Estação lusitano-romana situada na estrada para o castelo da Póvoa de Lanhoso | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Estação lusitano-romana situada na estrada para o castelo da Póvoa de Lanhoso | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Estação lusitano-romana de Póvoa de Lanhoso / Casa da Cultura / Casa Botica / Castro de Lanhoso / Povoado fortificado de Póvoa de Lanhoso / Estação lusitano-romana, na Estrada para o Castelo de Póvoa de Lanhoso (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Povoado Fortificado | ||||||||||||
Tipologia | Povoado Fortificado | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Póvoa de Lanhoso/Póvoa de Lanhoso (Nossa Senhora do Amparo) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Póvoa de Lanhoso | ||||||||||||
Freguesia | Póvoa de Lanhoso (Nossa Senhora do Amparo) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 37 077, DG, I Série, n.º 228, de 29-09-1948 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Foi graças à abertura de uma estrada de acesso ao Santuário da Senhora do Pilar e ao Castelo, executada no fim dos anos trinta do século passado, que se colocaram a descoberto vestígios arqueológicos no sopé do Monte do Castelo, na Póvoa de Lanhoso, a uma altitude de aproximadamente quatrocentos metros, sobranceiros às bacias dos rios Cávado e Ave, em terrenos agrícolas particularmente férteis.
Das escavações conduzidas no local nos anos quarenta resultou a identificação de um povoado fortificado erguido durante a Idade do Ferro, embora encerrando materiais indicadores de períodos ocupacionais anteriores, desde, pelo menos, o Calcolítico, como atesta o espólio recolhido no arqueossítio, do qual fazem parte inúmeros fragmentos cerâmicos deste período. Tal como sucede noutros povoados de altura enquadrados na denominada "cultura castreja", este castro, classificado em 1948 como "Imóvel de Interesse Público", sob a designação de "Estação lusitano-romana", dispunha de um sistema defensivo, do qual remanescem apenas escassos elementos, com base nos quais se poderá obter uma imagem muito parcelar da realidade inicial, fruto das múltiplas modificações às quais foi sujeito ao longo dos séculos, resultantes, não apenas de acções de destruição explícita, como de reaproveitamento dos seus materiais construtivos para obras de utilidade mais recente, destituído que estaria o povoado da sua utilidade e significado iniciais, uma prática assaz recorrente junto das gentes locais. Não obstante, foi possível reconhecer um conjunto de alicerces de cinco estruturas domésticas, que se localizariam, à semelhança dos testemunhos congéneres do Noroeste peninsular, no recinto delimitado pelo muralhado interno, de planta circular e rectangular, no interior das quais ainda é possível observar a presença de pavimentos lajeados. A recolha de materiais efectuada à superfície forneceu apenas fragmentos de tegulae e imbrices, elementos de construção que vêem confirmar uma das realidades mais presentes neste tipo de povoados fortificados de altura: a sua ocupação num segundo período, já em pleno domínio romano do actual território português, ainda que, muito naturalmente, predominem as cerâmicas comuns típicas dos castros da Idade do Ferro desta região do actual território português, a par de artefactos metálicos, com especial referência para dois torques, uma espada de ferro e um capacete de bronze, a revelar, no fundo, o carácter defensivo desta tipologia arqueológica. Na realidade, esta aparente deferência não deverá surpreender, atendendo, sobretudo, à extensa navegabilidade propiciada pelo rio nesta zona, certamente uma das razões pelas quais várias comunidades da Idade do Ferro a preferiram para edificar os seus povoados de altura. Mas não só, pois outros factores essenciais à vivência quotidiana dos seus habitantes, como a abundância de pequenos cursos hídricos, a fertilidade do solo e a vastidão montanhosa vital para a actividade pastorícia, juntamente com a existência de várias matérias primas, com especial destaque para o minério, terão sido, na verdade, decisivos para a sua ocupação por parte de grupos humanos ao longo dos tempos. Um cenário que seria rapidamente confirmado pela sua reocupação já durante o período medievo, com a edificação de um castelo. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | Situada na estrada para o castelo de Póvoa de Lanhoso | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Castelo de Lanhoso | ||||||||||||
Outra Classificação | Castelo de Lanhoso | ||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 11 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Hallazgo arqueológico notable. Un casco céltico en Portugal", Ampurias | TEIXEIRA, C. A. | Edição | 1941 | ||
"El castro de Lanhoso", Archivo Español de Arqueologia | GARCIA y BELLIDO, António | Edição | 1946 | Madrid | |
"A perda frequente de especímenes preciosos da nossa joalharia arcaica", Revista de Guimarães | CARDOZO, Mário | Edição | 1965 | Guimarães | |
"Monumentos Nacionais. Seu arrolamento, classificação e protecção, especialmente na parte que se refere a arqueologia", Revista de Guimarães | CARDOZO, Mário | Edição | 1941 | Guimarães | |
A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal | SILVA, Armando Coelho Ferreira da | Edição | 1986 | Paços de Ferreira | |
"Os torques do castro de Lanhoso (Povoa de Lanhoso)", Anais da Faculdade de Ciências do Porto | TEIXEIRA, Carlos | Edição | 1939 | Porto | |
"Notas arqueológicas sobre o castro de Lanhoso", Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia | TEIXEIRA, Carlos | Edição | 1940 | Porto | |
"O Castro de Lanhoso e o seu espólio", Congresso do Mundo Português. Memórias e Comunicações Apresentadas ao Congresso da Pré e Proto-História de Portugal | TEIXEIRA, Carlos | Edição | 1940 | Lisboa | |
"Cerâmica Castreja", Revista de Guimarães | ALMEIDA, C. A. F. de | Edição | 1974 | Guimarães | |
"Trepando aos Montes", O Distrito de Braga | CUNHA, Arlindo Ribeiro da | Edição | 1975 | Braga | Vol. 1 (1/4) da 2ª série |
O povoamento proto-histórico e a romanização da bacia do médio Cávado | Edição | 1990 |
Estação lusitano-romana situada na estrada para o castelo da Póvoa de Lanhoso - Vista de uma das habitações castrejas
Autor: Nmmacedo, em colaboração com Wiki Loves Monuments
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