Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Alenquer
Designação
DesignaçãoCastelo de Alenquer
Outras Designações / PesquisasCastelo de Alenquer / Castelo e cerca urbana de Alenquer (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Alenquer/ Alenquer (Santo Estêvão e Triana)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Vila Alta de AlenquerTriana Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.057752-9.007144
DistritoLisboa
ConcelhoAlenquer
Freguesia Alenquer (Santo Estêvão e Triana)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 40 361, DG, I Série, n.º 228, de 20-10-1955 (ver Decreto)
Despacho de homologação de 15-11-1954
Parecer de 12-11-1954 da 1.ª Subsecção da 6.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP
Em15-10-1954 a DGEMN propôs a classificação do Castelo de Alenquer
Despacho de homologação de 22-12-1943
Parecer de 9-12-1943 da 1.ª Subsecção da 6.ª Secção da JNE a propor a classificação como MN de todos os Castelos, Torres, Muralhas, Portas, Fortalezas e trechos dos mesmos que constituem ao longo das fronteiras e no interior do país e das ilhas, a mais impressionante rede de Memoriais de vida heróica e histórica, não classificados
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181502
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO castelo gótico de Alenquer organizava-se em dois recintos diferenciados: no nível superior, ajustando-se à topografia do terreno, localizava-se a alcáçova; no inferior, abrangendo uma área mais vasta, desenvolvia-se a cerca que protegia o primitivo aglomerado urbano.
Sobre a configuração das anteriores fases da fortaleza nada sabemos, à excepção de alguns dados históricos que confirmam a sua existência. Assim, é de presumir que a primeira forma tenha sido dada pelos muçulmanos, que terão fortificado a povoação. Ela foi conquistada pelas forças cristãs em 1148, no mesmo processo militar que levou à tomada de Lisboa, Sintra, Almada e Palmela. Consta que D. Afonso Henriques ordenou uma campanha restauradora do conjunto, mas nenhum elemento material certifica a sua consumação.
No troço de muralha voltado a Norte conservam-se duas torres quadrangulares avançadas em relação à cerca, numa solução que se aproxima das torres albarrãs islâmicas, embora sem se autonomizarem da muralha. Este facto pode indicar uma anterioridade deste sector da cerca mas, quer o aparelho construtivo, quer a forma de enrocamento da estrutura, não apresentam pontos de contacto com a arquitectura islâmica.
Certo é que, nos primeiros anos do século XIII, o castelo era uma das mais importantes praças fortes da região imediatamente a Norte de Lisboa. D. Sancho I mandou construir um paço que doou a sua filha, D. Sancha. Esta, perante a recusa de seu irmão em reconhecer a doação, viu-se obrigada a refugiar-se no interior das muralhas, as quais foram imediatamente cercadas pelo futuro D. Afonso II. Neste processo de luta entre os irmãos desavindos, o Papa Inocêncio III interveio e cedeu o castelo à Ordem do Templo, prova da relevância militar da estrutura naquela conjuntura.
A partir desse período, Alenquer passou a ser parte integrante do património das rainhas, sendo sucessivamente doada às soberanas do reino. As obras de edificação do conjunto que actualmente resta devem situar-se pelos inícios do século XIV, altura em que a Rainha Santa Isabel detinha a vila. Com efeito, os escassos vestígios materiais conservados indicam uma cronologia plenamente gótica. A planta da alcáçova é genericamente oval e não consta que integrasse torre de menagem isolada no pátio, mas sim adossada a uma das frentes de muralha. A cerca era corrida por adarve protegido por merlões quadrangulares e, perto do rio, aparentemente com funções defensivas sobre uma antiga fonte que abastecia a população, ergue-se a Torre da Couraça. Esta deverá ser de cronologia posterior à edificação do castelo e é uma imponente estrutura, de mais de 18 m de altura, bastante modificada nos séculos seguintes, tendo sido aproveitada para fins habitacionais privados.
Residência real no final da Idade Média, o castelo foi parcialmente destruído em 1385, quando D. João I subiu ao trono e o alcaide de Alenquer havia jurado fidelidade à causa castelhana. A torre de menagem foi destruída e parte das muralhas seguiram o mesmo caminho. Só em 1439, continuando a localidade a pertencer ao património das rainhas, D. Leonor Teles ordenou levantar a cerca derrubada.
No século XVI, o estado de abandono do castelo levou a que se entulhasse a cisterna e, a partir de 1580, abraçando novamente o seu alcaide o lado errado da História (neste caso o partido de D. António, prior do Crato), o castelo entrou em definitiva decadência, não voltando a ser reconstruído. Paulatinamente, passou a ser utilizado como pedreira e, no século XIX, foi a própria Autarquia a determinar a demolição de algumas parcelas.
Em 1927, Hipólito Cabaço procedeu à limpeza parcial da cisterna e identificou espólio que permite situar a construção da fortaleza entre 1350 e 1385, lapso temporal que urge definir com maior clareza. Em 1940, a DGEMN demoliu a capela por cima da Porta de Nossa Senhora da Conceição e procedeu ao restauro de parte da muralha, mas o processo de restauro ficou inacabado, assim permanecendo até hoje.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPIgreja da Misericórdia de Alenquer, incluindo o seu recheio, nomeadamente a pia baptismal, os azulejos, a talha dourada, as pinturas do tecto e do altar-mor e as lápidas e esculturas antigas ainda existentes
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias12

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roteiro dos Monumentos Militares PortuguesesALMEIDA, João deEdição1948Lisboa
Castelos de PortugalCRUZ, M. F.EdiçãoColecção Turismo Publicado a 1960
"Notícia de uma colecção de cerâmica medieval do Museu Hipólito Cabaço de Alenquer", II Congresso Nacional de Arqueologia, vol.2, pp.571-576MATOS, José Luís Martins deEdição1971Coimbra
Paços Medievais PortuguesesSILVA, José Custódio Vieira daEdição1995Lisboa Tipo : Colecção - Arte e Património
A gloriosa história dos mais belos castelos de PortugalPERES, DamiãoEdição1969Barcelos
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaAZEVEDO, Carlos deEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Alenquer e o seu concelhoHENRIQUES, Guilherme João CarlosEdição1873Lisboa
Os mais belos castelos e fortalezas de PortugalGIL, JúlioEdição1986Lisboa
Os mais belos castelos e fortalezas de PortugalCABRITA, AugustoEdição1986Lisboa
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaFERRÃO, JulietaEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaGUSMÃO, Adriano deEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Alenquer. Subsídios para a sua HistóriaRIBEIRO, LucianoEdição1936Lisboa
Alenquer medieval (sécs. XII-XV)FERRO, João PedroEdição1989Lisboa
O concelho de Alenquer - subsídios para um roteiro de arte e etnografiaMELO, António de OliveiraEdição1989Alenquer
O concelho de Alenquer - subsídios para um roteiro de arte e etnografiaGUAPO, António RodriguesEdição1989Alenquer
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil ArquitectónicoCORREIA, Luís Miguel Maldonado de VasconcelosEdição2010Coimbra

IMAGENS

Castelo de Alenquer - Vista geral

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