Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Aljustrel e Igreja de Nossa Senhora do Castelo
Designação
DesignaçãoCastelo de Aljustrel e Igreja de Nossa Senhora do Castelo
Outras Designações / PesquisasCastelo de Aljustrel (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Igreja de Nossa Senhora do Castelo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Aljustrel/Aljustrel e Rio de Moinhos
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Aljustrel Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.881409-8.167372
DistritoBeja
ConcelhoAljustrel
FreguesiaAljustrel e Rio de Moinhos
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 26-A/92, DR, I Série-B, n.º 126, de 1-06-1992 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914631
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDominante sobre uma extensa faixa de território do Baixo Alentejo, o morro onde se situa o Castelo de Aljustrel foi ocupado desde o Neolítico e identificaram-se níveis estratigráficos do Calcolítico, que revelaram fragmentos de sílex e cerâmicas com bordos denteados. A esta primeira fase ter-se-á seguido um interrogante hiato, não tendo as escavações resgatado quaisquer materiais proto-históricos e romanos.
A primitiva configuração do castelo ocorreu durante o período islâmico, de que se revelaram alguns troços de muralha em taipa. Desconhece-se a data em que se definiu essa estrutura militar, mas é de supor que tenha ocorrido em momentos mais tardios da ocupação islâmica, em concreto no século XIII, no contexto da perda da praça forte de Alcácer do Sal (CORREIA, 1992: 69). A investigação arqueológica revelou ainda materiais que recuam até ao século IX (RAMOS, MARTINS, MURALHA e ESTORNINHO, 1993: 15), o que atesta a efectiva importância do castelo para o complexo civilizacional muçulmano do Sudoeste peninsular.
A conquista de Aljustrel pelas tropas portuguesas, em 1234, marcou o início de uma nova era na história do castelo. Em 1235, D. Sancho II doou-o à Ordem de Santiago, acto sancionado pelo seu sucessor, D. Afonso III em 1255. Não só o castelo passava a integrar a linha defensiva imediata, face às possessões islâmicas no Algarve, como passava para a posse da coroa o importante estatuto de administração das minas de Aljustrel. A presença na vila de D. Paio Peres Correia, Mestre de Santiago, não é de estranhar, tendo em consideração a necessidade de pontos de apoio para a Ordem na preparação dos ataques aos castelos mais a Sul nesses meados do século XIII.
Desconhecem-se, todavia, quais as alterações introduzidas pela nova ordem cristã. Pouco depois, com a conquista definitiva do Algarve, Aljustrel perdeu grande parte da sua relevância estratégica e a fortaleza entrou em declínio, razão pela qual dela hoje pouco mais resta que alguns troços e a memória do topónimo e da igreja.
Este templo é o resultado de sucessivas fases construtivas. Em 1482 aparece mencionada como Ermida de Santa Maria do Castelo e, em 1510, era uma simples casa de taipa com contrafortes de pedra (DIAS, 1993: 81), sem capela-mor e demais pormenores construtivos e decorativos assinaláveis. Na viragem para o século XVII deu-se corpo à construção actual, composta por nave e capela-mor e dependências de apoio de ambos os lados, algumas destinadas a apoiar as romarias. A galilé que hoje antecede o monumento é já posterior, do século XVIII, assim como o extenso escadório que liga o adro da igreja à vila, principal peça cenográfica que o Barroco legou ao património de Aljustrel. A nave é relativamente pequena, de apenas dois tramos cobertos por abóbada de pronunciada cruzaria de ogivas, enquanto que a capela-mor ostenta abóbada de berço e retábulo neoclássico que cobre a parede fundeira. O conjunto é reforçado lateralmente por contrafortes de diferentes formulações, característica da arquitectura meridional do país, mas também sintoma dos distintos espaços adossados ao longo dos tempos.
Paulo Fernandes | DIDA | IGESPAR, I.P.
01.08.2007
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens6
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Aljustrel. MonografiaLOBATO, João RodriguesEdição1983AljustrelPublicado a 1983
"O Castelo de Aljustrel. Uma tentativa de interpretação", Vipasca, nº1, pp.67-72CORREIA, Fernando M. R. BrancoEdição1992Aljustrel
"O Castelo de Aljustrel - campanhas de 1989 e 1992", Vipasca, nº2, pp.11-40RAMOS, CarlosEdição1993Aljustrel
"O Castelo de Aljustrel - campanhas de 1989 e 1992", Vipasca, nº2, pp.11-40MARTINS, Artur Manuel GonçalvesEdição1993Aljustrel
"O Castelo de Aljustrel - campanhas de 1989 e 1992", Vipasca, nº2, pp.11-40MURALHA, JoãoEdição1993Aljustrel
"O Castelo de Aljustrel - campanhas de 1989 e 1992", Vipasca, nº2, pp.11-40ESTORNINHO, AlexandraEdição1993Aljustrel
"Aljustrel no século XIII: subsídios para o estudo da Ordem de Santiago da Espada", Vipasca, nº1, pp.73-80DIAS, Maria da GraçaEdição1992Aljustrel
"Ermidas e capelas do concelho de Aljustrel", Vipasca, nº2, pp.79-90DIAS, Maria da GraçaEdição1993Aljustrel

IMAGENS

Castelo de Aljustrel - Arco do escadório que delimita o adro pelo lado ocidental

Castelo de Aljustrel - Fachada principal da igreja de Nossa Senhora do Castelo

Castelo de Aljustrel - Escadório de comunicação entre a vila e a Igreja, com o sino em primeiro plano

Castelo de Aljustrel - Vista geral do escadório e da povoação de Aljustrel

Castelo de Aljustrel - Fachada lateral Sul da Igreja

Castelo de Aljustrel - Fachada lateral Norte da igreja

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt