da galilé

Capela de Nossa Senhora da Encarnação - Escadório: muros e pináculos

MAPA

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